“Eu sou o Pão vivo descido do Céu…
“Quem comer deste Pão, viverá eternamente; e o Pão que Eu darei é a Minha carne para a salvação do mundo”. (Jo 6, 51).
I – Jesus é incompreendido…
Como era possível a alguém contestar as claras afirmações de Jesus a respeito de Sua divindade e desprezar os Seus divinos atributos?
Como duvidar de Nosso Senhor ante provas tão evidentes: cura de todo tipo de doenças, libertação de possessões diabólicas, ressurreições e outros milagres assombrosos, entre os quais a mudança da água em vinho, ou a multiplicação de pães e peixes, ocorrida pouco depois de anunciar a Eucaristia?
O que levava seus contemporâneos a tal atitude?
1 – Quando no homem prepondera a matéria …
A natureza humana é um composto de espírito e matéria – a alma e o corpo – na qual há uma hierarquia em que a parte espiritual deve governar a material, o que ocorre pela prática da virtude, com o auxílio da graça. Mas, quando o homem se deixa dominar pelas potências inferiores, as paixões desregradas exercem uma tirania sobre a parte mais nobre e elevada, e ele fica entregue ao vício. (…)
Vinde, Espírito Santo! Enchei os corações dos Vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso amor. Enviai o Vosso Espírito, e tudo será criado. E renovareis a face da Terra.
Convidamos a todos a nos preparar para a meditação reparadora dos primeiros sábados, que nos foi indicada por Nossa Senhora, quando apareceu em Fátima em 1917. Pedia Ela que comungássemos, rezássemos um terço, fizéssemos meditação dos mistérios do Rosário e confessássemos em reparação ao seu Sapiencial e Imaculado Coração.
Para os que praticassem esta devoção, Ela prometia graças especiais de salvação eterna. Na Solenidade de Pentecostes, a primeira leitura contempla a descida do Espírito Santo, conforme prometera Nosso Senhor Jesus Cristo. Ocasião propícia para que meditemos o terceiro mistério glorioso. Clique aqui e tenha acesso ao texto completo da Meditação de maio.
Conforme nos ensina Santo Afonso de Ligório, Nosso Senhor perdeu na sua dolorosíssima Paixão as quatro espécies de bens que o homem pode possuir nesta terra. Perdeu seus vestidos até à extrema nudez. Perdeu sua reputação pelos desprezos mais abomináveis. Perdeu a saúde robusta e florescente que tinha, pelos maus tratos mais cruéis. Perdeu, enfim, a vida, por uma morte atroz e infamante no alto da Cruz.
Gloriosa reconquista de tudo que perdeu
Porém, ao ressurgir glorioso da morte e sair triunfante do fundo do sepulcro, Jesus recebe de volta, glorificado, tudo o que perdeu. O que era pobre, ei-lo feito riquíssimo e senhor de toda a terra. O que era considerado verme e opróbrio dos homens, ei-lo coroado de glória. O que até há pouco era um varão de dor e sofrimento, ei-lo dotado de nova força e de uma vida imortal e impassível. E o que tinha sido morto, ei-lo ressuscitado por sua própria virtude, com seu corpo glorioso.
Na terceira aparição, em Fátima, a 13/7/1917, a SSma. Virgem anunciou que viria pedir a comunhão reparadora nos primeiros sábados”. Mais tarde, a 10/12/1925, quando a Irmã Lúcia já estava na Casa das Dorotéias, em Pontevedra, na Espanha, Nossa Senhora apareceu-lhe de novo. A Seu lado via-se o Menino Jesus, em cima de uma nuvem luminosa:
“Olha, minha filha –disse-lhe a Virgem Maria– o meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Me cravam com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar, e dize que todos aqueles que durante cinco meses, no primeiro sábado:
– se confessarem, – receberem a Sagrada Comunhão, – rezarem um terço e – Me fizerem quinze minutos de companhia meditando nos mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar – Eu prometo assisti-los na hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas.”
∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞
É com alegria que registramos – graças à iniciativa de participantes do Apostolado do Oratório – que mais católicos atenderam a este pedido da Virgem de Fátima. Na paróquia São João Batista em São Carlos/SP, foi instituída a Devoção Reparadora dos Primeiros Sábados, onde cerca de oitenta pessoas participaram da devoção, conforme nos informa o coordenador, sr. Orlando Calchi, o qual também relata as palavras proferidas pelo pároco, o reverendíssimo padre Marcelo Aparecido Vicentin na ocasião:
“Estamos iniciando hoje em nossa paróquia a Devoção Reparadora dos Primeiros Sábados, para desagravo ao Imaculado Coração de Maria.
No que consiste essa devoção? Durante todos os primeiros sábados de cada mês, estaremos aqui reunidos a partir das 18h00. Vamos rezar um terço, meditar sobre um dos mistérios do Rosário, assistir a missa e comungar. Lembro também da necessidade da confissão*, a qual poderá ser feita em outro dia.
Aviso também àqueles que ainda não fazem parte do Apostolado do Oratório e querem participar, é só procurar uma das coordenadoras aqui presentes, ou até mesmo deixar seu nome na secretaria da paróquia, que serão encaminhados.”
Jamais um romano poderia ser condenado à morte de crucifixão, por ser símbolo máximo de desonra, reservada aos piores criminosos.O sinal da vergonha por excelência foi abraçado por Jesus, “Ele próprio carregava a sua cruz…” (Jo. 19, 17).
Bem se poderia ver naquela cruz a imagem de nossos pecados. “Quem pode, entretanto, ver as próprias faltas? ” (Sl 18, 13). Quem entenderá o pecado? Este é o pior de todos os males, o ato de maior oposição a Deus.
“O Senhor Deus é o amparo dos humildes” (Sl 146, 6). De fato, aos humildes, que se submetem à mortificação e à dor, cedo ou tarde Deus os haverá de atender e amparar.
Aproxima-se a quaresma. Ocasião propícia para meditarmos num dos mistérios da Paixão. Os dolorosos acontecimentos que conduziram Nosso Senhor até a sua Crucifixão e Morte tiveram seu início com a Agonia de Nosso Senhor no Horto das Oliveiras. Razão pelo qual escolhemos o primeiro mistério doloroso.