Meditação do Primeiro Sábado de agosto 2019

V Mistério Glorioso
Coroação de Nossa Senhora no Céu
Rainha e Mãe de Misericórdia

Composição de Lugar

Com os olhos da imaginação montemos um grandioso cenário de uma festa no Céu, como talvez já tenhamos visto em gravuras e pinturas: uma multidão de Anjos e Santos circundando os tronos do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e o trono onde está sentada Maria Santíssima. Ela se curva diante da Santíssima Trindade, que lhe deposita sobre a cabeça uma coroa resplandecente de luz, enquanto o Céu inteiro entoa um hino de louvor e de glória à nossa Rainha.

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O “alter ego*” da mais perfeita das criaturas

Certa vez um Anjo resolveu percorrer a terra em busca da mais bela das criaturas

 

Contemplava, maravilhado, a obra dos seis dias e encantava-se com os reflexos das perfeições divinas nela contidos. Enternecia-se com a singeleza das plantas e a ordenação dos pequenos animais, enlevava-se com a vastidão dos mais diversos panoramas, impressionava-se com a majestosa e implacável força da natureza.

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A bondade divina de Nosso Senhor Jesus Cristo

Sacratíssimo Coração de Jesus

Para salvar a humanidade, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade quis Se encarnar, tornando-Se igual a nós em tudo, exceto no pecado (cf. Hb 4, 15). E, ainda que uma lágrima, um gesto ou até um desejo do Homem-Deus fosse suficiente para redimir um número ilimitado de criaturas, Ele Se humilhou a Si mesmo, fazendo-Se obediente até à morte na Cruz, como afirma São Paulo na segunda leitura deste domingo (Fl 2, 6-11). Aquele que, com um simples ato de vontade, poderia ter impedido a ação dos que promoveram sua morte ― bastaria, por exemplo, deixar de sustentar o ser deles, fazendo-os voltar ao nada ―, aceitou todos os ultrajes descritos por São Mateus no Evangelho da Missa.

Experimentamos aqui a misericórdia de Deus, infinitamente solícito em nos perdoar. Se um só de nós houvesse incorrido em alguma falta e todos os demais homens fossem inocentes, teria Ele padecido igual martírio para resgatar esse único réu! Como aponta o padre Garrigou-Lagrange, no mistério da Redenção “as exigências da justiça terminam por se identificar com as do amor, e é a misericórdia que triunfa, porque é a mais imediata e profunda expressão do amor de Deus pelos pecadores”.(1)

1) GARRIGOU-LAGRANGE, OP, Réginald. El Salvador y su amor por nosotros.
Madrid: Rialp, 1977, p.312.

Fonte: Inédito sobre os Evangelhos, Vol. I – João Scognamiglio Clá Dias, EP – pg. 252.

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Veja também: O Pastor ama e conhece profundamente suas ovelhas

Meditação para o Primeiro Sábado de outubro de 2014

I – A exemplo de Maria, quantas vezes recebemos o convite de Deus

Maria nos dá o exemplo do quanto nós devemos ser sensíveis, flexíveis à ação da graça para estarmos sempre prontos para atender as inspirações que Deus põe em nossas almas.

Quantas e quantas vezes, ao longo de nossa vida, temos essas ou aquelas inspirações, temos esses ou aqueles toques interiores da graça, sentimos em nossa alma que devemos, para seguir os passos de Nosso Senhor, abandonar tudo o que d’Ele nos afasta.

Nossa Senhora foi visitar Santa Isabel não porque pudesse haver qualquer resquício de dúvida sobre o que tinha dito o Anjo, ou então que este a tivesse enganado. Jamais isso teria acontecido. Ela foi visitar a prima porque recebeu uma inspiração de fazê-lo; foi tocada por uma graça, recebendo, assim, um impulso em seu interior e obedecendo a este prontamente.

Maria tinha dentro de si o próprio Deus. A Segunda Pessoa da Santíssima Trindade estava presente no claustro virginal. Por isso, quanta razão tinha Ela para ficar em casa contemplando o Messias que estava sendo gerado em seu interior. Entretanto, recebida a comunicação do Anjo não titubeou, pôs-se a caminho.

Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas às montanhas…

Uma das razões de sua pressa em partir, era porque Ela queria servir de instrumento para a santificação de São João Batista mesmo antes dele nascer.

De fato a cidade de Santa Isabel ficava em uma região montanhosa e distante da cidade de Nazaré. Até lá eram de três a quatro dias de caminhada. Era portanto uma viagem penosa e difícil, mas Maria tudo o supera alegremente, pois a Aurora tão esperada, germinava no seu seio puríssimo.

Exemplo magnífico para nós, quando formos tocados por uma graça para seguir um determinado caminho; ou quando formos tocados por alguma inspiração de Deus e somos convidados a abandonar uma situação que nos é agradável ou uma situação que nos leva ao pecado, sejamos rápidos, tenhamos pressa e imitemos a Nossa Senhora na sua predisposição de cumprir o dever (Leia mais aqui!).

Obs: Se estiver usando o Firefox, dependendo da versão, depois de clicar em (Leia mais aqui!), será preciso procurar o arquivo da meditação na pasta de downloads padrão.

Veja também: Meditação para o Primeiro Sábado de setembro de 2014

Será possível comprar o Céu?

Pe. Carlos Alberto Soares Corrêa

A pergunta pode causar arrepio. É claro que o Céu não se compra o dinheiro. No entanto, ele tem o seu “preço”… Qual a “moeda” que tem valor para Deus? Uma bela história, ocorrida na Alemanha, durante a Idade Média, responde a esta questão.

Gertrudes era uma freira muito devota de Nossa Senhora. Entre as práticas de piedade mariana que cultivava, encantava-a sobretudo a Ave-Maria ou “Saudação Angélica”. Certo dia estava rezando em seu quarto, quando este se iluminou com uma luz mais intensa que a do sol. Era o próprio Jesus que vinha conversar com ela. Apesar da majestade da aparição, Santa Gertrudes – pois é dela que falamos – não interrompeu as orações. Notou, com surpresa, que a cada “Ave-Maria” recitada, Jesus colocava sobre uma mesa uma linda moeda, de um ouro todo especial, de um brilho não conhecido nesta terra. Após alguns instantes, perguntou ela ao Salvador:

– Senhor, que fazeis?

– Gertrudes, cada Ave-Maria que você reza lhe obtém uma moeda de ouro para o Céu. Sim, minha filha, esta é a moeda com a qual se compra o Paraíso.

Orvalho celestial e divino

A Ave-Maria é o cântico mais belos que podemos entoar em louvor da Mãe de Deus. Quando a rezamos, louvamos Nossa Senhora por ser um precioso escrínio, cheio das graças de Deus, de onde se derramam sobre nós; louvamo-La por ser a escolhida do Senhor, o que a faz bem-aventurada acima de todas as mulheres; louvamo-La, ainda, pela magnífica encarnação, em seu claustro materno e virginal, do próprio Verbo de Deus.

Filha dileta do Pai, Mãe admirável do Filho, Esposa fidelíssima do Espírito Santo. Essa é Maria, a criatura mais amada, incomparavelmente acima de qualquer outra, pela Santíssima Trindade.

Assim, as honras prestadas à Santíssima Virgem são supremamente agradáveis a Deus. De outro lado, Nossa Senhora é mãe carinhosa e solícita: sempre que rezamos a Ave-Maria, Ela nos dá o melhor dos seus presentes, que são as graças das quais transborda. Por isso, os santos mais devotos da Mãe de Deus chamavam esta preciosa oração de orvalho celestial e divino. Sabemos que o orvalho da madrugada torna a terra fecunda, dando-lhe a possibilidade de produzir os frutos mais deliciosos.

A Saudação Angélica é como um orvalho que prepara nossas almas para praticar as virtudes mais difíceis e mais maravilhosas: a Fé, a Esperança, a Caridade ou Amor de Deus, a Pureza. Fecundadas por esse magnífico orvalho, nossas almas tornam-se belas e agradáveis a Deus.

Além desse precioso fruto, ela nos comunica uma alegria interior, indispensável para enfrentar os dramas do nosso mundo tão agitado.

Um grande devoto de Maria disse estas consoladoras palavras: “Estás aflito? Reza a Maria; Ela converterá tua tristeza em gozo e tuas aflições em consolo”.

Concluamos com o que disseram a esse respeito os maiores pregadores da devoção a Maria Santíssima: a Ave-Maria é um ósculo casto e amoroso que se dá em Maria, é apresentar-Lhe uma rosa vermelha, é oferecer-Lhe uma pérola preciosa, é dar-Lhe uma taça de néctar divino.

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