Primeira Missa do Apostolado do Oratório em Monte Castelo/SP

Há algumas semanas atrás, a Cavalaria de Maria (missionários permanentes dos Arautos do Evangelho; ver: Blog da Cavalaria de Maria) esteve em missão em Monte Castelo, no interior do Estado de São Paulo.

O trabalho missionário deixou muitas sementes entre os habitantes da cidade, entre elas, vários grupos de famílias que passaram a receber o Oratório do Imaculado Coração de Maria em suas casas.

O encontro periódico entre os coordenadores e participantes do apostolado do oratório na Paróquia é muito importante. Para isso, uma das atividades que promovem os Arautos do Evangelho é a devoção reparadora dos Primeiros Sábados do mês. Assim, além de encontrarem-se, os participantes do apostolado do oratório podem lucrar todos os benefícios que Nossa Senhora prometeu àqueles que praticarem essa devoção.

No último sábado, dia 1º de maio, foi iniciada a devoção dos Primeiros Sábados, com uma Missa celebrada pelo Padre Francisco Katsumassa, EP. A Sra. Vanicleide Maia, secretária paroquial, mandou-nos através de e-mail as fotografias da Santa Missa com a seguinte mensagem:

Salve Maria.
É com imensa alegria que agora faço parte do Apostolado da Oratório.
Estou encaminhando em anexo, as fotos da primeira missa de nosso Apostolado.
E para nossa alegria o padre Francisco pode vir celebrar conosco.

 

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Agradecemos à Sra. Vanicleide por nos haver mandado as fotografias, e parabenizamos a todo o grupo dos Oratórios em Monte Castelo!

Conheçam mais sobre a missão da Cavalaria de Maria em Monte Castelo: Abertura da Missão Mariana em Monte Castelo-SP

 

Salve Maria!

Visita dos Coordenadores de Maringá

Neste último fim-de-semana, uma caravana de Coordenadores do apostolado do oratório da cidade de Maringá-PR, esteve visitando os Arautos do Evangelho aqui em São Paulo.

A caravana visitou a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, matriz-provisória da Paróquia Nossa Senhora das Graças, no Seminário dos Arautos do Evangelho em Caieiras – SP, participando da Santa Missa no domingo, celebrada por Monsenhor João Clá Dias; como também, estiveram presentes na Catedral de São Paulo no sábado, onde participaram da devoção reparadora dos Primeiros Sábados do mês promovida pelos Arautos do Evangelho. Para os nossos amigos  maringaenses, esse foi um Primeiro Sábado muito especial pois, a Santa Missa foi celebrada pelo Cardeal Arcebispo de São Paulo, D. Odilo Pedro Scherer.

Infelizmente, não possuímos as fotografias que ilustram esses dois fatos narrados acima, entretanto, os Supervisores do apostolado do oratório em São Paulo convidaram os nossos amigos para um saboroso almoço na Sede do Apostolado do Oratório. E esse fato sim, vamos ilustrar com fotos!

Ademais do almoço, um surpresa estava reservada para os nossos amigos: a entrega dos medalhões dos Coordenaroes do apostolado do oratório. Clique abaixo e veja  como foi.

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Esperamos que nossos amigos maringaenses tenham gostado da recepção e aproveitado muito esses dois dias em que estiveram em contato com o carisma dos Arautos do Evangelho, e que voltem em breve!

Salve Maria!

Lançamento de Oratório Infantil em Belém/PA

No sábado, dia 17 de abril, na Paróquia São Sebastião, em Belém do Pará, foi lançado mais um Oratório Infantil.

A Santa Missa celebrada pelo Pe. Francisco da Chagas Sousa Nunes – Vigário da Paróquia –  foi solenizada com os cânticos do Coral dos Cooperadores dos Arautos do Evangelho em Belém, e contou com a presença da imagem peregrina do Imaculado Coração de Maria, a qual, foi coroada ao final da celebração pelo Pe. Francisco em nome de toda a comunidade.

O Oratório infantil tem sempre como Coordenador uma pessoa adulta, neste caso, a Coordenadora deste novo grupo  já desempenhava  a função de Coordenadora de um grupo de Oratório para adultos. Entretanto, não é necessário que a Coordenadora de um Oratório infantil o seja também de um Oratório para adultos.

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Assim como a peregrinação do Oratório vem atraíndo abundantes graças para as famílias, para as crianças ele tem sido motivo de muito benefício. Todas as crianças que compõe o grupo recebem um pequeno rosário acompanhado de um livrinho que ensina como rezá-lo. Desta maneira, desde pequenos, vão crescendo na devoção a Nossa Senhora. 

Caso você deseje saber mais informações sobre o Oratório infantil, deixe um mensagem no final deste  post.

Meditação para o Primeiro Sábado de maio

 

A instituição da Eucaristia

  

Eucaristia“Eu sou o Pão vivo descido do Céu…
Quem comer deste Pão, viverá eternamente;
e o Pão que Eu darei é a Minha carne para a salvação do mundo”. (Jo 6, 51).

 

Introdução:

Em união com toda a Igreja no Brasil, escolhemos o tema deste quinto mistério luminoso do Santo Rosário: A Instituição da Eucaristia, porque nos dias 13 a 16 de maio 2010 realizar-se-á, o XVI Congresso Eucarístico, cujo tema é “Eucaristia, Pão da Unidade dos Discípulos e Missionários-Fica Conosco, Senhor”!

 

PREFÁCIO:

Ao comer o fruto proibido, nossos primeiros pais pecaram e entrou no mundo a morte.
Por meio de outro alimento, o “Pão descido do Céu”, foi-nos restituído a vida.
Na Eucaristia, o próprio Deus Se oferece ao homem como comida, dando-lhe infinitamente mais do que havia perdido!

 

I – Jesus é incompreendido…

Como era possível a alguém contestar as claras afirmações de Jesus a respeito de Sua divindade e desprezar os Seus divinos atributos? Como duvidar de Nosso Senhor ante provas tão evidentes: cura de todo tipo de doenças, libertação de possessões diabólicas, ressurreições e outros milagres assombrosos, entre os quais a mudança da água em vinho, ou a multiplicação de pães e peixes, ocorrida pouco depois de anunciar a Eucaristia?
O que levava seus contemporâneos a tal atitude?

 

1 – Quando no homem prepondera a matéria …

 A natureza humana é um composto de espírito e matéria – a alma e o corpo – na qual há uma hierarquia em que a parte espiritual deve governar a material, o que ocorre pela prática da virtude, com o auxílio da graça. Mas, quando o homem se deixa dominar pelas potências inferiores, as paixões desregradas exercem uma tirania sobre a parte mais nobre e elevada, e ele fica entregue ao vício. No primeiro caso predomina o espírito e dizemos estar diante do homem espiritual; no segundo, prepondera a matéria: é o homem carnal, materialista.

 

2 – Psicologia do homenm carnal:

Detenhamo-nos um pouco no segundo caso, procurando descrever alguns traços da psicologia do homem carnal, para melhor compreendermos a dureza de coração dos contemporâneos de Jesus.

O materialista está voltado principalmente para a fruição sensível da vida. Seus horizontes intelectuais pouco mais abarcam do que a realidade concreta. Dir-se-ia ter perdido a capacidade de ver os fatos em três dimensões, passando a observar tudo apenas num plano só, o dos seus pequenos interesses pessoais e imediatos, sem a profundidade do que é eterno. Por isso, não é capaz de captar as realidade mais elevadas, de ordem sobrenatural.

O materialista é um míope do espírito. Torna-se incapaz de elevar o olhar para os grandes horizontes da Fé que Deus lhe oferece misericordiosameente.

 

 3 – Visualização deformada dos contemporâneos de Jesus.

É essa impostação distorcida do espírito que levava os contemporâneos de Jesus a verem nEle apenas o filho do carpinteiro José, e nada mais. Eram incapazes de admirar e venerar Suas excelsas virtudes, nas quais não podia deixar de transparecer Sua divindade, por terem o espírito endurecido pela consideração apenas da realidade concreta, imediata e visível. Não podiam admitir que Aquele que tinham visto crescer e vivia entre eles pudesse ser Deus e homem: “Como, pois, diz Ele: Desci do Céu?” (Jo 6, 42).

 Divisor

 

 

II – O Principal obstáculo para crer na Eucaristia.

Era dessa visualização materialista que nascia a impossibilidade de aceitar o maior dom de Deus à humanidade: a Eucaristia !!

Com efeito, as realidades visíveis são imagens das realidades invisíveis e sobrenaturais, como ensina São Paulo: “Desde a criação do mundo, as perfeições de Deus, o Seu sempiterno poder e divindade, se tornam visíveis à inteligência, por Suas obras” (Rm 1, 20). Mas, para ter essa visão do universo é necessário ser homem espiritual.

Ora, carnal e voltado para a realidade concreta, não poderia a grande parte do povo judeu compreender quando falava de um “Pão descido do Céu”, que lhes traria a vida eterna. Para eles, a finalidade única do alimento era sustentar a vida material do homem. Seu intelecto dificilmente poderia se alçar a essa verdade transcendente: ao criar o homem com a necessidade de nutrir-se, Deus tinha em vista a instituição da Eucaristia, para poder sustentar, por meio do “Pão descido do Céu”, sua vida sobrenatural.

 

III – O pecado original foi cometido pelo abuso de um alimento; e a salvação eterna nos vem através de outro: a Eucaristia !

 A alimentação, além da finalidade imediata de manter a vida do homem, tem também um importante papel social: o de unir as pessoas. Por exemplo, é em torno da mesa que a família se reúne diariamente e põe em comum, não só os alimentos, mas também os sentimentos, os ideais, o modo de ser e até os problemas caseiros. É à mesa que se desenvolve a conversa e os pais têm uma das melhores ocasiões de ir formando o espírito dos filhos.

 

1- O alimento favorece a união dos que o partilham.

O fato de se sentarem todos juntos para fazer a refeição estabelece um especial traço de união entre os membros de uma família, de um grupo de amigos ou de uma comunidade religiosa, que vai além das simples iguarias para valores mais altos. O alimento possui algo que favorece a união daqueles que o partilham. Os vínculos familiares, sociais ou religiosos se fortalecem e a verdadeira amizade se consolida.

É também em torno da mesa que se realizam as comemorações dos pequenos ou grandes fatos da vida.

 

2 – A morte entrou pelo mau uso do alimento …

Mesmo no Paraíso Terrestre, onde o homem tinha os instintos perfeitamente ordenados, é de se supor que, se não tivesse havido pecado e a vida se desenvolvesse normalmente, também seria em torno da mesa que transcorreriam os melhores momentos do convívio social e familiar.

E como o maior dom de Deus à humanidade seria dado sob a forma de alimento, foi através de um elemento nutriente que o Criador quis pôr à prova nossos primeiros pais, para depois conceder-lhes tão alta dádiva: “Podes comer do fruto de todas as árvores do jardim; mas não comas do fruto da árvore da ciência do bem e do mal, porque no dia em que dele comeres, morrerás indubitavelmente” (Gn 2, 16-17).

É esta a forma caracteristica do agir de Deus. Pede uma pequena renúncia para depois dar, em recompensa, uma infinitude.

 

3 – A Eucaristia a resposta de Deus ao pecado Original.

Quando Adão comeu o fruto proibido, entrou a morte no mundo; por meio do “Pão descido do Céu”, nos foi restituida a Vida: “Quem comer deste pão viverá eternamente” (Jo 6, 51).

O primeiro pecado foi cometido pelo abuso de um alimento, e a salvação eterna nos vem através de outro. A Eucaristia se apresenta como uma resposta, da parte de Deus, ao pecado original, dando aos filhos de Adão infinitamente mais do que haviam perdido: é o próprio Deus que Se oferece em alimento ao homem.

Não há possibilidade de um dar-se maior do que a Eucaristia …

… “E o Pão que Eu darei é a minha carne para a salvação do mundo” (Jo 6, 51b).

 

Meu Deus! Eu creio, adoro, espero e amo-Vos! Peço–Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam. (Oração ditada pelo Anjo da Paz, aos Três Pastorinhos de Fátima).

 Cfr. Revista Arautos do Evangelho, nº 92, agosto 2009, pp.11-12 – Mons.João S.Clá Dias

 

 IV – A instituição da Eucaristia na Ultima Ceia

 “Durante a refeição, Jesus tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo Tomai e comei, isto é o meu corpo”. Tomou depois o cálice, rendeu graças e deu-lho, dizendo: “Bebei dele todos, porque isto é meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado popr muitos homens em remissão dos pecados. Digo-vos: doravante não beberei mais desse fruto da vinha até o dia em que o beberei de novo convosco no Reino de meu Pai”. (Mt.26, 26-29)

 

Que mais poderia nos ter dado Jesus ? Fez-se comida e bebida para podermos participar eternamente da sua própria vida. Desceu do mais alto dos Céus assumindo a substância do pão e do vinho para elevar-nos ao convívio de Deus.

O sacerdote católico recebeu a grande glória de poder emprestar sua laringe e suas mãos ao Divino Mestre, para que, sobre o altar, se opere um dos maiores milagres -e o mais frequente deles- da História da humanidade: a transubstanciação. Quer dizer, a substância pão e a substância vinho cedem lugar à substância Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.

De fato, pela nossa inteligência, jamais chegaríamos a penetrar nesse mistério tão sagrado. Nem sequer os demônios, que, embora decaídos, são de natureza angélica, e portanto superior à nossa, conseguem discernir nas aparências do pão e do vinho o Homem-Deus. Só mesmo a Fé nos faz penetrar nesse mistério sagrado.(3)

Ao comungarmos, nós nos assemelhamos a Maria, por momentos, possuindo o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus em nossas entranhas.

 

Aplicação: Nesta meditação somos convidados a progredir muitíssimo no amor ao culto eucarístico, na adoração ao Santíssimo Sacramento, no aprofundamento da piedade, na devoção a Jesus-Hóstia, etc. e tirar desse convivio um proveito enorme para a nossa vida, porque nada consola mais do que a Eucaristia. Por exemplo, peçamos a Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento a graça de crescer ardorosamente na devoção eucarística, e de jamais perdermos a oportunidade de comungar com toda a fé, esperança e amor.

 

Coração Eucarístico de Jesus, fonte de toda consolação; tende piedade de nós!

 

Oração final: Ó Maria, Vós que sois a maior devota do Santíssimo Sacramento, ardente de amor a Deus em Vosso Imaculado Coração, nos convidando a sermos devotíssimos da Eucaristia, suplicamos que aceiteis esta meditação em desagravo ao Vosso Sapiencial e Imaculado Coração. Concedei-nos graças sobre graças na linha de compreendermos bem o tesouro que possuímos, o mais belo e o mais essencialmente elevado dos sacramentos e dai-nos um ardor extraordinário pela Eucaristia como Vós tivestes.

Minha Mãe, aqui estamos para que nos transformeis em ardorosos adoradores da Eucaristia!

Assim seja!

 

Maravilhas em prol da devoção a Maria

 

Entrevista

Ruy Hudson de Freitas e Nívea Maria Borges de Freitasentrevista
Itaperuna, RJ

Como começou o trabalho em Itaperuna?

Ruy e Nívea: Tudo começou em 2002 quando os Arautos do Evangelho trouxeram a Imagem de Nossa Senhora e fizeram uma Missão Mariana na Paróquia São Benedito. O prefeito consagrou a cidade a Nossa Senhora, a Imagem visitou o Hospital São José do Avaí, a Casa de Custódia e muitas residências, lojas e escritórios. Depois, os grupos do Oratório foram se formando em todas as paróquias e hoje somos 110 grupos, incluindo os distritos de Aré e Retiro de Muriaé. 

Quais eventos são realizados com os participantes dos Grupos do Oratório?

Ruy e Nívea: Olha, já tivemos dois Encontros dos Oratórios na cidade, o primeiro com 1.000 participantes e o segundo com 2.000. Fizemos também vários ciclos de palestras sobre a Consagração a Nossa Senhora segundo o método de São Luiz Grignon de Montfort e mais de 1.000 pessoas se consagraram a Maria no município. Depois, de seis em seis meses fazemos um evento nas paróquias chamado “Tarde com Maria”, com meditações, adoração à Eucaristia, teatro, palestra, confraternização e Missa. Temos também Missas com a Coroação solene de Nossa Senhora, com a presença da Banda dos Arautos, que sempre finaliza com o lançamento de novos Oratórios.

Puxa vida, e vocês realizaram mais algum outro evento?

itaperuna-161Ruy e Nívea: Já houve também um Retiro Espiritual em Itaperuna, com palestras, Missas e todo o povo se confessando. Foi uma bênção! Além disso, temos todos os meses a devoção dos Primeiros Sábados em três paróquias e duas Capelas de Itaperuna.

Mas vocês conseguem fazer tudo isso sozinhos?

Ruy e Nívea: Seria impossível realizar tantas maravilhas em prol da devoção a Maria sem a ajuda de inúmeros outros coordenadores e participantes dos Oratórios de Itaperuna. Além disso temos também a ajuda de nossas filhas, de 10, 9 e 6 anos respectivamente, que sempre participam dos grandes eventos do Oratório (risos).

 

A vitória de Cristo sobre a morte

 

O Fundador comenta…

Monsenhor JoãoMons. João Scognamiglio Clá Dias, EP

Tomados de adoração, uma vez mais acompanhamos ao longo da Semana da Paixão, o quanto a morte teve uma aparente vitória no Calvário.

Todos que por ali passavam podiam constatar a “derrota” de Quem tanto poder havia manifestado não só nas incontáveis curas por Ele operadas, como também em Seu caminhar sobre as águas ou nas duas vezes em que multiplicou os pães. Os mares e os ventos Lhe obedeciam, e até mesmo os demônios eram, por sua determinação, desalojados e expulsos. Aquele mesmo que tantos milagres prodigalizara havia sido crucificado entre dois ladrões…

Porém, a maneira pela qual fora removida a pedra do sepulcro e o desaparecimento dos guardas, eram de si, uma prova sensível do quanto havia sido derrotada a morte, conforme o próprio São Paulo comenta: “A morte foi tragada pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (1 Cor 15, 55).

Os fatos subseqüentes tornaram ainda mais patente a triunfante Ressurreição de Cristo e a vitória, não só sobre Sua própria morte, como também sobre a nossa. Ele é a cabeça do Corpo Místico e, tendo ressuscitado, trará necessariamente a nossa respectiva ressurreição, pois esta nos é garantida pela presença dEle no Céu, apesar de estarmos, por ora, submetidos ao império da morte. De maneira paradoxal, aquele sepulcro violentamente aberto a partir de seu interior, deu à morte um significado oposto, passou ela a ser o símbolo da entrada na vida, pois Cristo quis “destruir pela sua morte aquele que tinha o império da morte, isto é, o demônio”, e assim libertar os que “estavam em escravidão toda a vida” (Hb 2, 14).

São Paulo tem sua alma transbordante de alegria em face da realidade da Ressurreição de Cristo e nela encontramos nosso triunfo sobre a morte, tal qual ele próprio nos diz: “E assim como todos morreram em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo” (1 Cor 15, 22).

Posteriormente, não só o demônio e a morte, mas o próprio mundo foi derrotado: inúmeros pagãos passaram a se converter e muitos entregaram a própria vida para defender a cruz, animados pelas luzes da ressurreição do Salvador. Em função dela, passaram a ser acolhidos no Corpo Místico

todos os batizados que, revitalizados pela graça e sem deixarem de estar incluídos no mundo, tornaram perpétuo o triunfo de Cristo: “Tende confiança! Eu venci o mundo” (Jo 16, 33).

Trata-se, portanto, de uma vitória ininterrupta, mantendo seu rútilo fulgor tal qual no dia de Sua ressurreição, sem uma fímbria sequer de diminuição. Com a redenção, Cristo lacrou as portas do seio de Abraão depois de ter libertado, de seu interior, as almas que ali aguardavam a entrada no gozo da glória eterna.

Essas são algumas considerações que nos facilitam compreender o porquê de ser a Páscoa da Ressurreição a festa das festas, a solenidade das solenidades, pois o mistério nela presente é de suma importância para a história da Cristandade, tal como afirma São Paulo: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé” (1 Cor 15, 14).

Podemos afirmar também ser a Ressurreição a festa de nossa esperança, pelo fato de nela encontrarmos não só o extraordinário triunfo de Cristo, como também o nosso próprio, pois se Ele ressurgiu dos mortos, o mesmo se passará

conosco. E é em vista desse futuro triunfo nosso que desde já nos é feito o convite para abandonarmos os apegos a este mundo, sem olhar para trás, fixando nossa atenção nos absolutos celestes, conforme nos aconselha o Apóstolo: “Se, portanto, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. Afeiçoai-vos às coisas lá de cima, e não às da terra. Porque estais mortos e a vossa vida está escondida com Cristo, em Deus. Quando Cristo, vossa vida, aparecer, então também vós aparecereis com Ele na glória” (Cl 3, 1-4).

Aí está mais uma maravilha a aumentar a nossa esperança de que alcançaremos a verdadeira e eterna felicidade, garantida pelo próprio Cristo Ressurrecto.

(Extraído do Boletim-informativo “Maria Rainha dos Corações”, nº 40)