2º Mistério Glorioso
Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo
O Salvador nos espera na eterna glória
Jesus preparou nosso caminho para o Céu
Após sua gloriosa Ressurreição, Nosso Senhor permaneceu 40 dias neste mundo, fortalecendo seus discípulos na Fé e lançando em seus corações os fundamentos sobre os quais a Santa Igreja haveria de se erguer e se espalhar pela terra inteira. Ao término desse período, Jesus os reuniu junto ao Monte das Oliveiras e, abençoando-os, despediu-Se e elevou-Se ao Céu, onde está sentado à direita do Pai e de onde voltará para julgar os vivos e os mortos.
Abriu-nos o caminho para a glória eterna
Antes de tudo, devemos crer que, por sua Ascensão, Jesus preparou-nos o caminho para subirmos ao Céu, de acordo com o que Ele mesmo disse: ‘Irei preparar-vos um lugar’, e com as palavras do livro de Miquéias: ‘Subiu, diante deles, Aquele que abre o caminho’. E sendo Ele a nossa cabeça, nós, como seus membros, havemos de ir para onde ela se dirigiu. Por isso diz o Evangelho de São João: ‘De tal sorte que lá onde Eu estiver também vós estejais”.
Ao considerar no Domingo de Ramos a entrada triunfal de Nosso Senhor Jesus Cristo em Jerusalém, devemos ter presente que a Liturgia não é apenas uma rememoração de fatos históricos, mas, sobretudo, uma ocasião para receber as mesmas graças criadas por Deus naquele momento, e distribuídas ao povo judeu que lá se encontrava. Por isso a Igreja Católica estimula os fiéis a repetir simbolicamente essa cerimônia, a fim de se iniciar a Semana Santa com a alma bem preparada.
Na Antiguidade, os grandes heróis militares e os atletas vencedores eram saudados com ramos de palma, para honrá-los pelo triunfo alcançado. Portanto, Jesus quis que sua Paixão, cujo ápice se deu no Calvário, fosse marcada pelo triunfo já na abertura, antecipando a glória da Ressurreição que viria depois.
À vista deste contraste podemos ficar surpresos: como a Igreja combina ambos os aspectos nesta circunstância? Entretanto, isto não nos deve causar estranheza, já que, no extremo oposto, ela contempla a Ressurreição de um modo semelhante. Quando celebramos o magnífico rito da Vigília Pascal, no qual tudo é júbilo, ouvimos no cântico do Precônio notas relativas aos tormentos e à Morte de Cristo: “Foi Ele quem pagou do outro a culpa, quando por nós à morte Se entregou: para apagar o antigo documento, na Cruz todo o seu Sangue derramou. Pois eis agora a Páscoa, nossa festa, em que o Real Cordeiro Se imolou: marcando nossas portas, nossas almas, com seu divino Sangue nos salvou.1
Também na Sequência Victimæ Paschali laudes, correspondente à Missa do Dia da Páscoa, é dito: “Duelam forte e mais forte: é a vida que enfrenta a morte. O rei da vida, cativo, é morto, mas reina vivo!”2 Assim, o Domingo de Ramos da Paixão do Senhor, pórtico da Semana Santa, contém também o triunfo.
Este aspecto nos ensina o quanto é uma falha conceber a Redenção operada por Nosso Senhor centrando-se só na dor. Também, e talvez principalmente, ela comporta o gáudio da Ressurreição, pois, se os padecimentos de Jesus se estenderam da noite de Quinta-Feira até a hora nona de Sexta-Feira, e sua Alma tenha se separado do Corpo por cerca de trinta e nove horas – como se pode deduzir das narrações evangélicas –, o período de glória prolongou-se por quarenta dias, aqui na terra, e permanece por toda a eternidade no Céu.
Foi esta a noção que faltou aos Apóstolos ao verem o Divino Mestre entristecer-Se, suar Sangue e deixar-Se prender por vis soldados; em consequência, O abandonaram. Nossa Senhora, pelo contrário, embora cheia de dor e com o coração transpassado por uma espada (cf. Lc 2, 35), não desfaleceu, porque guardava no fundo da alma a certeza de que seu Filho ressuscitaria. E quando Ele saiu do túmulo, na plenitude de sua majestade, seguramente foi Ela a primeira pessoa a quem Jesus apareceu, como já tivemos oportunidade de comentar.3
Uma clave para considerar a Paixão do Senhor
Contemplemos a Liturgia do Domingo de Ramos com esta perspectiva, revivendo aqueles momentos de gozo em que Jesus entra na Cidade Santa, com vistas a passarmos depois pelas angústias da Paixão e pelas alegrias da Ressurreição.
Que as graças derramadas sobre todos os participantes dessa primeira procissão, na qual estava presente o Redentor, desçam sobre nós e cumulem nossas almas, fazendo-nos compreender bem o papel do sofrimento em nossa vida de católicos apostólicos romanos, enquanto meio indispensável para chegar à glória final e definitiva. Dor e triunfo encontram-se aqui magnificamente entrelaçados. Per crucem ad lucem! – “É pela cruz
que alcançamos a luz!”
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1 VIGÍLIA PASCAL. Proclamação da Páscoa. In: MISSAL ROMANO. Trad. portuguesa da 2a. edição típica para o Brasil realizada e publicada pela CNBB com acréscimos aprovados pela Sé Apostólica. 9.ed. São Paulo: Paulus, 2004, p.275.
2 MISSA DO DIA DA PÁSCOA. Sequência. In: MISSAL ROMANO. Palavra do Senhor I – Lecionário Dominical (A-B-C). Trad. portuguesa da 2a. edição típica para o Brasil realizada e publicada pela CNBB e aprovada pela Sé Apostólica. São Paulo: Paulus, 2004, p.190.
3 Cf. CLÁ DIAS, EP, João Scognamiglio. Uma mulher precedeu os evangelistas. In: Arautos do Evangelho. São Paulo. N.75 (Mar., 2008); p.10-17; Comentário ao Evangelho do Domingo da Páscoa na Ressurreição do Senhor – Ano A, no Volume I da coleção O inédito sobre os Evangelhos.
Na coorte dos Santos, o primeiro abaixo de Nossa Senhora. Ao lado de todas as glórias que se acumularam sobre ele, São José recebeu, já nesta Terra, um prêmio inestimável: é o patrono da boa morte
Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP
Com efeito, dir-se-ia que ele teve um passamento de causar inveja, pois faleceu entre os braços de Nossa Senhora e os de Nosso Senhor, que o cercaram de todo o carinho e consolação na sua última hora. Não se pode imaginar morte mais perfeita, com Eles ali, fisicamente presentes. De um lado, Nosso Senhor cumulava seu pai adotivo de graças cada vez maiores, à medida que a alma de São José continuava a se santificar nos derradeiros transes da agonia. De outro, Nossa Senhora lhe sorria com respeito, e procurava aumentar-lhe a confiança:
III Mistério Doloroso – Coroação de espinhos de Nosso Senhor Jesus Cristo A paciência que nos leva à vida eterna
Introdução
O Redentor quis tomar a nossa carne e, com ela, os nossos pecados para dar a Deus com os sofrimentos de sua paixão e morte uma digna satisfação ao Criador. Diz o Apóstolo que Jesus Cristo se fez nosso fiador, obrigando-se a pagar as nossas dívidas (Hb 7,22). Como mediador entre o Pai e os homens, estabeleceu um pacto com Deus por meio do qual se obrigou a satisfazer por nós a divina justiça e em compensação prometeu-nos da parte de Deus a vida eterna.
Composição de Lugar
Para nossa composição de lugar, imaginemos o pátio interno do pretório de Pilatos onde Jesus foi flagelado pelos soldados romanos e depois escarnecido com uma coroa de espinhos. Vemos o Redentor com o corpo todo ferido e ensanguentado, coberto de um manto vermelho, a cabeça escondida sob um emaranhado de espinhos que muito o afligem. Nas suas mãos santíssimas, Ele segura uma pequena vara que lhe foi dada num arremedo de cetro para zombarem de sua realeza.
Oração Preparatória
Ó Virgem Santíssima, Mãe das Dores e Corredentora de nossa humanidade: alcançai-nos de vosso adorável Filho as graças para bem realizarmos essa meditação e, por ela, nos unirmos digna e devotamente aos sofrimentos que Ele suportou para satisfazer a justiça divina em nosso nome e assim nos alcançar a eterna salvação. Amém.
Clique na foto abaixo para o texto completo da Meditação.
Este artigo é dos mais gratificantes e também de certa forma, dos mais difíceis de escrever
Ir. Reinaldo Sales, EP
É com júbilo que nos recordamos aqui dos fiéis que acolheram há um ano os missionários da Cavalaria de Maria, nas cidades de São João Boa Vista, Estrela do Norte e Cajuru, no interior paulista. Lembramos do “sim” caloroso que deram à graça de Deus, através do Imaculado Coração de Maria, ao aceitarem abrir suas casas ao seu Oratório.
Com que satisfação e alegria vimos tantas almas receberem Nossa Senhora, aumentando assim seu vínculo de devoção e amor à Mãe de Deus! Essa alegria não tem preço.
E, como dissemos acima, é também difícil, pois a saudade nos aperta o coração, ao nos lembrarmos dos dias de convívio que tivemos, das graças que recebemos ao ver estampada nas fisionomias a alegria de fazer o bem.
A todas as famílias e fiéis dessas cidades, especialmente aos seus párocos e aos queridos coordenadores, enfim, a todos, nossos cumprimentos por este primeiro ano de implantação do Oratório do Imaculado Coração de Maria.
Fazemos votos que esta data se repita por incontáveis anos daqui para a frente.
Apostolado do Oratório completa um ano na Comunidade Nossa Senhora das Dores, da Paróquia Nossa Senhora das Graças, de Itaquaquecetuba
Ir. Jurandir Bastos, EP
Com Missa presidida pelo Pe. José Luiz de Zayas, dos Arautos do Evangelho, a Comunidade Nossa Senhora das Dores, pertencente à Paróquia Nossa Senhora das Graças, da cidade de Itaquaquecetuba, comemorou seu primeiro aniversário da implantação do Apostolado do Oratório.
Com muito fervor as coordenadoras do Movimento, sras. Cristina e Maria das Dores (foto ao lado) disseram que “este é o primeiro ano de uma série”, que esperam que se prolongue indefinidamente.
Como sinal de expansão, foi implantado na ocasião mais um Grupo de Oratório.
O jovem pároco, Padre Müller, tem sido um dos grandes incentivadores desse apostolado na região.