A oração é sempre o principal socorro em momentos de dificuldades, aflições e apreensões por qual passamos. Entretanto, a vida costuma trazer muitos ensinamentos, sendo os eventos fortuitos ótimos conselheiros e a solução para os nossos problemas vem de onde menos esperamos. Por Renan Costa, Gaudium Press.
Um princípio acidental…
Ao chegar em casa, tirei a blusa de frio – já que o dia tinha esquentado – e me sentei no sofá fofo da sala de entrada de minha casa, que havia comprado há alguns meses. Ele era muito bom no início, mas as crianças pularam tanto em cima dele, que em pouco tempo, comecei a sentir a armação de madeira que sustenta o seu estofado! No entanto, estava tão cansado, que nem tinha vontade de pensar nos incômodos do meu assento. Nessas condições, me acomodei e liguei a televisão, como de costume, para ver quais eram as novidades que o “Jornal” me daria.
Novamente, não havia nada de interessante. O “Jornal” falava as mesmas coisas do dia anterior… Assim, melancólico, passava de canal em canal sem me deter em nenhum deles, com o mesmo olhar vago de sempre, à procura de algo que mudasse um pouco os ares da minha rotina diária.
De repente, lembrei-me de um panfleto, visto ao regressar a casa, o qual me deixou especialmente intrigado. Tratava-se da foto de um treinamento de soldados norte-americanos que padeciam para subir uma montanha. Certamente era alguma propaganda dos famosos “Marines”, que tinha caído do bolso de alguém. Embaixo da foto estava escrito: “Não pense no topo da montanha, pense no meio metro que está na sua frente!”
Esta frase ecoou em mim de um modo inusual.
Para ser bem sincero, eu não sou muito de treinamento militar e nem gosto desses exercícios, mas aquela frase me causou uma tal impressão que acabei gostando da sua formulação.
Por causa disso, decidi fazer uma reflexão, em comum com os leitores, sobre o princípio contido nesse panfleto, pois acredito ser proveitoso para muitas pessoas que — como eu — procuram uma solução para o seu cansaço da vida rotineira.
Autoajuda: palavra pouco compreendida por nós
Quando se fala de autoajuda, logo vem à mente a capa de um desses livros norte-americanos, figurando um sujeito simpático e sorridente que deu certo na vida por que leu o livro em cuja capa ele próprio está estampado.
Fica-se, então, com a impressão de que, para eu solucionar os meus problemas, devo ter que passar pelo martírio de ler um desses livros, visto que parece ser o único meio para dar certo em minha vida.
Mas o resultado é que percebo implicitamente que, nem a chamativa cor do livro, nem o fulano da capa e nem o balãozinho da extremidade que diz: “Best-seller”, condizem realmente com o seu conteúdo; razão que torna ainda mais difícil a possibilidade da leitura da brochura.
Mas, então, como eu posso me ajudar?
A autoajuda, muito resumidamente, se cifra mais em um princípio, uma convicção implícita do meu subconsciente do que qualquer outra coisa. Ela me ajudará a encontrar qual é o meu verdadeiro lugar e valor.
Isso significa que, geralmente, o que nós imaginamos, pensamos e julgamos nem sempre é a realidade, pois frequentemente analisamos as coisas segundo o nosso modo de ver, o nosso egoísmo, os nossos critérios e não como os fatos são na realidade.
Três “dicas” para se conseguir o que se deseja
Em outras palavras:
Meu amigo, se você quer ser feliz, comece a ver as coisas como elas são e não como você acha que são…
Nenhum juízo feito sob a égide única do meu ponto de vista será perfeito. Os fatos não se medem por mim, mas sim pelo que realmente são.
Portanto, muitos dos problemas que nós imaginamos escabrosos, na verdade, poderiam ser resolvidos simplesmente com um pouco mais de distância psíquica de nossa parte…
Segundo:
O que mais nos ajuda a melhorar os nossos problemas é o conhecimento de nós mesmos…
Eu, em algumas ocasiões, penso que, vestindo-me de tal modo ou pintando-me de tal outro, conseguirei o êxito na vida, pois todo mundo olhará para mim como sendo um sujeito que está na moda!
“Há pessoas que creem que, com a moda, podem chegar a ser algo. É um erro. Quando estão a ponto de serem algo, já passaram de moda”, dizia Pereda Valdés, um jornalista mexicano.
Por isso, meu amigo, contente-se com você mesmo e não procure ser como o outro ou aparentar algo diferente, porque, prometo, a sua vida não é muito diferente da dele…
Terceiro:
Se você sente que o trabalho está difícil, nada vai para frente e só piora, pare um pouco, veja bem o que vai fazer e execute, com perfeição, apenas o que está na sua frente, sem se perturbar com o resto.
Em geral, olhar para tudo ao mesmo tempo não faz bem, pois, pelo susto, não nos detemos nem em uma coisa nem em outra.
Logo: “Não pense no topo da montanha, pense no meio metro que está na sua frente!”
Foi essa a experiência que tive pensando naquele panfleto que vi na rua. E se é verdade que “a sorte não existe…” pelo menos, considerei o encontro desse panfleto um achado! ♦
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Amei muito boa essa reflexão, Jesus é maravilhoso salve Maria
Sempre que tentei fazer as coisas do meu jeito não deram certo! E quando deixei na vontade de Deus,aconteceu melhor e mais perfeito! Deus na sua infinita misericórdia sabe o vinho que falta em cada lar! SALVE MARIA.
Esse panflete nos deu uma grande lição com essa frase. Não pense no topo da montanha, pense no meio metro que está a sua frente. Grande verdade. Pra que se preocupar em realizar tdo de umuma vez se aos poucos e com paciência se chega onde queremos!!! Valeu pela dica. Sábias palavras.