Deus quer nos dar tudo em abundância

A criação do universo foi como um transbordamento do que há em Deus, mais ou menos à maneira de um champagne que extravasa da garrafa e se derrama em taças. Ele quis nos criar para nos tornar partícipes da felicidade d’Ele, e por isso “o Verbo Se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1, 14)

Monsenhor João S. Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório

 


“O ladrão só vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”
(Jo 10, 10).

Em linguagem parabólica, Jesus indica o pecado daqueles que desviam os outros da Religião verdadeira: matam as almas, afastando-as de Nosso Senhor, que é a vida. E a missão d’Ele, ao contrário, é dar aos homens essa vida, a qual é muito superior à que anima a formiga, o colibri, o esquilo, o homem e até mesmo os Anjos, pois é a vida do próprio Deus! Ele a introduz em nossa alma no Batismo e a confirma quando recebemos a Crisma.

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A bondade divina de Nosso Senhor Jesus Cristo

Sacratíssimo Coração de Jesus

Para salvar a humanidade, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade quis Se encarnar, tornando-Se igual a nós em tudo, exceto no pecado (cf. Hb 4, 15). E, ainda que uma lágrima, um gesto ou até um desejo do Homem-Deus fosse suficiente para redimir um número ilimitado de criaturas, Ele Se humilhou a Si mesmo, fazendo-Se obediente até à morte na Cruz, como afirma São Paulo na segunda leitura deste domingo (Fl 2, 6-11). Aquele que, com um simples ato de vontade, poderia ter impedido a ação dos que promoveram sua morte ― bastaria, por exemplo, deixar de sustentar o ser deles, fazendo-os voltar ao nada ―, aceitou todos os ultrajes descritos por São Mateus no Evangelho da Missa.

Experimentamos aqui a misericórdia de Deus, infinitamente solícito em nos perdoar. Se um só de nós houvesse incorrido em alguma falta e todos os demais homens fossem inocentes, teria Ele padecido igual martírio para resgatar esse único réu! Como aponta o padre Garrigou-Lagrange, no mistério da Redenção “as exigências da justiça terminam por se identificar com as do amor, e é a misericórdia que triunfa, porque é a mais imediata e profunda expressão do amor de Deus pelos pecadores”.(1)

1) GARRIGOU-LAGRANGE, OP, Réginald. El Salvador y su amor por nosotros.
Madrid: Rialp, 1977, p.312.

Fonte: Inédito sobre os Evangelhos, Vol. I – João Scognamiglio Clá Dias, EP – pg. 252.

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A Igreja, manifestação suprema do reinado de Cristo

Cristo Rei | Basílica do Sagrado Coração de Jesus, Valadolid (Espanha)

O júbilo e às vezes até mesmo a emoção, penetram nossos corações ao contemplarmos estas inflamadas palavras de São Paulo: “Cristo amou a Igreja e Se entregou a Si mesmo por ela, para a santificar, purificando-a no batismo da água pela Palavra, para apresentar a Si mesmo esta Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e imaculada” (Ef 5, 25-27).

Porém, ao analisarmos a Igreja militante, na qual hoje vivemos, com muita dor encontramos imperfeições — ou, pior ainda, faltas veniais — nos mais justos, conferindo opacidade a essa glória mencionada por São Paulo. Entre as ardentes chamas do Purgatório, está a Igreja padecente, purificando-se de suas manchas. Até mesmo a triunfante possui suas lacunas, pois, exceção feita da Santíssima Virgem, as almas dos bem-aventurados foram para o Céu deixando seus corpos em estado de corrupção nesta Terra, onde aguardam o grande dia da Ressurreição.

Portanto, a “Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e imaculada”, manifestação suprema da Realeza de Cristo, ainda não atingiu sua plenitude.

E quando definitivamente triunfará Cristo Rei? Só mesmo depois de derrotado seu último inimigo, ou seja, a morte! Pela desobediência de Adão, introduziram-se no mundo o pecado e a morte. Pelo seu Preciosíssimo Sangue Redentor, Cristo infunde nas almas sua graça divina e aí já se dá o triunfo sobre o pecado. Mas a morte será rendida com a Ressurreição no fim do mundo, conforme o próprio São Paulo nos ensina:

“Porque é necessário que Ele reine, ‘até que ponha todos os inimigos debaixo de seus pés’. Ora, o último inimigo a ser destruído será a morte; porque Deus ‘todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés’” (I Cor 15, 25- 26).

Cristo Rei, por força da Ressurreição que por Ele será operada, arrancará das garras da morte a humanidade inteira, como também iluminará os que purgam nas regiões sombrias. Ao retomarem seus respectivos corpos, as almas bem-aventuradas farão com que eles possuam sua glória; e assim, serão também os eleitos outros reis cheios de amor e gratidão ao Grande Rei. Apresentar-se-á o Filho do Homem em pompa e majestade ao Pai, acompanhado de um numeroso séquito de reis e rainhas, tendo escrito em seu manto: “Rei dos reis e Senhor dos senhores” (Ap 19, 16).

(Fonte: Inédito sobre os Evangelhos, Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP – Comentários à Solenidade de Cristo Rei, págs. 491 e 492.)

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Maria nos Lares – Os frutos do Apostolado do Oratório Maria Rainha dos Corações

Iniciado no Brasil pelos Arautos do Evangelho no ano 2000, o Apostolado do Oratório Maria Rainha dos Corações se expandiu e hoje floresce nos cinco continentes. No Brasil, o Oratório do Imaculado Coração de Maria peregrina em todos os Estados da Federação, em mais de mil cidades, totalizando um número superior a 500 mil famílias que recebem o Oratório em seus lares, em 2.496 paróquias. Os frutos têm superado a expectativa, como se pode avaliar pelo depoimento de Gisele Dias, de Piraquara (PR): “Eu gostaria de agradecer a Nossa Senhora de Fátima por todas as maravilhas que vem acontecendo em minha vida. Desde a sua visita em minha casa, tudo que pedi, em menos de uma semana, recebi. Gostaria de agradecer pela saúde de meu filho, pois estava na UTI, pedi por ele e, dois dias depois, estava em casa e passa bem. Muito obrigada, Mãe, eu sempre soube que a Senhora nunca me abandonaria”.

E uma dedicada coordenadora, Marcely Cunha, de Belém (PA), comenta: “Serei grata eternamente a Nosso Senhor e a Nossa Senhora! Posso dizer de todo o coração: ‘Não consigo mais viver sem o Apostolado do Oratório! Isso se deve também à genialidade de Mons. João Scognamiglio Clá Dias, que por inspiração divina fundou a grande família espiritual dos Arautos do Evangelho. Nosso Senhor os guarde sempre!”. A peregrinação do Oratório pelas famílias tem sido ocasião de grande afervoramento espiritual, como atesta o Sr. Francisco Wagner Silva Lima, de Barbalha (CE): “O carisma dos Arautos é para mim como que o Coração da Santa Igreja. Pois, o que os sustenta realmente é a Adoração e as Santas Missas celebradas pelos padres Arautos. E nós recebemos inúmeras graças das Santas Missas celebradas em nossas intenções. Obrigado, Arautos, por este carisma tão lindo na vida da Igreja de Cristo.”

Assim, em meio ao torvelinho da vida cotidiana, tantas vezes carregada de apreensões, a visita do Oratório do Imaculado Coração de Maria tem sido um bálsamo para os corações.

Fotos: Arautos do Evangelho

Fonte: Revista Arautos do Evangelho, nº 149 – maio 2014, pgs 26,27.

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Frases sobre Nossa Senhora – Mons. João S. Clá Dias

Pela boca dos Padres da Igreja, dos santos e teólogos nos ensina a doutrina cristã que de forma alguma Maria nos afasta de Cristo, pelo contrário, Ela sempre nos conduz a Ele, por amor, fidelidade, missão e dignidade. No século XII, o doutor melífluo, São Bernardo de Claraval, em uma de suas homilias afirmou que todo e qualquer louvor dirigido por nós à Virgem Santíssima pertence ao Seu Divino Filho. E o reverso também é verdadeiro, todas as vezes que honramos a Cristo, não nos afastamos de Sua gloriosa Mãe.

Fiel devoto de Maria, o Mons. João Scognamiglio Clá Dias, fundador dos Arautos do Evangelho, reafirma esta verdade numa frase sintética e, ao mesmo tempo, cheia de beleza:

“Devemos rezar com Maria, trabalhar com Maria e viver na presença de Maria; para que Ela nos mostre o bendito fruto de Seu ventre, Jesus.”

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