A Cruz, centro e ápice da História

Festa da Exaltação da Santa Cruz

Para compreender a arquitetonia do magnífico plano divino da criação, devemos ver a Redenção operada na Cruz como o centro da História, em torno do qual tudo se conjuga para a glória de Deus, até mesmo o pecado

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório

A Cruz nos abriu as portas do Céu

Quando Adão e Eva, por causa do pecado, foram expulsos do Paraíso, as portas do Céu se fecharam para o homem, e assim teriam permanecido até hoje se não fosse a Redenção. Poderíamos chorar nossa culpa, mas as lamentações de nada adiantariam para nos alcançar o convívio eterno com Deus, pois só uma iniciativa d’Ele o poderia fazer. E foi o que aconteceu quando Se encarnou e morreu por nós na Cruz.

É por isso que a Igreja quer concentrar a atenção dos fiéis nesse augusto Madeiro, celebrando a festa da Exaltação da Santa Cruz, e no dia seguinte a comemoração de Nossa Senhora das Dores, que une à Cruz as lágrimas de Maria Santíssima, Corredentora do gênero humano. Em ambas as celebrações, a Liturgia nos permite venerar de modo especial o instrumento de nossa salvação, o qual passou a ser objeto de adoração a partir do momento em que Jesus Cristo foi nele crucificado, com terríveis cravos que transpassaram sua Carne sagrada. Tal é o poder do preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo! Devemos adorar a Cruz com a mesma latria que tributamos ao Homem-Deus, tanto por ser imagem d’Ele quanto por ter sido tocada por seus membros divinos e inundada por seu Sangue.1

Por este motivo, recomenda-se manter duas velas acesas durante a exposição de uma relíquia do Santo Lenho. Diante do panorama apresentado pela Igreja nesta ocasião, é preciso considerarmos de maneira apropriada o mistério de um Deus crucificado.

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O Santíssimo Nome de Maria

“Este nome tem mais virtude do que todos os nomes dos Santos para confortar os débeis, curar os enfermos, iluminar os cegos, abrandar os corações endurecidos, fortificar os que combatem, dar ânimo aos cansados e derrubar o poderio dos demônios”

Ir. Carlos Eduardo, EP

O nome de Maria é como um bálsamo que corre agradavelmente sobre os membros dos enfermos e os penetra com eficácia. Ele é semelhante a este óleo que, por suas unções, reanima e suaviza, dá força, flexibilidade e saúde. Mais do que o nome de todos os Santos. O de Maria nos repousa de nossas fadigas, cura todos os nossos males, ilumina nossa cegueira, comove nosso endurecimento e nos encoraja em nossos desânimos.

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Fátima, Primeiro Sábado e a devoção do Rosário

Três devoções intimamente ligadas à concessão das graças de salvação para todos nós

Ir. Carlos Eduardo, EPDevoção dos Primeiros Sábados

Em 1917, em Fátima, a Santíssima Virgem transmitiu ao mundo sua Mensagem. Nela se destaca o pedido de conversão sincera e mudança de vida, junto com a prática de devoção dos Primeiros Sábados. Disse a Virgem Santíssima à Irmã Lucia:

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A origem do Canto Gregoriano

A Santa Igreja comemora dia 03 a memória do Papa São Gregório Magno. Foi este grande Papa que reuniu e condensou os cânticos litúrgicos existentes até então, naquilo que hoje se chama de canto gregoriano e que tornou-se a voz oficial da Igreja

Ir. Alcidio Miranda, EP

Era meados do século VI, Roma vivia uma série de tragédias: bárbaros vindos do ocidente, tempestades climáticas intermináveis e a peste que assolava a população.

Em meio a trevas e tormentas Deus faz brilhar uma luz: um homem providencial seria proclamado Papa, assumindo corajosamente o trono de Pedro e conduzindo a Igreja e a Europa ao encontro de Cristo.

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Antídoto para a vanglória?

Comentário ao Evangelho do XXII Domingo do Tempo Comum

Repetidas vezes nos alerta o Divino Mestre contra o orgulho, de cujos efeitos todos padecemos, infelizmente. Como combatê-lo com eficácia? No que consiste a verdadeira humildade? Muitos, por equívoco, a confundem com mediocridade

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório

Choque entre dois modos de ser

Nesta Terra de exílio, um dos melhores modos de nos comunicarmos com Deus e termos, assim, algum antegozo da visão beatífica é contemplar os símbolos do Criador postos no universo, pois “as perfeições invisíveis de Deus, o seu sempiterno poder e divindade, tornam-se visíveis à inteligência, por suas obras” (Rm 1, 20). Ou seja, desde que queiramos, é-nos dado discernir o Invisível no visível, o Infinito no finito, o Criador nas criaturas.

“Eis o Cordeiro de Deus”

Por isso, a Divina Providência dispôs na natureza uma abundância de símbolos de grande expressão, alguns dos quais foram aplicados ao próprio Filho de Deus, a fim de melhor O conhecermos e mais O amarmos. Ele mesmo Se apresenta como a videira cujos ramos produzem muito fruto (cf. Jo 15, 1-5), ou como o Bom Pastor, que dá a vida por suas ovelhas (cf. Jo 10, 11-16). Também é o Messias chamado de Leão da tribo de Judá (cf. Ap 5, 5), e como tal Se manifesta ao repreender com severidade os fariseus (cf. Mt 23, 13-33), e ao “expulsar os que no Templo vendiam e compravam” (Mc 11, 15).

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A porta do Céu

Comentário ao Evangelho do XXI Domingo do Tempo Comum

“Senhor, são poucos os que se salvam?”. Pergunta feita a Jesus com escasso intuito de perfeição. Entretanto, muitos serão os interessados em conhecer a resposta do Divino Mestre. Ouçamo-la com atenção

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório

A viagem definitiva

Ao se apresentar diante de nós uma possível viagem, nossas atenções começam a dividir-se entre o presente e o futuro, entre o ambiente atual com suas ocupações e o lugar para onde rumaremos. Se nossa ausência for de longa duração, e ainda mais se nosso destino se localizar num país bem distante, entraremos num certo estado de tensão que poderá ser maior ou menor, em função do temperamento e mentalidade de cada um, mas a indiferença total raramente acontecerá.

Passaporte, roupas, objetos, remédios, etc., constituirão um pensamento mais ou menos constante em meio às nossas atividades normais do dia a dia, antes de partir. O idioma, os costumes, o clima, a alimentação, etc., excitarão nossa curiosidade, alimentando o sonho de uma experiência nova, meio mitificada quanto às possíveis felicidades. Do amanhecer ao apagar das luzes, nossa imaginação percorrerá as ruas, praças e monumentos daquela cidade onde iremos morar durante um certo tempo. As providências concretas, por menos metódico que se seja, terão prioridade em nossas responsabilidades e afazeres, e a tal ponto que provavelmente teremos iniciado nossa viagem muito antes de subir no avião.

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