Com apenas 8 anos de idade entrou para o convento. Aos 10, recebeu o hábito de monja dominicana. Embora tivesse tão pouca idade, era uma freira em tudo exemplar nas atividades da vida religiosa. Entretanto, algo a intrigava: o fato de as pessoas receberem a Sagrada Comunhão e continuarem a viver
Consagrada a Nossa Senhora no próprio dia do nascimento
Essa angelical menina nasceu no ano de 1322 em Bolonha (Itália). Seu pai, Egano Lambertini, pertencia à alta nobreza e desempenhou cargos importantes como o de governador de Bréscia e o de embaixador na República de Veneza. A par de grande habilidade, prudência e valor militar, distinguiu-se também por sua profunda fé e amor aos pobres. Sua mãe, Castora, da nobre família Galuzzi, rogava com ardorosa fé a Nossa Senhora a graça de ter ao menos um filho.
Vão se difundindo em todo mundo católico as capelas de adoração eucarística perpétua. Geralmente são espaços anexos às igrejas paroquiais onde o Santíssimo Sacramento está exposto continuamente por 24 horas
Pe. Rafael Ramón Ibarguren Schindler*, EP
Os fiéis se comprometem a adorar ao Senhor em turnos fixos. Também chegam pessoas em horas que podem escolher de acordo com sua conveniência, mesmo que não estejam inscritas.
Esta prática devocional se tornou muito comum em quase todas as dioceses do mundo. Bento XVI já comemorava esta realidade no seu discurso de Natal de 2005: “é comovente ver a Igreja descobrindo a alegria da adoração eucarística e os frutos já se manifestam“.
Cem anos antes, São Pio X, conhecido como o Papa da Eucaristia, por haver permitido às crianças a possibilidade de comungar ainda na infância e aos fiéis a comunhão diária, chamou a Adoração Perpétua “a obra mais sublime de todas as obras“.
Escreveu São Pedro Julião Eymard, fundador dos Sacramentinos:
“Temos que tirar a Jesus Eucarístico do esquecimento para recolocá-LO no topo da sociedade cristã para que a dirija e a salve. Temos que construir um palácio, um trono, cercá-lo com uma corte de servidores fiéis, de uma família de amigos, de um povo de adoradores.”
Do que isso se trata? É necessário motivar os servidores, para que eles sejam bons amigos e adoradores fervorosos.
Na história da igreja, vemos que até o século XII, o culto eucarístico foi limitado ao momento da celebração da Missa. Posteriormente, começaram as celebrações extra litúrgicas e públicas, sendo a mais significativa, a solenidade de Corpus Christi. Também mais tarde, outras formas de adoração como as quarenta horas, a adoração noturna ou os congressos eucarísticos.
A Adoração Perpétua, que teve a sua origem nos conventos e mosteiros, de onde foi permeando a esfera social, acolhida pelo clero secular e pelas próprias dioceses. Atualmente estima-se que em todo o mundo há cerca de 2.500 lugares com a adoração perpétua estabelecida.
O número impressiona, é uma bela conquista… mas poderia ser muito maior. Tanto mais que se comprovam os frutos nos lugares onde é eternamente adorado o Pão dos Anjos, que são: maior comparecimento e recepção dos sacramentos, muitos católicos que voltam à prática religiosa depois de terem se afastado, crescimento das vocações sacerdotais e religiosas, renovação da vida familiar, valorização da vida comunitária nas paróquias e maior participação nas pastorais…
Há um exemplo impressionante que foi muito difundido em sua época. Vale a pena registrá-lo aqui.
Foram abertas dez capelas de Adoração Perpétua na cidade de Juarez, uma das cidades mais perigosas do México devido a criminalidade, e o resultado foi extraordinário: no espaço de cinco anos (2010-2015) as taxas de homicídios foram reduzidas de 3.766 a 256 somente! É certo que a prática da adoração influenciou neste resultado!
Independentemente de tais resultados positivos, práticos e espirituais, Jesus nos espera sempre.
Ele permaneceu neste sacramento precisamente para estar com os homens. E os homens o deixam sozinho…
Impressiona a interpelação que faz Jesus a seus três íntimos Apóstolos no Getsêmani:
“veio então aonde os discípulos estavam e os encontrou dormindo, e disse a Pedro: como não foi capaz de vigiar uma hora comigo?” (Mt 26, 40).
A cada fiel o Senhor faz a mesma pergunta; nos interroga com dor mas sem amargura e cheio de suavidade, como quem convida um amigo: “mas nem uma hora?”
O Santíssimo Sacramento é uma tábua de salvação para a nossa sociedade desviada. É também a Virgem… que nos traz a seu Divino Filho presente na Eucaristia. Há uma belíssima invocação Mariana: “Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento”. Ela foi o primeiro tabernáculo onde Jesus habitou durante nove meses. Dando a Virgem sua carne e seu sangue, Maria nos dá a Eucaristia, remédio de imortalidade, em oposição ao funesto alimento que nos deu Eva.
Quando a humanidade se entregará para o jugo suave do Senhor que nos espera em tantos lugares onde está exposto? Quando isso acontecer, se poderá dizer que se realizou a súplica: “faça sua vontade na terra como no céu”.
Jesus nos adverte docemente para assistir à Missa de domingo. Entretanto, todos os dias, incansavelmente e sem se render, nos atrai… tantas vezes em vão. No caminho de casa ao trabalho ou a escola, ou mesmo pelos lugares onde passamos, muitas vezes há um local onde está o Santíssimo Sacramento: uma igreja, uma capela, um oratório. E nem uma hora podemos acompanhá-lo, nem cinco minutos, nem mesmo um?
A presença real de Cristo no meu caminho é um imerecido privilégio e uma responsabilidade enorme!
Concluímos com uma reflexão: o poeta Virgílio disse “fugit irreparabile tempus” (o tempo foge irremediavelmente). Com efeito, os anos passam e vão deixando suas marcas, enquanto os corações de pedra insistem em não se beneficiar dos benditos eflúvios que partem da Hostia consagrada.
Inevitavelmente, chegará também o dia do acerto de contas…
Queira Deus que neste dia, pelos rogos de Maria Santíssima, o Rei de tremenda Majestade nos salve, pois é Ele uma fonte de piedade, como reza o hino latino Dies Irae:
Rex tremendae maiestatis, salvandos salvo livre, salva-me, fons pietatis.
Assunção, Paraguai, setembro de 2018
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*Conselheiro de Honra da Federação Mundial das Obras Eucarísticas e da Igreja.
Sim! Hoje fazemos um convite a todos para que conheçam a casa do Apostolado do Oratório!
Como nem todos vivem em São Paulo, resolvemos publicar as fotos da casa no blog, para que todos tenham a oportunidade de conhecer o Oratório do Santíssimo Sacramento, e as demais dependências desta casa que foi especialmente decorada para receber a visita dos participantes do Apostolado do Oratório.
Nesta casa, realizam-se várias atividades, entre elas, um curso de formação católica para famílias do Oratório.
Vamos iniciar com este primeiro post, este pequeno “passeio” pelas dependencias e atividades desta casa. Será uma sequencia onde o leitor conhecerá mais de perto tudo o que acontece na casa do Apostolado do Oratório.
Acompanhe-nos!
Ao entrar no pátio da casa, somos recebidos pela imagem de Nossa Senhora das Graças…
…subamos a escada e entremos na casa…
…no hall de entrada, um pequeno “stand” nos mostra o oratório de busto, e um oratório comum do Imaculado Coração de Maria, juntamente com várias edições dos boletins informativos “Maria Rainha dos Corações” e da Revista Arautos do Evangelho. No alto, um enorme mapa do Brasil, onde estão indicados pelos sinais vermelhos as diversas localidades onde se encontram os grupos do oratório, enquanto os pequenos oratórios indicam em que Estados se realizam a devoção reparadora dos Primeiros Sábados do mês.
Visitemos agora, o Senhor da casa: o Oratório com o Santíssimo Sacramento onde, ao entrar, nos deparamos com um belo afresco do Beato Fra Angélico…
…no centro do Oratório, o altar com o tabernáculo, todo ele idealizado e feito por um artista dos Arautos do Evangelho.
A seguir, observemos os detalhes deste Oratório, elaborado por este artista que prefere ficar no anonimato mas, que no entanto, muitos dos arautos o conhecem.
Na parede lateral oposta ao do afresco do Beato Angélico, podemos observar dois retábulos de arte medieval representando a Anunciação do anjo São Gabriel a Nossa Senhora.
Detenhamo-nos primeiramente na representação de Nossa Senhora e analisemos os detalhes…
…passemos ao retábulo representando o anjo São Gabriel…
…e agora, a visão de conjunto das duas peças…
…e, ao outro lado, detalhe do afresco.
Avancemos um pouco e contemplemos o altar, analisando todos os detalhes…
Uma vez tendo visitado o Santíssimo Sacramento, e admirado o Oratório decorado para acolher a Jesus Hóstia, ingressemos no interior da casa e conheçamos a duas salas de visitas, e a sala de atendimento do sacerdote…
Assim está decorada a casa do Apostolado do Oratório. Ela foi projetada para receber a visita de Supervisores, Coordenadores e participantes que recebem em seus lares o oratório do Imaculado Coração de Maria.
No próximo post, publicaremos as atividades que são realizadas nesta casa.