“Tudo lhe ofereço Senhor”. Foi este o lema de sua vida

A exemplo do Sol da sua vida, que foi a Eucaristia, ela foi uma vítima imolada por Ele, como uma leiga comprometida com a Igreja, primeiro, e como uma religiosa de clausura depois. “Eu me ofereci como uma pequena vítima pelos sacerdotes “, disse ela uma vez

Pe. Rafael Ramón Ibarguren Schindler*, EP

Maria Felicia de Jesus Sacramentado: assim se chamava seu nome de religião da jovem Carmelita Descalça beatificada em Assunção, Paraguai, em 23 de junho, cujo encontro final com o Senhor se deu nos seus jovens 34 anos de idade, em 28 de abril de 1959. Em seu país natal, todos a chamam “Chiquitunga”; como ela foi apelidada por sua família e em seus círculos sociais.

Sua espiritualidade, simples e penetrante, vai direto ao essencial sem grandes desvios, e está de consonância com os voos místicos das três grandes Teresas: a Santa Madre Teresa de Jesus, Santa Teresa do Menino Jesus e Santa Teresa dos Andes. Maria Felicia de Jesus Sacramentado, continua o caminho aberto por elas, especialmente pela de Ávila, a grande reformadora do Carmelo.

Santa Teresa de Ávila na gloria. (Novelli)

Como as três, a nova Beata também deixou escritos de profundo sentimento cristão e Carmelita. “Tenho sede de uma entrega total”, escreveu ela. Quanta coisa está dita nesta frase tão curta! Este é um ideal de vida, o mais sublime que possa imaginar.

No blog “Amigos de Carmelo Teresiano” se colhe uma declaração muito bonita sobre ela: “sua vida foi uma missa, na escuta da Palavra, no ofertório, como consagração e como comunhão “. Sobre sua a morte, escreveram: “Se não fosse por este Pão, este Pão da Vida, Eu não sei o que eu teria sido “. Jesus Sacramentado, de quem ela tomou o nome, foi sua força, junto com Maria, a quem foi consagrada como escrava de amor.

Chiquitunga escreveu uma curta história de vida que foi publicada pelas Carmelitas Descalças do Paraguai sob o título “Diário Intimo”. Também conhecemos alguns poemas de simplicidade encantadora e densidade teológica, bem como 61 cartas escritas de sua própria mão.

Em seus escritos, palpita um amor apaixonado de uma combatente. Ela não concebeu o existência vivida na mediocridade. Na verdade, para qualquer batizado se pede integridade e não meias medidas; mas ela foi uma das poucas a alcançar essa coerência consumada, renunciando ao amor humano e promessas de bem-estar pessoal e prestígio social, que tantas vezes o mundo nos apresenta, enganosamente, como uma alternativa.

Fotos: www.irmascarmelitas.com.br

 Não é o caso de retratar nessas linhas uma vida inteira que, embora curta, era fecunda. Apenas deixo transcrito aqui alguns versos que mostram seu perfil eucarístico. São sem rimas e sem pretensão, mas muito profundos. Não são para nenhuma erudição acadêmica ou literária; são versos de uma criança ou um menina … daqueles que entram – e só eles – no Reino dos Céus.

“ A hostia elevada, com uma transparência limpa, com um brilho divino irradia no altar; Eu quero que minha vida, trocada as substâncias, qual hostia consagrada, deixe atrás de si um caminho de intensa claridade. “

“ Eu quero que em sacrifício, como uma vítima imolada, minha vida se consuma em santa claridade! Senhor, pela hóstia pura, o Pão da Vida Eterna e o Cálice do Sangue da nossa Redenção, conceda àqueles unidos assim nós vos imploramos. Perdão dos nossos pecados e salvação eterna. Meu senhor e Deus meu! “ 

Se pode dizer algo mais transcendente com tanta precisão e ingenuidade? Estamos diante de um modesto, porém verdadeiro tratado sobre teologia eucaristia, acessível a todos, de quem está recebendo a catequese para Primeira Comunhão ou do teólogo familiarizado com a ciência divina.  “Tudo lhe ofereço Senhor”, foi o lema que ela imprimiu em seus escritos como uma fórmula química “T2OS” (T ao quadrado OS). Neste sinal se resumiu a radicalidade de seu ideal.

A palavra “Tudo” não admite relativizações; Tudo é tudo e ponto final! Entretanto, o “Tudo ao quadrado” é uma excelência que pode significar por si, a totalidade. É como dizer: absolutamente tudo, de agora em diante, sem apelo e para sempre.

Então segue a noção de “oferta”, uma palavra que significa sacrifício, holocausto, imolação, destruição… Eucaristia. Como o incenso que se queima ao ser derramado em brasas, ou como a cera que se derrete ao calor do fogo; é assim que ela queria ser e assim ela foi.

E, finalmente, a razão de ser de uma oferta tão generosa: “O Senhor”.

Que a ardente beata interceda pela comunidade carmelita de Assunção com quem ela compartilhou os últimos anos de sua vida e por todas as carmelitas descalças do mundo, suas irmãs de hábito; para a Igreja do Paraguai e por seu país natal que ela tanto amava. Finalmente, por todos os cristãos do orbe, que se esforçam para cumprir os propósitos batismais entre os quais, este, tão primordial: adorar a Jesus no Santíssimo Sacramento do altar.

Assunção, julho de 2018

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*Conselheiro de Honra da Federação Mundial das Obras Eucarísticas e da Igreja.

Canindé, no Ceará, recebe Romaria do Apostolado do Oratório

Mensagem do Sr. Francisco Guarany, ao Secretariado do Apostolado do Oratório, sobre a 3ª Romaria ao Santuário de São Francisco das Chagas, em Canindé (CE).

O Apostolado do Oratório dos Arautos do Evangelho em Fortaleza (CE) promoveram no dia 24/8/2014 a 3ª Romaria ao Santuário de São Francisco das Chagas, em Canindé (CE), situado no sertão cearense.

Peregrinos provenientes de diversas Paróquias de Fortaleza e municípios vizinhos formaram uma caravana que lotou a Basílica de São Francisco, onde foi celebrada a primeira Missa do dia.

À tarde, os romeiros do Apostolado do Oratório seguiram para o Mosteiro da Adoração Perpétua ao Santíssimo Sacramento, das Irmãs Clarissas, onde ocorreu a segunda Celebração Eucarística.

A Romaria, conduzida pelo Pe. Orlando Kimura, EP, terminou aos pés da imagem de São Francisco, no Morro do Moinho, de onde o ”Poverello“ de Assis estende sua santificadora influência aos romeiros que visitam aquela localidade.

Em Jesus e Maria,

Francisco Guarany

Supervisor do Apostolado do Oratório

Abaixo fotos do evento:

Comemoração do dia 13 de Maio em Nossa Senhora do Socorro – SE

Mensagem do Sr. Jorge Vieira da Cruz Filho ao secretariado do Apostolado do Oratório com o relato da comemoração da festa da Padroeira do Apostolado do Oratório, Nossa Senhora de Fátima, na Paróquia São João Batista, em Sergipe.

Caros irmãos Arautos do Evangelho,
Salve Maria!!!

Foi realizado nos dias 12 e 13 de maio do presente ano a Festa da Padroeira do nosso Apostolado na Paróquia São João Batista, em Nossa Senhora do Socorro – SE.

Uma chuva de graças e bênçãos foi derramada, no dia 12 – noite da Vigília. Tivemos a abertura da festa com a entrada das capelinhas do Oratório e a bandeira do nosso Apostolado. Foi uma noite dedicada e de plena participação das pastorais marianas de nossa Paróquia. Logo após, foi realizada a reza do Santo Terço, seguida da Santa Missa, celebrada pelo Pe. Djavan, reitor do Seminário Menor Sagrado Coração de Jesus.  Após a Santa Missa, tivemos o início da Vigília com adoração ao Santíssimo Sacramento, encerrando-se às 22h.

No dia 13, uma vasta programação foi preparada, tendo início às 6h, com a alvorada festiva e a oração do Santo Terço.

Às 20h deu-se início a solene celebração em honra a Nossa Senhora de Fátima, presidida pelo nosso pároco, Pe. Marcos Rogerio, e diaconada pelos Diáconos Carlos Henrique e Saulo.

Às 21h deu-se início à grande procissão luminosa, com animação da Banda do Apostolado do Oratório “Maria, Rainha dos Corações”. Ao final, foi dada a bênção do Santíssimo Sacramento coroando a solene festa da nossa Padroeira. Segue em anexo fotos do dia 12 e 13.

Em Jesus e Maria

Jorge Vieira da Cruz Filho

Coordenador Geral do Apostolado do Oratório “Maria, Rainha dos Corações” em Nossa Senhora do Socorro (SE)

Fotos: Jorge Vieira da Cruz Filho:

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Veja também: Apostolado do Oratório em Sergipe

No retiro, aprende-se que o homem é criado para servir a Deus

Foto: Arautos do Evangelho

Nos ensina o fundador da Companhia de Jesus, Santo Inácio de Loyola, em seus Exercícios Espirituais, que o homem é criado para louvar, reverenciar e servir a Deus Nosso Senhor, e, mediante isto, salvar a sua alma.

Nosso Senhor Jesus Cristo nos diz no Evangelho: “De que vale ganhar o mundo inteiro, se vier a perder sua alma?”. Continua o fundador dos Jesuítas dizendo que “as outras coisas sobre a face da terra são criadas para o homem, para o ajudar a conseguir o fim para o qual é criado.” Este é o princípio e fundamento da vida do ser humano, matéria da primeira meditação do retiro.

Durante os dias de recolhimento, o Santíssimo Sacramento fica exposto à adoração, produzindo frutos surpreendentes na vida interior dos retirantes.

Foto: Arautos do Evangelho

A cada dia, os participantes do retiro assistem a duas pregações pela manhã e a duas à tarde, seguidas por uma meditação individual.

A suma importância da prática da virtude da humildade, a consideração sobre a maldade do pecado, o perdão e a misericórdia do Sagrado Coração de Jesus e a intercessão de Nossa Senhora como nossa advogada, foram temas tratados pelo sacerdote pregador do retiro.

Foto: Arautos do Evangelho

Assim como em todo o retiro, as refeições também são em silêncio. Os participantes do retiro embora não conversavam, escutavam atentamente a leitura de temas espirituais. Os jantares são realizados à luz de velas, o que favorece ainda mais o recolhimento.

Foto: Arautos do Evangelho

Para o encerramento de um intenso dia de convívio com o sobrenatural e para agradecer as graças recebidas, realiza-se a Procissão Luminosa, onde os circunstantes rezam os mistérios gloriosos do Santo Rosário.

Durante os dias de retiro, três sacerdotes Arautos do Evangelho ficam disponíveis para atender confissões, de forma que todos os retirantes possam dispor a qualquer momento do sacramento da reconciliação.

Abaixo vídeo do retiro, de autoria do Sr. Rodrigo Freitas, um dos retirantes:

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Veja também: Santa Faustina Kowalska e a missão de “apóstolo” da Divina Misericórdia