Meditação do Primeiro Sábado de julho 2018

III Mistério Glorioso – Descida do Espírito Santo
O hóspede adorável de nossas almas

 

O Consolador

Conforme a promessa de Nosso Senhor aos Apóstolos, o Espírito Santo vem a nós como Consolador, Intercessor e Advogado, rogando pelo homem junto a Deus Pai, nosso Juiz Eterno.

A humanidade tem uma necessidade vital dessa efusão do Divino Espírito Santo.

E esta é a razão de nos reunirmos ardorosamente em torno do altar, para pedir a Maria que, Mãe da Igreja, obtenha de seu Divino Esposo graças de maior fervor, de maior consolo, de maior piedade, de maior força para enfrentarmos todos os males.

Desde o despertar devemos pedir a intervenção d’Ele em todas as nossas atividades do dia. Nada pode abater quem está cheio do Espírito Santo!

Descanso e refrigério

Ao encontrar morada no íntimo do homem, o Espírito Santo então se torna — como proclama a Sequência litúrgica da Solenidade do Pentecostes — verdadeiro pai dos pobres, distribuidor dos dons e luz dos corações. Torna-se hóspede adorável das almas, que a Igreja saúda, sem cessar, na intimidade de cada homem.

Ele, efetivamente, traz descanso e refrigério no meio dos esforços, do trabalho dos braços e das mentes humanas; traz descanso e alívio nas horas de calor ardente do dia, no meio das preocupações, das lutas e dos perigos de todas as épocas.

E traz, por fim, a consolação, quando o coração humano chora e é tentado pelo desespero.

 

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Veja também: Para uma boa confissão

São José, conceidei-nos o socorro de vossas orações

São José, esposo castíssimo da Santíssima Virgem, pai adotivo de Nosso Senhor e Patrono da Santa Igreja

São José, amantíssimo guarda de Jesus e de Maria, concedei-nos o socorro de vossas orações em todas as nossas necessidades espirituais e temporais, afim de que possamos,
com a Bem-aventurada Virgem Maria e convosco, louvar e bendizer eternamente a Jesus Cristo, nosso Divino Redentor. Amém.

(HERBERHOLD, OFM, Eduardo. Adoremus – Manual de orações e exercícios piedosos. 21.ed. Salvador: Mensageiro da Fé, 1945, p.235-236)

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Veja também: Os óculos de São José

O Pastor ama e conhece profundamente suas ovelhas

A dois mil e treze anos do início da era cristã, num mundo marcado por contínuas mudanças, com evoluções e revoluções, avanços e regressos, guerras e tratados de paz, a voz do Divino Pastor continua a chamar suas ovelhas e atraí-las para junto do Seu celestial rebanho. O Evangelho nunca sairá de moda, ele chegou até nós através do Ungido de Deus, o Cristo (no Grego) ou Messias (pelo hebraico). Por isso, há séculos a Igreja proclama ufana Cristo ontem, hoje e sempre!

De forma profunda, clara e atraente, o presente comentário de Mons. João Clá Dias ao Evangelho de São João recorda-nos eficazmente do amor de Deus para com suas frágeis criaturas.

“As minhas ovelhas ouvem a minha voz, Eu as conheço, e elas Me seguem” (Jo 10, 27).

Mons. João Clá Dias

A Sabedoria infinita de Deus nelas (ovelhas) pensou desde toda a eternidade, para assim melhor Se fazer entender pelos homens no relacionamento entre Criador e criatura. A própria natureza da Judeia facilitava as características desta simbologia usada pelo Divino Mestre. A terra naquelas regiões não era fértil para a plantação, devido aos seus consideráveis trechos pedregosos e um tanto áridos. O pastoreio ali se adaptava mais comodamente do que a agricultura e, assim mesmo, exigia do rebanho um grande número de deslocamentos. Essa situação redundava na necessidade de vigilância e aplicação mais esmeradas do pastor. As circunstâncias tornavam mais nítidas as diferenças entre o autêntico pastor e o mercenário. Deus quis o nascimento da figura do pastoreio e a colocou com destaque na pluma dos literatos. Até os poetas pouco dados a compreenderem a excelsitude da castidade são levados a realçar a pureza virginal do zelo caridoso dos pastores, em geral, por suas ovelhas.

A vida do pastor nos leva a considerar seu amor casto, inocente, governando sem decretos, muito pelo contrário, baseado num relacionamento íntimo, fortemente paternal — talvez melhor se diria maternal — através do qual atende todas as conveniências e necessidades de suas ovelhas. Ele sabe entretê-las, defendê-las, ampará-las, levá-las a pastar e até mesmo agradá-las com seus cantos ou com as melodias de sua flauta. “Ele chama as suas ovelhas uma a uma pelos seus nomes” (Jo 10, 3). São Tomás de Aquino ressalta a grande familiaridade existente nesse relacionamento, pois chamar pelo nome significa ter íntima amizade. Ao revertermos os símbolos aos simbolizados, a realidade e a significação se tornam incomparavelmente mais profundas. Cristo conhece a natureza e o ser de cada uma de suas ovelhas, e também o objetivo imediato, tanto quanto o último, para o qual foram criadas, assim como o que são e o que poderão vir a ser com o auxílio de sua graça. Por isso o Doutor Angélico julga ver nesse “chamar pelo nome” (nominatim) “a eterna predestinação, pela qual Deus conhece cada ovelha, cada homem” (São Tomás, Comentario in Io., 10, lec. Iª, 3 – Marietti, p. 280.).

Foto: Vitor Toniolo

O homem, o mais elevado ser percebido por nossos sentidos, não é criado em série. Deus aplica seu poder criador sobre cada pessoa, uma a uma, e por isso não há homens iguais, nem moral nem fisicamente, nem sequer no referente às circunstâncias da vida individual e menos ainda no que tange à vocação pessoal. Daí a profundidade insondável desse conhecimento dispensado por Jesus a cada um de nós, a ponto de compará-lo ao existente entre o Pai e o Filho (Jo 10, 15), ato eterno tão absoluto que, através dele, uma Pessoa divina é gerada pela outra. O conhecimento que o Pai tem do Filho, portanto, não é uma imagem intelectual acidental, como acontece em nós, ao fazermos uso de nossa razão. O conhecimento do Pai é substancial e amoroso, através do qual, por geração, Ele dá sua própria essência ao Filho. Este, por sua vez, com amor substancial e infinito também, restitui ao Pai o que d’Ele recebe; e tão rico é esse amor mútuo que dele procede o Espírito Santo. Ora, aí está o padrão do conhecimento de Jesus a cada um de nós. Por isso nada de nosso exterior ou interior — seja-nos nocivo ou útil, nossas enfermidades físicas ou espirituais, seus remédios, etc. — nada foge à sua onisciência. Não há em Jesus uma fímbria sequer de frieza nesse conhecimento em relação a nós, como Ele mesmo disse e realizou na figura do Bom Pastor, aquele que dá a vida por suas ovelhas.

Por outro lado, as ovelhas seguem o Pastor. Pela sua graça, conhecem as maravilhas que estão n’Ele, sua doutrina dotada de potência, sua vida, sua misericórdia, sua sabedoria, numa palavra, sua humanidade e divindade. E, por isso, ao ouvirem sua voz, elas O seguem, como Saulo no caminho de Damasco (At 9, 5-9) ou como Madalena ao ser chamada pelo nome, junto ao Sepulcro do Senhor (Jo 20, 16). Portanto, ao conhecê-Lo, seguem-No no cumprimento de seus desígnios: “Aquele que diz conhecê-Lo e não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele” (1 Jo 2, 4). Quando ouvem sua voz, enchem-se de amor pelo Pastor, a ponto de estarem dispostas a entregar suas vidas por Ele, e ardem do desejo de que Ele inabite em suas almas.

(Excerto do Artigo “Somos todos ovelhas de Jesus?” de Mons. João Clá Dias – Revista Arautos do Evangelho, nº 64, abril de 2007.)

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Veja também: “Enviai o vosso Espírito”

Frases sobre Nossa Senhora – Mons. João S. Clá Dias

Pela boca dos Padres da Igreja, dos santos e teólogos nos ensina a doutrina cristã que de forma alguma Maria nos afasta de Cristo, pelo contrário, Ela sempre nos conduz a Ele, por amor, fidelidade, missão e dignidade. No século XII, o doutor melífluo, São Bernardo de Claraval, em uma de suas homilias afirmou que todo e qualquer louvor dirigido por nós à Virgem Santíssima pertence ao Seu Divino Filho. E o reverso também é verdadeiro, todas as vezes que honramos a Cristo, não nos afastamos de Sua gloriosa Mãe.

Fiel devoto de Maria, o Mons. João Scognamiglio Clá Dias, fundador dos Arautos do Evangelho, reafirma esta verdade numa frase sintética e, ao mesmo tempo, cheia de beleza:

“Devemos rezar com Maria, trabalhar com Maria e viver na presença de Maria; para que Ela nos mostre o bendito fruto de Seu ventre, Jesus.”

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Veja também: Frase sobre Nossa Senhora – Santo Afonso Maria de Ligório

 

Oração a Nossa Senhora do Bom Conselho

Dia 26 de abril é festa de Nossa Senhora do Bom Conselho.

Mãe do Bom Conselho de Genazzano

Oração

Gloriosíssima Virgem, escolhida pelo Conselho Eterno para ser Mãe do Verbo Encarnado, tesoureira das divinas graças e advogada dos pecadores, eu, o mais indigno dos vossos servos, a Vós recorro, para que Vos digneis de ser o meu guia e conselho neste vale de lágrimas.

Alcançai-me, pelo preciosíssimo Sangue de vosso Divino Filho, o perdão de meus pecados, a salvação da minha alma e os meios necessários para operá-la. Alcançai para a Santa Igreja o triunfo sobre os seus inimigos e a propagação do Reino de Jesus Cristo por toda a Terra. Assim seja.

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