A família católica, viveiro de vocações

Hoje, mais do que em qualquer outra era histórica, a Igreja tem urgente necessidade de famílias santas para vencer a grave crise pela qual atravessa

Pe. Francisco Teixeira de Araújo, EP

Congresso Internacional de Cooperadores dos Arautos do Evangelho

Ninguém pode negar o fundamental papel da família para o florescimento dos chamados ao sacerdócio e à vida religiosa, nem o fato de uma das principais causas da atual crise de vocações ser o escasso número de casais que rezam junto com seus filhos, ensinam-lhes o papel da Religião nas suas vidas e os convidam com o próprio exemplo a praticar os Mandamentos.

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Amor a Deus: O maior de todos os Mandamentos

Foto: Gustavo Kralj

O eminente doutor e místico da Igreja, São João da Cruz, sintetiza numa frase cheia de poesia e beleza o que mais pesará em nosso juízo diante do Altíssimo, ao findar de nossa existência humana: “No entardecer desta vida, sereis julgados segundo o amor!”

Como todas as virtudes, o amor encontra seu fundamento e sua essência em Deus, fonte de todo o bem. Em seu artigo na Revista Arautos do Evangelho de outubro de 2008: “A sabedoria humana contra a Sabedoria divina”, o Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP, fundador e presidente dos Arautos do Evangelho, discorre admiravelmente sobre a resposta de Nosso Senhor aos fariseus, quando estes lhe perguntaram qual o maior dos Mandamentos (Mt 22, 34-40).

Abaixo um dos trechos mais significativos de seu artigo.

Jesus, supremo modelo de amor

Para se atingir o mais alto grau de perfeição da virtude do amor é indispensável admirá-la em Cristo Jesus e imitá-Lo. O amor do Filho de Deus, é todo especial, por se desenvolver dentro de um prisma sobrenatural e ter por objeto o Ser Supremo. Há, portanto, uma notável diferença entre Ele e nós. No Verbo Encarnado, o amor divino e o humano se reúnem numa só Pessoa, pela união hipostática.

Quanto a nós, “o amor de Deus se derramou em nossos corações por virtude do Espírito Santo” (Rm 5, 5); ou seja, ele nos é dado. Para poder alcançá-lo, devemos pedi-lo.

Apesar desta diferença, Jesus é o nosso insuperável modelo, pois é impossível encontrar n’Ele qualquer sombra de interesse que não seja a glória do Pai. Assim também deve ser o nosso amor. E, se bem que em Jesus nunca tenha havido fé — pois, desde o primeiro instante de Sua existência, a alma d’Ele esteve na visão beatífica — em nós, essa virtude deve estar sempre acompanhada de um caloroso amor, o mais semelhante possível ao de Jesus.

(Excerto do artigo ““A sabedoria humana contra a Sabedoria divina” do Mons. João Scognamiglio Clá Dias – Revista Arautos do Evangelho nº 82 – outubro de 2008.)

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