Meditação para o Primeiro Sábado de fevereiro de 2015

– 4º MISTÉRIO GOZOSO –

I – Através de Maria, o Redentor se oferece oficialmente ao Pai

1 – Fidelidade e obediência no cumprimento da Lei:

Nossa Senhora, concebida sem pecado original, inocentíssima, não tendo conhecido varão e havendo gerado Jesus pelo poder do Espírito Santo, Virgem antes, durante e depois do parto, não precisava purificar-Se. Mas Ela, meticulosamente fiel na observância religiosa e amante da excelsa virtude da obediência, quis cumprir a Lei que obrigava toda mulher consagrar seu Filho a Deus, para em seguida resgatá-Lo.

Nosso Senhor, tomado de imensa emoção, em sua humanidade, entregou-Se de modo solene e oficial ao Pai como vítima expiatória, tendo plena consciência do significado daquela cerimônia e, sobretudo, da finalidade de sua Encarnação e de quanto iria sofrer. Este oferecimento Ele já o fizera desde o primeiro instante em que fora criado, como se lê na Carta aos Hebreus: “ao entrar no mundo, Cristo diz: Não quiseste sacrifício nem oblação, mas Me formaste um corpo. Holocaustos e sacrifícios pelo pecado não Te agradam. Então, Eu disse: Eis que venho (porque é de Mim que está escrito no rolo do livro), venho, ó Deus, para fazer a tua vontade” (10, 5-7).

2 – Um ancião flexível às moções do Espírito Santo:

O velho Simeão era, segundo o Evangelista, “justo e piedoso”. Dele pode-se afirmar que, sem conhecer Nosso Senhor Jesus Cristo e antes d’Este haver nascido em Belém, já vivia em função d’Ele. Que mérito admirável!

Era, sem dúvida, uma alma de fogo que ansiava a vinda do Messias e a pedia insistentemente a Deus. Quanta aridez e provação esse homem deve ter passado, na sua longa espera pela vinda do Senhor.

Por isso recebera moções fortíssimas do Espírito Santo e fora-lhe revelado que não morreria sem ver o Salvador prometido. Naquele dia sentiu um impulso sobrenatural para ir ao Templo e foi dócil a ele (Leia mais aqui!).

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Veja também: Meditação para o Primeiro Sábado de janeiro de 2015

Meditação para o Primeiro Sábado de novembro de 2014

I – A filiação divina nos confere uma dignidade altíssima, como maior não pode haver

Jesus proclama as Bem-aventuranças, para nos mostrar o quanto podemos nos elevar na vida sobrenatural, pelo florescimento dos dons do Espírito Santo, que opera nas nossas almas e nos torna aptos para praticar as virtudes, de um modo heroico.

Tais frutos podem brotar de maneira isolada, mas, em geral, quando o santo chega à plenitude da união com Deus, todas as bem-aventuranças se verificam numa única florada. Ser santo, então, significa ser um bem-aventurado no tempo para depois sê-lo na eternidade.

Em que consiste, pois, essa bem-aventurança? São João, — o Apóstolo do Amor — em sua Primeira Epístola nos dá a resposta, lembrando o valor da nossa condição de filhos de Deus: “Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus. E nós realmente o somos” (I Jo 3, 1a). Na verdade, por ocasião do Batismo, embora a natureza humana continue a mesma, com inteligência, vontade e sensibilidade, acrescenta-se em nós uma qualidade: a participação na própria natureza divina, que nos assume por completo. A graça, explica São Boaventura, “é um dom que purifica, ilumina e aperfeiçoa a alma; que a vivifica, a reforma e a consolida; que a eleva, a assimila e a une a Deus, tornando-a aceitável. (1)

Sendo um bem do espírito, não pode ser vista com os olhos materiais, pois estes captam só o que é sensível, mas comprovamos, isto sim, seus efeitos. Santa Catarina de Sena, a quem Nosso Senhor concedeu a graça de contemplar o estado das almas, chegou a afirmar a seu confessor: “Meu pai, se vísseis o fascínio de uma alma racional, não duvido que daríeis cem vezes a vida pela sua salvação, porque neste mundo nada há que se lhe possa igualar em beleza”. (2)

Certas imagens podem servir para termos uma ideia, ainda que pálida, das maravilhas operadas pela graça nas almas. Imaginemos um vitral esplendoroso, com uma perfeita combinação de cores, fabricado com vidro da melhor qualidade, contendo até ouro na sua composição. Uma vez posto na janela, se não é iluminado, que valor terá peça tão espetacular? Entretanto, a partir do momento em que os raios de luz sobre ele incidem, brilhará com extraordinária riqueza de tons, desdobrando-se em mil reflexos multicoloridos.

Outra comparação que também nos aproxima da realidade sobrenatural é a de um litro de álcool no qual são derramadas algumas gotas de uma fabulosa essência, finíssima e de requintado aroma. Sem deixar de ser álcool, o líquido torna-se perfume, pois é assumido pela essência.

Da mesma forma como a luz ilumina o vitral e a essência assume o álcool, também a graça confere nova qualidade à alma humana, que é, por assim dizer, submersa na natureza divina. Tal é a excelência da filiação em relação a Deus!  (Leia mais aqui!).

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Veja também: Meditação para o Primeiro Sábado de outubro de 2014

Tarde de Louvor com Maria em Vila Velha, Arquidiocese de Vitória

O Apostolado do Oratório dos Arautos do Evangelho realizará no próximo dia 20 de julho, domingo, mais uma Tarde de Louvor com Maria, desta vez na cidade de Vila Velha, município da Grande Vitória, no Estado do Espírito Santo.

O evento se realizará na Paróquia São Francisco de Assis, localizada na Rua Dr. Jair de Andrade, s/n, Praia de Itapoã, Área Pastoral de Vila Velha/ES. Do programa constam uma palestra sobre o Santo Rosário, com encenação teatral, apresentação musical do Coro e Banda dos Arautos do Evangelho, bênção e imposição de escapulários de Nossa Senhora do Carmo.

Haverá sacerdotes durante todo o período atendendo a confissões.

O ponto alto do encontro será a solene Celebração Eucarística, presidida por Sua Excelência Revma. D. Luiz Mancilha Vilela, Arcebispo de Vitória e concelebrada pelos Revmos. Padres Hiller Stefanon Sezini, pároco e Jorge Gustavo Antonini, Provincial dos Arautos do Evangelho – Região Sudeste.

Após a Santa Missa, a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima será conduzida em procissão luminosa pelas ruas da cidade.

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Veja também: Assista ao vídeo da “Tarde de Louvor com Maria” em Campo Grande

Meditação para o Primeiro Sábado de junho de 2014

I – A descida do Espírito Santo

Pentecostes era uma das festas tradicionais judaicas. Nela se ofereciam a Deus os primeiros frutos das colheitas do campo. Tratava-se de uma das três grandes festas chamadas da “peregrinação”, pois nelas os israelitas deviam peregrinar até Jerusalém para adorar a Deus no Templo. Os judeus residentes no estrangeiro utilizavam da palavra grega pentekosté — que significa quinquagésimo dia —, porque a festa era celebrada cinquenta dias depois da Páscoa.

Encontravam-se arrebatados na oração quando se fez ouvir um ruído estrondoso e um vento impetuoso. Em seguida, aparecem línguas de fogo. Segundo uma piedosa e antiga tradição, a primeira língua de fogo — a mais rica — pousou sobre a cabeça de Nossa Senhora, e a partir d’Ela se multiplicou para os outros.

Por que essas manifestações exteriores? Deus quis tornar visível o quanto era pleno o que ele entregava o ímpeto de amor, a grandeza do dom que descia. “Uma forte ventania” pode ser vista como a chegada da torrente de graças que estavam sendo derramadas sobre todos os presentes. Eram graças místicas eficazes e superabundantes que “encheram” o Cenáculo.

O fogo, feito de luz e calor, era o melhor elemento para simbolizar o ardor próprio à ação restauradora e entusiasmante do Espírito Santo. Ao pairarem sobre as cabeças de Maria e dos demais presentes, as chamas se apresentavam sob a forma de línguas de fogo. Nelas podemos ver simbolizadas as labaredas que a pregação daqueles varões suscitaria.

“Todos ficaram cheios do Espírito Santo”. De Maria a Igreja exclama: “cheia de graça” (Lc 1, 28), e de fato Ela o foi desde o primeiro instante de sua Imaculada Conceição. No Cenáculo recebe um novo acréscimo ainda maior. Nessa passagem vemos também os Apóstolos, de acordo com suas respectivas missões, serem inundados dos mais especiais dons. Lembraram-se, então, com amor e compreensão, de tudo o que o Mestre lhes ensinara, estando prontos para percorrer o mundo pregando a Boa-nova (Leia mais aqui!).

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Veja também: Meditação para o Primeiro Sábado de maio de 2014

Meditação para o Primeiro Sábado de janeiro de 2014

1) Fim do regime da lei dos profetas

João Batista é um importante marco na História da salvação, pois com ele termina a antiga Lei e se inicia a nova (1). Até ele, encontramos o regime da Lei e dos profetas; a partir dele, abre-se a era do Reino dos Céus (cf. Mt 11, 12-13). Figura única na História, adornada em vida de um prestígio incomparável, se levanta misteriosa e solene no encontro de ambos os Testamentos (2).

Teve ele o grande privilégio de ser santificado pela voz da própria Mãe de Deus, estando ainda em gestação no claustro maternal de Santa Isabel: “Porque logo que a voz da tua saudação chegou aos meus ouvidos, o menino exultou de alegria no meu ventre” (Lc 1, 44). Seu nascimento, contou com a presença de belos fenômenos místicos que se difundiram “por todas as montanhas da Judeia” (Lc 1, 65), trazendo como efeito, no fundo do coração dos que ouviam seus relatos, a ponderação: “Quem julgas que virá a ser este menino? Porque a mão do Senhor era com ele” (Lc 1, 66). Tal foi aquele acontecimento que seu pai, Zacarias, pôs-se a profetizar, confirmando as antigas previsões sobre o menino (cf. Lc 1, 67-79).

Depois de refugiar-se nos desertos “até o dia de sua manifestação a Israel” (Lc 1, 80), aparece realizando sua missão diante do povo que “o considerava como um profeta” (Mt 14, 5; 21, 26).

A prisão desse varão, o Precursor, tomado em plenitude pelo Espírito Santo (Lc 1, 15), determina o fim do regime da Lei e dos profetas e o começo da pregação sobre o Reino dos Céus, conforme veremos. (Leia mais aqui!)

Veja também: Meditação para o Primeiro Sábado de dezembro de 2013

Amor a Deus: O maior de todos os Mandamentos

Foto: Gustavo Kralj

O eminente doutor e místico da Igreja, São João da Cruz, sintetiza numa frase cheia de poesia e beleza o que mais pesará em nosso juízo diante do Altíssimo, ao findar de nossa existência humana: “No entardecer desta vida, sereis julgados segundo o amor!”

Como todas as virtudes, o amor encontra seu fundamento e sua essência em Deus, fonte de todo o bem. Em seu artigo na Revista Arautos do Evangelho de outubro de 2008: “A sabedoria humana contra a Sabedoria divina”, o Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP, fundador e presidente dos Arautos do Evangelho, discorre admiravelmente sobre a resposta de Nosso Senhor aos fariseus, quando estes lhe perguntaram qual o maior dos Mandamentos (Mt 22, 34-40).

Abaixo um dos trechos mais significativos de seu artigo.

Jesus, supremo modelo de amor

Para se atingir o mais alto grau de perfeição da virtude do amor é indispensável admirá-la em Cristo Jesus e imitá-Lo. O amor do Filho de Deus, é todo especial, por se desenvolver dentro de um prisma sobrenatural e ter por objeto o Ser Supremo. Há, portanto, uma notável diferença entre Ele e nós. No Verbo Encarnado, o amor divino e o humano se reúnem numa só Pessoa, pela união hipostática.

Quanto a nós, “o amor de Deus se derramou em nossos corações por virtude do Espírito Santo” (Rm 5, 5); ou seja, ele nos é dado. Para poder alcançá-lo, devemos pedi-lo.

Apesar desta diferença, Jesus é o nosso insuperável modelo, pois é impossível encontrar n’Ele qualquer sombra de interesse que não seja a glória do Pai. Assim também deve ser o nosso amor. E, se bem que em Jesus nunca tenha havido fé — pois, desde o primeiro instante de Sua existência, a alma d’Ele esteve na visão beatífica — em nós, essa virtude deve estar sempre acompanhada de um caloroso amor, o mais semelhante possível ao de Jesus.

(Excerto do artigo ““A sabedoria humana contra a Sabedoria divina” do Mons. João Scognamiglio Clá Dias – Revista Arautos do Evangelho nº 82 – outubro de 2008.)

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Veja também: Cristo é sinal de contradição, para se revelarem os segredos dos corações