Recém anunciado na Praça de São Pedro, no Vaticano, o Cardeal Jorge Mario Bergoglio, argentino, é o novo Pontífice. O nome escolhido por ele é Francisco.
Neste momento ele dirige aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro e de todo mundo suas primeiras palavras como papa recém-eleito. Todos aguardam a bênção papal, acompanhada de indulgência plenária.
Cidade do Vaticano, 13 mar (Ecclesia) – Os 115 cardeais reunidos em Conclave no Vaticano acabam de eleger um novo Papa, como indica a fumaça branca que está a sair da chaminé colocada sobre a Capela Sistina desde as 19h06 locais.
O sucessor de Bento XVI, que renunciou ao pontificado, foi eleito no quinto escrutínio da reunião eleitoral iniciada esta terça-feira, pelas 16h30 (hora de Roma, menos uma em Lisboa).
Os sinos da Basílica de São Pedro acompanha a ‘fumata’, ao som das palmas das pessoas que enchem a Praça de São Pedro.
Este Conclave teve aproximadamente a mesma duração do de 2005, que no dia 19 de abril elegeu Bento XVI ao fim de dois dias e quatro escrutínios.
Dentro de 45 minutos, previsivelmente, será anunciado aos fiéis de todo o mundo o nome do novo Papa.
A bênção ‘urbi et orbi’ (à cidade [de Roma] e ao mundo), desde a varanda central da Basílica de São Pedro, é o primeiro ato público previsto para o novo Papa, após a sua eleição.
O eleito pelos cardeais no Conclave que se iniciou hoje vai surgir perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro.
O anúncio oficial, em latim, vai ser feito pelo cardeal protodiácono, D. Jean-Louis Tauran: ‘Annuntio vobis gaudium magnum; habemus Papam: Emminentissimum ac Reverendissimum Dominum, Dominum …, Sanctae Romanae Ecclesiae Cardinalem…, qui sibi nomen imposuit … (Anuncio-vos uma grande alegria, temos Papa: o eminentíssimo e reverendíssimo senhor …, cardeal da Santa Igreja Romana…, que escolheu o nome ….)”.
Pouco depois, o próprio Papa, com as vestes pontifícias, aparecerá ao balcão da Basílica do Vaticano, para uma saudação e a bênção.
O Conclave de 2013 tem uma novidade relativamente aos seus atos finais: após a eleição, há um momento de oração e o novo Papa vai rezar em privado, na Capela Paulina, antes de saudar os fiéis.
A eleição implica uma maioria de dois terços dos votos: o candidato eleito é questionado pelo cardeal que preside ao ato eleitoral (D. Giovanni Battista Re, primeiro na ordem de precedência), em latim, para saber se aceita esta decisão (Acceptasne eletionem de te canonice factam in Summum Pontificem?) e qual o nome que vai escolher (Quo nomine vis vocari?).
O mestre das cerimónias litúrgicas é chamado, desempenhando funções de notário, e redige um documento de aceitação perante dois cerimoniários (assistentes) que entram e servem de testemunhas.
Este documento entrará em vigor imediatamente depois da sua publicação no jornal do Vaticano, ‘L’Osservatore Romano’, por determinação de Bento XVI.
Após a aceitação, o novo Papa vai até à chamada ‘sala das lágrimas’ (a sacristia da Capela Sistina), para vestir a batina branca (preparadas em três tamanhos) e as vestes próprias, regressando para ocupar o lugar de presidência.
Nesta altura é lida uma passagem do Evangelho ligada à figura do Papa, com uma breve oração, e os cardeais prestam homenagem e apresentam a sua obediência ao novo pontífice.