As parábolas sobre o Reino

XVII Domingo do Tempo Comum

Três parábolas sobre o Reino — a do tesouro escondido, a da pérola e a da rede —, preciosos ensinamentos para a nossa vida espiritual, a fim de alcançarmos a eterna salvação. Quando os “pescadores” separarem os “peixes”, no fim do mundo, estaremos nós entre os bons ou entre os maus?

Mons. João S. Clá Dia, EP

 


O Reino revelado pelo Divino Mestre

Tendo sido enviados alguns soldados pelas autoridades religiosas do Templo para prender Jesus, retornaram sem cumprir a missão, alegando ter sido impossível executá-la, pelo simples fato de nunca ninguém ter falado como Ele. Transparece, nesse episódio, o grande poder de expressão da verdade ensinada pela Verdade Encarnada. Ninguém jamais chegou a ser mestre, ou virá a sê-lo, em toda significação do termo, como o foi Jesus Cristo. Quem, de fato, conseguirá ultrapassar em pedagogia o Pregador Divino?

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Joio, mostarda, fermento e o Reino

XVI Domingo do Tempo Comum

Retificar os conceitos errôneos do povo judeu sobre o Reino messiânico, acentuar o quanto devemos crer na força de expansão
da Igreja, e insistir na necessidade da vigilância, são os principais objetivos destas parábolas

Mons. João S. Clá Dias, EP.
Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório

 

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A palavra de Jesus é viva e eficaz

XV Domingo do Tempo Comum

A todo propósito, Deus lança com abundância em nossas almas a semente de sua palavra. Compete a nós fazê-la frutificar para a maior glória do Criador

Mons. João S. Clá Dias, EP
Fundador dos Arautos do Evangelho
e do Apostolado do Oratório

 

 

Uma parábola rica de significados

1Naquele dia, Jesus saiu de casa e foi sentar-Se às margens
do Mar da Galileia. 2Uma grande multidão reuniu-se em volta
d’Ele. Por isso, Jesus entrou numa barca e sentou-Se, enquanto a
multidão ficava de pé, na praia.

Cada pequeno detalhe deste trecho é denso de significado e de superior beleza. O Mestre sai de sua casa em Cafarnaum — como gostaríamos de conhecer esta casa! — e vai para a praia. O Mar da Galileia deveria estar sereno, sem o rumorejar das ondas, possibilitando que a voz de Cristo fosse ouvida com facilidade pela multidão disposta ao longo daquele anfiteatro natural. Tudo de uma grandiosa simplicidade, de tal forma que se esta barca tivesse sido preservada, mereceria sem duvida ser venerada em uma catedral-relicário. Maravilhoso é o cenário preparado para este solene momento: é Deus quem vai falar!

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A santa alegria dos humildes

XIV Domingo do Tempo Comum

Como gozar da paz e da alegria nesta Terra, tanto quanto possível, e possuí-las plenamente na eternidade? Entremos na escola de Jesus!

Mons. João S. Clá Dias, EP. Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório

 

 

Naquele tempo, Jesus pôs-Se a dizer: 25 “Eu Te louvo, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra,porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. 26 Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 27 Tudo Me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. 28 Vinde a Mim todos vós, que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e Eu vos darei descanso. 29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. 30 Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt 11, 25-30).

Jesus foi humilde para nos dar sua alegria

A clave da Liturgia do 14º Domingo do Tempo Comum nos é sugerida logo na abertura da Celebração, pela Oração do Dia: “Ó Deus, que pela humilhação do vosso Filho reerguestes o mundo decaído, enchei vossos filhos e filhas de santa alegria, e dai aos que libertastes da escravidão do pecado o gozo das alegrias eternas”.

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A Pedra Inabalável

Solenidade de São Pedro e São Paulo, Apóstolos

Um simples pescador da Betsaida proclama que o filho de um carpinteiro é realmente o Filho de Deus, por natureza. Ali é plantado o grão de mostarda, do qual nasceria a Santa Igreja Católica Apostólica Romana

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP. Fundador dos Arautos do Evangelho

 

 

13 Ao chegar à região de Cesareia de Filipe, Jesus fez a seguinte pergunta aos seus discípulos: “Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?” 14 Eles responderam: “Uns dizem que é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum dos profetas”. 15 Perguntou-lhes de novo: “E vós, quem dizeis que Eu sou?” 16 Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo”. 17 Jesus disse-lhe em resposta: “És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu. 18 Também Eu te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno nada poderão contra ela. 19 Dar-te-ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na Terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na Terra será desligado no Céu” (Mt 16, 13-19).

O Evangelho: “Tu es Petrus”

Pergunta de Jesus e circunstância em que foi feita

13 Ao chegar à região de Cesareia de Filipe, Jesus fez a seguinte
pergunta aos seus discípulos: “Quem dizem os homens que é o
Filho do Homem?”

A cidade na qual se desenvolve o Evangelho de hoje havia sido construída pelo tetrarca Filipe que, para angariar a simpatia do imperador César Augusto, deu-lhe o nome de Cesareia. Desconhece a História o exato percurso empreendido pelo Senhor e pelos Apóstolos àquela altura dos acontecimentos; a hipótese mais provável é a de que tenham atravessado a via de Damasco a Jerusalém, perto da ponte das Filhas de Jacó. O território onde nasce o rio Jordão, compreendido entre Julias e Cesareia, é rochoso, solitário e acidentado. Foi nessa localidade montanhosa e pétrea que Herodes, o Grande, erigiu um vistoso templo de mármore branco em homenagem ao imperador César Augusto. Calcando as pedras da região, e talvez à vista do tal templo sobre o alto das rochas, foi que se estabeleceu o diálogo durante o qual se tornaram explícitas para os Apóstolos a natureza divina de Jesus e a edificação da Santa Igreja.

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Amanhã, tudo saberemos!

XII Domingo do Tempo Comum

A morte, com sua implacabilidade, retira de nossos olhos os óculos que falseiam a visão do universo criado e do relacionamento de cada um de nós com o próximo e com Deus. No dia do Juízo “nada há encoberto que não seja revelado, e nada há de escondido que não seja conhecido”

Mons. João S. Clá Dias, EP

 

A morte, fim de todas essas quimeras

Vivemos nesta Terra em estado de prova e de passagem. Tão precária é nossa situação que nos enganamos com facilidade, mesmo a propósito do tempo, vivendo como se nossa permanência neste mundo fosse eterna. Não é raro cruzar pela nossa mente aquele sonho da possível descoberta do elixir da longa vida, ou do elixir da própria imortalidade. Muitos prefeririam estender ao infinito os limites de sua existência terrena, transformando-a numa espécie de limbo perpétuo, quer dizer, um tipo de vida no qual pudessem ter felicidade natural, sem nenhum voo de espírito. Esses participam, consciente ou inconscientemente, de um culto implícito que poderia muito bem ser rotulado de “limbolatria”.

A morte, com sua implacabilidade e trágica realidade, põe fim a essas quimeras, e retira de nossos olhos os óculos que falseiam a visão do universo criado e do relacionamento de cada um de nós com o próximo e com Deus. Ademais, a morte traz consigo o juízo divino: “nada há de encoberto que não seja revelado”.

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