Nossa Senhora do Carmo

Em 16 de julho celebra-se a Festa de Nossa Senhora do Carmo, cujas primeiras devoções remontam a discípulos de Santo Elias por volta do ano 800 AC. Mas foi o Papa Papa Inocêncio IV em 1247, que aprovou a regra e a constituição da Ordem do Carmo

Paroquia dos Santos Mártires – Málaga, Espanha

A Ordem do Carmo é o símbolo da vida contemplativa, da busca incessante da graça de Deus. Carmelo em hebreu significa “pomar bem cultivado”, “jardim fértil” e “vinha de Deus”.

Em suas fileiras, ao longo dos séculos floresceram inúmeras almas santas, entre elas: São Simão Stock, Beato Francisco Palau, Santa Teresa de Ávila, São João da Cruz, Santa Terezinha do Menino Jesus, Santa Edith Stein, entre outros.

A tradição da Ordem põe nos lábios de São Simão Stock a autoria de uma linda oração à Virgem Maria. O texto mais antigo conhecido encontra-se no Officium rhythmicum, manuscrito guardado na biblioteca universitária de Cambridge e que foi escrito depois do ano de 1507.*

Esta oração é o Hino ‘Flos Carmeli’, atribuído, portanto, a São Simão Stock (1165-1265), o qual foi entoado originalmente pelos carmelitas para a festa desse santo e, desde 1663, para a Festa de Nossa Senhora do Monte Carmelo.

Fátima e a Ordem do Carmo

Há pouco celebramos o centenário das Aparições de Fátima. Lembramos que na última das aparições, em 13 de outubro, Nossa Senhora se mostrou como Nossa Senhora do Carmo**, conforme descrito pela Ir. Lúcia:

“(…)Junto ao sol apareceu a Sagrada Família: São José, com o Menino Jesus nos braços, e Nossa Senhora do Rosário. Traçando três vezes no ar uma cruz, São José abençoou o povo e o Menino Jesus fez o mesmo…Em seguida, apareceu Nossa Senhora do Carmo, coroada Rainha do Céu e do Universo, com o Menino Jesus ao colo.(…)”

A devoção dos Arautos do Evangelho à Virgem do Carmo é tão entranhada, que o nome dado à sua ordem clerical foi de Sociedade Clerical Virgo Flos Carmeli.

Vale a pena também lembrar que foi na Basílica do Carmo em São Paulo, no ano de 1967, que o fundador dos Arautos, Mons. João Scognamiglio Clá Dias, encontrou pela primeira vez a Dr. Plinio Corrêa de Oliveira, o qual foi seu mestre, orientador e formador de sua vocação e missão.

Recepção de hábito/escapulário de novos seminaristas dos Arautos

Eis algumas das razões que unem os Arautos à Ordem do Carmo e por isso são revestidos do Escapulário, além de promoverem sua devoção e seu uso.

Peçamos, nesta data tão importante que a Virgem do Carmo, Rainha do Céu e da terra, ouça nossas súplicas e realize o quanto antes sua promessa em Fátima:

“Por fim, o meu Imaculado Coração Triunfará!”

Acompanhe abaixo a letra e a melodia do belíssimo cântico, o ‘Flos Carmeli’.  

             

(clique abaixo para ouvir)

Flor do Carmelo Vinha florida, esplendor do Céu, Virgem fecunda, és singular

Doce e bendita, ó Mãe puríssima, aos carmelitas, sê tu propícia, Estrela do Mar

Raiz de Jessé, de brotos floridos, queiras, feliz, ao céu pelos séculos nos elevar

Entre os abrolhos, viçoso lírio, guarda de escolhos, o frágil ânimo, Mãe tutelar

Forte armadura Frente o adversário, Na guerra dura, o escapulário vem nos guardar

Nas incertezas, conselho sábio; nas asperezas, consolo sólido queira nos dar

Veja também: Oração para alcançar o amor da Virgem do Carmo

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* http://carmeloemmissao.blogspot.com.br/2011/06/flos-carmeli-flor-do-carmelo.html
** MONS. jOÃO SCOGNAMIGLIO CLÁ DIAS, Por fim, o meu Imaculado Coração Triunfará. Instituto Lumen Sapientiae, São Paulo, 2017, cap. 7, pag. 76.

Bento XVI: Ano da Fé deverá ser um «verdadeiro momento de graça» para a Igreja

Cidade do Vaticano, 11 set (Ecclesia) – Bento XVI desafia os cristãos a fazerem do Ano da Fé, com início marcado para 11 de outubro, uma ocasião de comunhão e de crescimento numa entrega inabalável a Deus, à imagem de Maria.

Numa nota publicada pela sala de imprensa da Santa Sé, o Papa sublinha a importância de transformar a celebração num “verdadeiro momento de graça”, com a ajuda da Mãe de Deus, “farol luminoso e modelo de plenitude e maturidade cristã”.

A comemoração do Ano da Fé, convocada pela Igreja Católica para ajudar os fiéis a viverem “com maior empenho e coerência” a sua “vocação de filhos de Deus”, coincide com a passagem do 50º aniversário da realização do Concílio Vaticano II (1962-1965).

Bento XVI teve a oportunidade de participar na última grande reunião das autoridades eclesiásticas, que contribuiu decisivamente para a afirmação de Nossa Senhora enquanto ponto de referência para a Igreja.

Durante a reunião conciliar, um dos principais pontos em debate foi “a figura e o papel da Virgem Maria na história da salvação”.

Segundo o Papa, um grupo de padres queria que a matéria fosse tratada dentro da Constituição Dogmática sobre a Igreja, enquanto outro grupo defendia a elaboração de um documento à parte, mais aprofundado.

A primeira opção acabou por prevalecer e a Constituição Lumen Gentium (Luz dos Povos) foi completada com um capítulo sobre Maria enquanto “geradora do Filho de Deus, filha predileta do Pai e sacrário do Espirito Santo”.

“Certamente, o texto conciliar não esgota todas as problemáticas relativas à figura da Mãe de Deus, mas constitui o horizonte hermenêutico essencial para qualquer reflexão, seja de caráter teológico, seja de caráter mais estritamente espiritual e pastoral”, destaca Bento XVI.

O Papa deixou estas notas pessoais sobre o Ano da Fé, o Concílio Vaticano II e Nossa Senhora durante uma audiência concedida a cerca de 350 participantes do 23º Congresso Mariológico Mariano Internacional, que terminou este domingo em Roma.

O Ano da Fé vai concluir-se a 24 de novembro de 2013 e assinala também o 20.º aniversário da publicação do Catecismo da Igreja Católica.

JCP – Agência Ecclesia