Dedicação de igreja dos Arautos no Paraguai

Com grande solenidade, o Bispo Diocesano de San Lorenzo (Paraguai), Mons. Joaquín Hermes Robledo, realizou a Dedicação da Igreja da Mãe do Bom Conselho, localizada na cidade de Ypacaraí

Pe. Jorge Gustavo Antonini, EP, Coordenador Geral do Apostolado do Oratório

Este é o primeiro Templo edificado pelos Arautos do Evangelho na nobre nação guarani e o segundo construido fora do Brasil no estilo tão peculiar “gótico policromado” desta dinâmica Associação de Fieis de Direito Pontifício.

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Marcos Eucarísticos na Terra Santa

Há quatro lugares especialmente relacionados com a Eucaristia na Terra Santa: Belém, Cafarnaum, Jerusalém e Emaús.

 

Pe. Rafael Ramón Ibarguren Schindler*, EP

Em uma gruta de Belém, que significa ‘casa do pão’, nasce Jesus das entranhas puríssimas de Maria. Na sinagoga de Cafarnaum, Jesus revela profeticamente que sua carne tem que ser comida para se ter a vida eterna… o que causa um profundo trauma em seus ouvintes!

Na Cidade Santa, dois são os lugares emblemáticos da Eucaristia: o Cenáculo e o Calvário, onde sucede, em poucas horas de diferença, um mesmo mistério de amor. Por fim, no caminho de Emaús, Nosso Senhor confirma na Fé aos seus discípulos abatidos que o reconhecem a partir do pão.

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Apaga-se a luz da razão!

Quando a poesia se soma à súplica orante e a teologia, em termos que atingem todos os fiéis, dos mais instruídos aos mais simples, torna-se especialmente atraente, pastoral e útil

Pe. Rafael Ramón Ibarguren Schindler*, EP

Altar da Basílica Nossa Senhora do Rosário dos Arautos do Evangelho

É nessa composição (poesia, suplica e teologia) que se reúnem os transcendentais do ser, assim chamados por São Tomás de Aquino: a unidade, a verdade, o bem e a beleza, que em latim chamamos de unum, verum, bonum e pulchrum.

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Em busca das alturas!

No dia 9 de setembro, junto com um grupo de participantes e voluntários do Apostolado do Oratório realizamos a escalada da Serra do Lopo, um belo conjunto de montanhas situado na fronteira entre as cidades de Extrema/MG e Joanópolis/SP

Pe. Jorge Gustavo Antonini, EP

Portando um Oratório do Imaculado Coração de Maria, uma vez atingida a “Pedra do Marinho”, rezamos o Terço por todos os participantes de nosso Apostolado.

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A Cruz: desastrosa derrota ou glorioso triunfo?

14 de setembro – Exaltação da Santa Cruz

A piedade católica, movida pelo Espírito Santo, modelou ao longo dos séculos variadas formas de devoção àquilo que representa, de maneira tocante, a Redenção do gênero humano: a Santa Cruz de Jesus Cristo

Pe. Alessandro Schurig, EP

Proponho vê-la por dois prismas distintos:

Crucificado

Cristo de Velasquez

No quadro pintado por Velásquez, deparamo-nos com Nosso Senhor cravado em uma cruz lisa, sem adornos, posta sobre um fundo negro, simbolizando a profunda e lúgubre humilhação na qual esteve posto o Redentor. Ele mesmo está com a cabeça visivelmente caída, e parte dos cabelos sobre o lado direito da face, indicando o quanto Ele está exangue, sem auxílio ou proteção alguma, entregue somente às mãos de Deus.

A cena nos sugere o abandono: apenas dois ladrões crucificados a seu lado, sua Mãe e um único discípulo, presenciam sua aviltante morte. Em suma, ao ver essa figura nos vem à mente quanto tudo esteve esmagado, calcado e silenciado perante sua morte.

Mas, será que na cruz aquele que proclamou: “Eu venci o mundo!” (Jo 16, 33) está um irrevogável derrotado?


Glorificado

Analisemos, em seguida, uma cruz processional levada nas Eucaristias mais solenes da igreja Nossa Senhora do Rosário, dos Arautos do Evangelho, e feita de acordo com as indicações de Mons. João Clá Dias.

Nela, vemos Nosso Senhor morto e crucificado, como alguém que, como vimos acima, passou por terríveis humilhações. Porém, as nossas vistas não se detêm, e fixamos o olhar nas vivas e elegantes cores vermelha, branca e dourada que compõem esta cruz… Parecem nos convidar a contemplar Aquele que está nela cravado, mas por isso mesmo cumpriu o que Ele próprio profetizara:

“quando for elevado da terra atrairei a mim todo ser” ( Jo 12, 32).  

Cruz processional – Arautos do Evangelho

Sem dúvida, está despojado de suas vestes e coroado de espinhos, mas é “Rei dos reis e Senhor dos senhores” (Ap 19, 16), o que bem nos recorda os áureos esplendores que circundam esta cruz.

Foi deste seu oferecimento que floresceu tudo o que existiu e existirá de bom, de belo e verdadeiro na História da humanidade. Foi no momento da crucifixão que o Salvador frustrou os planos de Satanás, comprou para todo o gênero humano a Redenção e, com graças super abundantíssimas, abriu ao homem as portas do Céu.

Tudo isto que Ele concedeu como herança para a humanidade, como fruto de seu Preciosíssimo Sangue, valem imensamente mais do que qualquer pedra preciosa. Mas, as que figuram em Jesus, representando suas chagas, não simbolizarão esta maravilha, que Ele aceitou por nós e para nossa Salvação?

Rememorando o que a liturgia da Igreja reza na missa da Exaltação da Santa Cruz, “O que vencera na árvore do paraíso, na árvore da cruz foi vencido”, não parece que esta cruz quer nos fazer recordar esta gloriosa vitória de Cristo?

Coroa do Sacro Império Romano Germânico

Por ter Ele escolhido utilizar da cruz como instrumento para a redenção, tornou-se ela, de símbolo de ignomínia que era em símbolo de tudo o que há de mais elevado, de mais sagrado: nas catedrais, nas coroas, nas obras mais importantes concebidas pelo homem, aí está a cruz resplandecendo como o estandarte de triunfo do homem-Deus, que atingiu os mais altos píncaros de vitória contra o demônio, o mundo e a carne com sua ignominiosa morte no madeiro. E isto bem pode simbolizar os adornos desta cruz. (Cfr. Oliveira, Plinio Corrêa de. Revista Dr. Plinio, nº 138, setenbro de 2009, p. 4)

 Ao vê-la, temos vontade de rezar à semelhança das palavras de Dr. Plinio:

“Na vossa cruz, humilhado, começastes a reinar sobre a terra. Na cruz começou a vossa glória, e não na ressurreição. Vossa nudez é um manto real. Vossa coroa de espinhos é um diadema sem preço. Vossas chagas são vossa púrpura. Oh! Cristo-Rei, como é verdadeiro considerar-Vos na cruz como um rei”*

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* (Via Sacra. Legionário Nº 558, 18 de abril de 1943 ).