Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Dos inumeráveis títulos da Mãe de Deus, poucos são tão expressivos quanto o de Perpétuo Socorro. A milagrosa imagem venerada sob essa invocação é rica em simbolismo

Ir. Jurandir Bastos, EP

Haverá alguém que nunca tenha se sentido aflito em horas de dificuldades ou na perspectiva de alguma tragédia? Ou que jamais tenha tido necessidade de uma ajuda, seja ela espiritual, psicológica, afetiva ou material?

Com toda certeza, não, pois o ser humano, longe de ser auto-suficiente, é contingente por natureza: não tem condições de viver sem apoio de seus semelhantes, muito menos sem a contínua sustentação de Deus, Criador do universo.

Uma carência inevitável, uma solução infalível

Para esse estado de carência inevitável, Deus nos oferece uma solução infalível: o recurso à sua e nossa Mãe. Daí ser muito apropriado o título de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, com o qual se patenteia a certeza do auxílio que Ela nos dá quando a Ela recorremos.

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A origem da Festa Corpus Christi

Por Padre Jorge Gustavo Antonini, EP. Em 11 de agosto de 1264, o Papa Urbano IV emitia a bula Transiturus de Hoc Mundo, pela qual determinava a solene celebração da festa de Corpus Christi em toda a Igreja. Diz o pontífice no texto da bula:

Ainda que renovemos todos os dias na Missa a memória da instituição desse Sacramento, estimamos todavia, conveniente que seja celebrada mais solenemente pelo menos uma vez ao ano para confundir particularmente os hereges; pois, na Quinta-feira Santa a Igreja ocupa-se com a reconciliação dos penitentes, a consagração do santo crisma, o lava-pés e muitas outras funções que lhe impedem de voltar-se plenamente à veneração desse mistério.”

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Pertencemos à Família de Deus!

Solenidade da Santíssima Trindade

Constatando a insuficiência da humana inteligência diante dos maiores mistérios de nossa Fé, resta-nos prestar um tributo de amor e gratidão ao Deus Uno e Trino, que nos oferece uma dádiva infinitamente acima de nossa natureza e merecimentos

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP

Um dos maiores mistérios da nossa Fé

Conta uma piedosa tradição que, estando o grande Santo Agostinho muito empenhado em procurar compreender a Santíssima Trindade, certo dia sonhou que presenciava na praia um menino esvaziando baldes e baldes de água do mar em uma cavidade na areia. Intrigado, aproximou-se dele e indagou:

— Que fazes aqui, meu jovenzinho?
— Tento colocar toda a água do mar neste buraco na areia.
— Mas, não vês que isso é impossível? — perguntou-lhe o Santo.
— Pois sabei, Agostinho, que mais fácil é transferir para aqui toda a água do mar do que vós compreenderdes o mistério da Santíssima Trindade.

A sábia resposta fez o Doutor da Graça dar-se conta da insuficiência da inteligência humana, ainda que tão brilhante como a dele, perante um dos mistérios centrais da nossa Fé.

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O Anjo de Portugal

O maravilhoso encontro com a Mãe de Deus não fora a primeira visita que os três pastorinhos receberam do Céu. A fim de prepará-los para aceitar e divulgar a Mensagem de Fátima, a Providência Divina lhes enviara no ano anterior o Anjo de Portugal, para manifestar os desígnios de misericórdia de Jesus e Maria sobre eles

Mons. João S. Clá Dias, EP

 

Foi quando se abrigavam de uma chuva fina na Loca do Cabeço, pequena gruta situada numa propriedade do padrinho de Lúcia, que o Anjo lhes apareceu claramente pela primeira vez. À medida que ele se aproximava, os meninos iam distinguindo sua fisionomia: era a de um jovem de 15 anos, parecendo feito de neve, muito formoso e mais reluzente que um cristal atravessado pelos raios do sol. Surpreendidos diante de tanta beleza sobrenatural, não conseguiam pronunciar palavra.

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Anchieta: viveu como missionário, agiu como herói, morreu como santo

Por João Sérgio Guimarães. Anchieta chegou em 1553 e encantou-se com a Terra de Santa Cruz. Sua meta: converter almas. Viveu como missionário, agiu como herói, morreu como santo. O moço de 19 anos que chegava à Terra de Santa Cruz vinha com as melhores disposições espirituais possíveis para exercer sua missão. Embora tão jovem e não tendo ainda sido ordenado sacerdote, Irmão José era dos primeiros missionários jesuítas que se estabeleciam na nova terra. Sua meta era conquistar almas para Cristo.

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