Se soubessem os homens resolver-se a reconhecer a autoridade de Cristo em sua vida particular e pública, deste ato para logo dimanariam em toda a humanidade incomparáveis benefícios: uma justa liberdade, a ordem e o sossego, a concórdia e a paz.
(Papa Pio XI)
“Logo, Tu és Rei!” Jesus retorquiu:“Tu o dizes! Eu sou Rei!” (Jo 18, 37)
Essa declaração marcou o espírito de Pilatos a fundo. Pode-se imaginar a atitude, o olhar e a entonação de voz de Jesus, grave, pausada e serena, ao responder ao tribuno romano. “Tu o dizes, Eu sou Rei!” Nenhum rei desta terra teve tanta majestade, mesmo no auge de sua glória, como Jesus naquela ocasião. Pilatos, por covardia e a contragosto entregou Jesus ao Sinédrio, para ser crucificado. Mas quis por na tabuleta da Cruz as imortais palavras: Jesus Nazareno Rei dos judeus. Era um reconhecimento, covarde, da realeza de Nosso Senhor, de tal forma aquele diálogo o impressionou. Ele não quis escrever que Jesus era condenado por se dizer Filho de Deus, ou Messias (motivo pelo qual o Sinédrio O condenara), ou um grande profeta ou por perturbar a ordem pública com suas pregações. Ele quis acentuar a realeza de Jesus, que tanto impacto lhe causara.
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