Como alcançar uma sociedade feliz?


A primeira instituição humana não foi governamental, nem econômica, nem mesmo laboral. Criado Adão, e formada Eva de seu costado, constituíram eles a primeira família humana, princípio e causa de todas as demais.

Monsenhor João S. Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho


Desde a origem, como reafirmado posteriormente pelo Salvador (cf. Mc 10, 6-8), Deus criou o homem e a mulher, os quais, unindo-se segundo um desígnio eterno de sua sabedoria, “são uma só carne” (Gn 2, 24)

A solidez e estabilidade desta união — cuja sublimidade foi elevada a Sacramento pelo próprio Cristo como Fundador da Igreja — se encontram radicadas no fato de ser ela operada pelo próprio Deus, embora ministrada pelos esposos: a iniciativa é humana, mas o resultado é divino, porquanto o homem não tem poder para anulá-lo. Esta realidade foi sancionada pelo Redentor com uma ordem clara: “não separe o homem o que Deus uniu” (Mt 19, 6).

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Antes e depois de Maria

Solenidade de Nossa Senhora Aparecida

Uma nova era na espiritualidade do gênero humano se inicia publicamente com o milagre das Bodas de Caná. Além de conferir ao casamento um altíssimo significado, Jesus inaugura a mais excelente via para se obter o perdão e a graça: confiar na mediação e na onipotência suplicante de Maria

Monsenhor João S. Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório


I – Antecedentes

“Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se fossem escritas uma por uma, penso que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que se deveriam escrever” (Jo 21, 25).

Riqueza teológica do Evangelho de São João

Assim termina São João o quarto Evangelho, o de sua lavra. Quando o escreveu, por certo já conhecia — e de há muito — os três anteriores. Daí seu empenho em completá-los nos detalhes e aspectos mais necessários para os dias de sua divulgação. Na Ásia Menor, onde se espraiava a Igreja nascente, pululavam os erros de uma perigosa gnose ameaçadora da boa e sã doutrina deixada em herança por Jesus aos seus discípulos. Nessas circunstâncias, importava antes de tudo provar a divindade de Nosso Senhor, o Messias.

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Meditação do Primeiro Sábado de outubro 2019

I Mistério Gozoso
Anunciação do Anjo e a Encarnação do Verbo
O início da nossa salvação


Introdução

Meditaremos neste mês o 1º Mistério Gozoso do Rosário – A anunciação do Anjo e a Encarnação do Verbo – em cumprimento de nossa devoção da Comunhão Reparadora do Primeiro Sábado, pedida pela Mãe de Deus em Fátima. Neste mês de outubro celebramos a festa de Nossa Senhora do Rosário, uma das invocações sob a qual Maria se manifestou na Cova da Iria. Continue lendo “Meditação do Primeiro Sábado de outubro 2019”

Meditação do Primeiro Sábado de setembro 2019

III Mistério Doloroso
Coroação de Espinhos de Nosso Senhor Jesus Cristo
Pela paciência encontramos a paz


Introdução

Meditaremos em setembro o 3º Mistério Doloroso do Rosário – A Coroação de Espinhos de Nosso Senhor Jesus Cristo – em cumprimento de nossa devoção da Comunhão Reparadora do Primeiro Sábado, pedida por Nossa Senhora em Fátima. Nesta meditação tenhamos presente a Festa da Santa Cruz, celebrada pela Igreja neste mês. O que nos leva a considerar, não apenas a veneração que devemos à Cruz onde o Redentor consumou nossa Redenção, como também a aceitação amorosa com que nos é pedido abraçar o sofrimento que a Providência permite em nossa caminhada rumo ao Céu.

Composição de lugar

Contemplemos com os olhos da imaginação um pátio interno do pretório de Pilatos, onde Jesus esteve acorrentado a uma coluna, sendo nela cruelmente flagelado. A coluna e as pedras do chão estão manchadas do sangue redentor de Cristo. A um canto, vemos Jesus, o corpo em chagas, sentado num banco de madeira, com um manto vermelho sobre seus ombros e uma coroa de espinhos enfiada em sua cabeça. Ao seu redor, soldados romanos zombam d’Ele, batendo e cuspindo em sua adorável face. O Divino Salvador recebe todas aquelas ofensas sem pronunciar palavra, aceitando tudo por amor a nós e pela nossa redenção.

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A porta do Céu

Comentário ao Evangelho do XXI Domingo do Tempo Comum

“Senhor, são poucos os que se salvam?”. Pergunta feita a Jesus com escasso intuito de perfeição. Entretanto, muitos serão os interessados em conhecer a resposta do Divino Mestre. Ouçamo-la com atenção

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório

A viagem definitiva

Ao se apresentar diante de nós uma possível viagem, nossas atenções começam a dividir-se entre o presente e o futuro, entre o ambiente atual com suas ocupações e o lugar para onde rumaremos. Se nossa ausência for de longa duração, e ainda mais se nosso destino se localizar num país bem distante, entraremos num certo estado de tensão que poderá ser maior ou menor, em função do temperamento e mentalidade de cada um, mas a indiferença total raramente acontecerá.

Passaporte, roupas, objetos, remédios, etc., constituirão um pensamento mais ou menos constante em meio às nossas atividades normais do dia a dia, antes de partir. O idioma, os costumes, o clima, a alimentação, etc., excitarão nossa curiosidade, alimentando o sonho de uma experiência nova, meio mitificada quanto às possíveis felicidades. Do amanhecer ao apagar das luzes, nossa imaginação percorrerá as ruas, praças e monumentos daquela cidade onde iremos morar durante um certo tempo. As providências concretas, por menos metódico que se seja, terão prioridade em nossas responsabilidades e afazeres, e a tal ponto que provavelmente teremos iniciado nossa viagem muito antes de subir no avião.

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O olhar de Nossa Senhora

Neste mês de julho passado ao percorremos quatro cidades do interior paulista, onde a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima foi acolhida com grande fervor e muito carinho, algo me chamou a atenção de modo especial

Ir. Alberto Nardo, EP

Visitamos neste período as cidades de Caraguatatuba, Cachoeira Paulista, Pereiras e terminamos as missões em Presidente Prudente.

Por onde passamos, famílias abriram suas portas e aceitaram receber o Oratório do Imaculado Coração de Maria. Foram momentos únicos de uma presença da graça muito intensa, cujas palavras neste artigo não conseguiriam exprimir.

Em meio a tudo isso e notando a alegria de todos e a forma como fixavam seus olhares na Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima, pensei comigo: se tanta alegria se dá com uma imagem de Nossa Senhora, o que será então quando estivermos junto a Ela face a face no Céu?

E neste momento lembrei-me de um pensamento de nosso fundador, Mons. João Clá Dias, o qual dizia a respeito do olhar de Nossa Senhora:

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