Deus ama quem dá com alegria

Comentário ao Evangelho do VII Domingo do Tempo Comum

Em face aos conceitos egoístas de amor e de justiça imperantes no mundo antigo, Nosso Senhor ensina que a verdadeira alegria está no dar-se completamente aos outros, seguindo seu divino exemplo

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP

Como Ele nos amou…

A síntese dos preceitos contidos na Liturgia de hoje se encontra na Aclamação ao Evangelho: “Eu vos dou este novo mandamento, nova ordem, agora, vos dou: que também vos ameis uns aos outros, como eu vos amei, diz o Senhor”.

Como nos amou Nosso Senhor?

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A Apresentação do Menino Jesus e a Purificação de Maria Virgem

Festa da Apresentação do Senhor 

No Templo, Jesus Se oferece ao Pai para resgatar os homens, por meio de Maria, e também por Ela é entregue à Igreja, nas mãos do velho Simeão

Mons. João S. Clá Dias, Fundador dos Arautos do Evangelho

22 Quando se completaram os dias para a purificação da Mãe e do Filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-Lo ao Senhor. 23 Conforme está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”. 24 Foram também oferecer o sacrifício — um par de rolas ou dois pombinhos — como está ordenado na Lei do Senhor. 25 Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele 26 e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor. 27 Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o Menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28 Simeão tomou o Menino nos braços e bendisse a Deus: 29 “Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30 porque meus olhos viram a tua salvação, 31 que preparaste diante de todos os povos: 32 luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”.

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Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora

O dom mais excelso de toda a ordem da criação

Em Maria, Deus quis unir a insuperável dignidade da maternidade divina ao maior dom da graça, o qual restaurou a beleza do universo criado e iniciou a história de nossa Redenção

Monsenhor João S. Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório



Naquele tempo, 26 no sexto mês, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27 a uma Virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da Virgem era Maria. 28 O Anjo entrou onde Ela estava e disse: “Alegra-Te, cheia de graça, o Senhor está contigo!” 29 Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. 30 O Anjo, então, disse-Lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. 31 Eis que conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus. 32 Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai Davi. 33 Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu Reino não terá fim”. 34 Maria perguntou ao Anjo: “Como acontecerá isso, se Eu não conheço homem algum?” 35 O Anjo respondeu: “O Espírito virá sobre Ti, e o poder do Altíssimo Te cobrirá com sua sombra. Por isso, o Menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. 36 Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, 37 porque para Deus nada é impossível”. 38 Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em Mim segundo a tua palavra!” E o Anjo retirou-se (Lc 1, 26-38).

A glória da Imaculada Conceição

Segundo a expressão repetida por muitos Santos, de Maria nunquam satis — de Maria nunca se dirá o suficiente. E assim como nunca nos sentimos satisfeitos de ouvir falar d’Ela, também nunca nos contentamos quando se trata de glorificá-La.

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A festa dos irmãos celestes

Solenidade de Todos os Santos

Na Solenidade de Todos os Santos a Igreja nos convida a ver com esperança nossos irmãos celestes, como estímulo para percorrermos por inteiro o caminho iniciado com o Batismo e atingirmos a plena felicidade na glória da visão beatífica

Monsenhor João S. Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório

 


I – Os Santos, irmãos celestes?

Na Solenidade de Todos os Santos a Igreja celebra todos aqueles que já se encontram na plena posse da visão beatífica, inclusive os não canonizados. A Antífona da entrada da Missa nos faz este convite: “Alegremo-nos todos no Senhor, celebrando a festa de Todos os Santos”.1 Sim, alegremo-nos, porque santos são também — no sentido lato do termo — todos os que fazem parte do Corpo Místico de Cristo: não só os que conquistaram a glória celeste, como também os que satisfazem a pena temporal no Purgatório, e os que, ainda na Terra de exílio, vivem na graça de Deus. Quer estejamos neste mundo como membros da Igreja militante, quer no Purgatório como Igreja padecente, quer na felicidade eterna, já na Igreja triunfante, somos uma única e mesma Igreja.

E como seus filhos temos irmandade, conforme diz São Paulo aos Efésios: “já não sois hóspedes nem peregrinos, mas sois concidadãos dos Santos e membros da família de Deus” (Ef 2, 19).

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A santa alegria dos humildes

XIV Domingo do Tempo Comum

Como gozar da paz e da alegria nesta Terra, tanto quanto possível, e possuí-las plenamente na eternidade? Entremos na escola de Jesus!

Mons. João S. Clá Dias, EP. Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório

 

 

Naquele tempo, Jesus pôs-Se a dizer: 25 “Eu Te louvo, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra,porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. 26 Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 27 Tudo Me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. 28 Vinde a Mim todos vós, que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e Eu vos darei descanso. 29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. 30 Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt 11, 25-30).

Jesus foi humilde para nos dar sua alegria

A clave da Liturgia do 14º Domingo do Tempo Comum nos é sugerida logo na abertura da Celebração, pela Oração do Dia: “Ó Deus, que pela humilhação do vosso Filho reerguestes o mundo decaído, enchei vossos filhos e filhas de santa alegria, e dai aos que libertastes da escravidão do pecado o gozo das alegrias eternas”.

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Amanhã, tudo saberemos!

XII Domingo do Tempo Comum

A morte, com sua implacabilidade, retira de nossos olhos os óculos que falseiam a visão do universo criado e do relacionamento de cada um de nós com o próximo e com Deus. No dia do Juízo “nada há encoberto que não seja revelado, e nada há de escondido que não seja conhecido”

Mons. João S. Clá Dias, EP

 

A morte, fim de todas essas quimeras

Vivemos nesta Terra em estado de prova e de passagem. Tão precária é nossa situação que nos enganamos com facilidade, mesmo a propósito do tempo, vivendo como se nossa permanência neste mundo fosse eterna. Não é raro cruzar pela nossa mente aquele sonho da possível descoberta do elixir da longa vida, ou do elixir da própria imortalidade. Muitos prefeririam estender ao infinito os limites de sua existência terrena, transformando-a numa espécie de limbo perpétuo, quer dizer, um tipo de vida no qual pudessem ter felicidade natural, sem nenhum voo de espírito. Esses participam, consciente ou inconscientemente, de um culto implícito que poderia muito bem ser rotulado de “limbolatria”.

A morte, com sua implacabilidade e trágica realidade, põe fim a essas quimeras, e retira de nossos olhos os óculos que falseiam a visão do universo criado e do relacionamento de cada um de nós com o próximo e com Deus. Ademais, a morte traz consigo o juízo divino: “nada há de encoberto que não seja revelado”.

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