Meditação para o Primeiro Sábado de novembro de 2013

Foto: Gustavo Kralj

I – A imensa felicidade do Paraíso Celeste

São Paulo declara aos Coríntios ter sido arrebatado ao Céu em certo momento de sua vida, e lá ter ouvido palavras impossíveis de serem transmitidas e menos ainda de poder explicá-las: “… foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras que não é possível a um homem repetir” (II Cor 12, 4).

De fato, para os místicos torna-se difícil externar suas experiências interiores, e daí bem podemos compreender o quanto faltaram a São Paulo os termos de comparação para relatar o que com ele se passara, pois, segundo o que ele mesmo havia dito anteriormente: “nem o olho viu, nem o ouvido ouviu, nem jamais passou pelo pensamento do homem o que Deus preparou para aqueles que O amam” (I Cor 2, 9). Essa é a maravilha que nos aguarda no momento de ingressarmos na vida eterna. E esse deve ter sido um considerável motivo para São Paulo perseverar até a hora de seu martírio, apesar de ter ele visto então apenas reflexos do Absoluto que hoje contempla face a face. (Leia mais aqui!)

Veja também: Meditação para o Primeiro Sábado de outubro de 2013

Dois senhores rivais: Deus e o dinheiro

Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP

O Divino Mestre nos coloca diante de dois senhores diametralmente opostos no que concerne aos seus respectivos interesses: Deus e o dinheiro. O primeiro nos exige a crença n’Ele e em Suas revelações, a esperança em Suas promessas, com amor total, além da prática da castidade, da humildade, como também do cortejo de todas as virtudes. O dinheiro cobra de nós, e nos inspira ambição, volúpia de prazeres, vaidade, orgulho, menosprezo do próximo, etc.

Um nos dá forças para praticar o bem e a este inclina nossas paixões, enquanto o outro nos arrasta para o mal e nele nos vicia. O Céu e sua eterna felicidade constituem o estímulo para os esforços exigidos por um dos senhores. A terra e seus prazeres fugazes são os atrativos oferecidos pelo outro.

Esses dois senhores não admitem rivais. O pior rival do dinheiro é Deus, e vice-versa. Por isso, a desgraça do rico que entrega seu coração aos bens da terra consiste em buscar em vão sua felicidade neles; e a desgraça do pobre, em iludir-se com a pseudofelicidade oferecida pelas riquezas.

É preciso ter sempre diante dos olhos o quanto são opostos entre si, Deus e o mundo. Por isso, não queiramos servir a ambos ao mesmo tempo: “Não vos sujeiteis ao mesmo jugo com os infiéis. Que união pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que sociedade entre a luz e as trevas? E que concórdia entre Cristo e Belial? Ou que de comum entre o fiel e o infiel? E que relação entre o templo de Deus e os ídolos? Porque vós sois templos de Deus vivo” (2 Cor 6, 14-16).

Excerto do Artigo: “Pode-se servir a Deus e às riquezas?” Mons. João Clá Dias, EP., Revista Arautos do Evangelho nº 77, maio de 2008.

Hino a Nossa Senhora da Assunção

De sol, ó Virgem, vestida, / de branca lua calçada; / de doze estrelas-coroas / Coroada.

A terra toda te canta, / da morte Dominadora. / No céu a ti temos, todos, /Protetora.

Fiel, conserva os fiéis, / procura a ovelha perdida. / Brilha na treva da morte, / Luz e Vida.

Ao pecador auxilia, / ao triste, ao fraco e ao pobre. / Com o teu manto materno / todos cobre!

Louvor à excelsa Trindade. / Que dê a coroa a quem / Ela fez Mãe e Rainha / nossa. Amém.

Liturgia das Horas

Será possível comprar o Céu?

Pe. Carlos Alberto Soares Corrêa

A pergunta pode causar arrepio. É claro que o Céu não se compra o dinheiro. No entanto, ele tem o seu “preço”… Qual a “moeda” que tem valor para Deus? Uma bela história, ocorrida na Alemanha, durante a Idade Média, responde a esta questão.

Gertrudes era uma freira muito devota de Nossa Senhora. Entre as práticas de piedade mariana que cultivava, encantava-a sobretudo a Ave-Maria ou “Saudação Angélica”. Certo dia estava rezando em seu quarto, quando este se iluminou com uma luz mais intensa que a do sol. Era o próprio Jesus que vinha conversar com ela. Apesar da majestade da aparição, Santa Gertrudes – pois é dela que falamos – não interrompeu as orações. Notou, com surpresa, que a cada “Ave-Maria” recitada, Jesus colocava sobre uma mesa uma linda moeda, de um ouro todo especial, de um brilho não conhecido nesta terra. Após alguns instantes, perguntou ela ao Salvador:

– Senhor, que fazeis?

– Gertrudes, cada Ave-Maria que você reza lhe obtém uma moeda de ouro para o Céu. Sim, minha filha, esta é a moeda com a qual se compra o Paraíso.

Orvalho celestial e divino

A Ave-Maria é o cântico mais belos que podemos entoar em louvor da Mãe de Deus. Quando a rezamos, louvamos Nossa Senhora por ser um precioso escrínio, cheio das graças de Deus, de onde se derramam sobre nós; louvamo-La por ser a escolhida do Senhor, o que a faz bem-aventurada acima de todas as mulheres; louvamo-La, ainda, pela magnífica encarnação, em seu claustro materno e virginal, do próprio Verbo de Deus.

Filha dileta do Pai, Mãe admirável do Filho, Esposa fidelíssima do Espírito Santo. Essa é Maria, a criatura mais amada, incomparavelmente acima de qualquer outra, pela Santíssima Trindade.

Assim, as honras prestadas à Santíssima Virgem são supremamente agradáveis a Deus. De outro lado, Nossa Senhora é mãe carinhosa e solícita: sempre que rezamos a Ave-Maria, Ela nos dá o melhor dos seus presentes, que são as graças das quais transborda. Por isso, os santos mais devotos da Mãe de Deus chamavam esta preciosa oração de orvalho celestial e divino. Sabemos que o orvalho da madrugada torna a terra fecunda, dando-lhe a possibilidade de produzir os frutos mais deliciosos.

A Saudação Angélica é como um orvalho que prepara nossas almas para praticar as virtudes mais difíceis e mais maravilhosas: a Fé, a Esperança, a Caridade ou Amor de Deus, a Pureza. Fecundadas por esse magnífico orvalho, nossas almas tornam-se belas e agradáveis a Deus.

Além desse precioso fruto, ela nos comunica uma alegria interior, indispensável para enfrentar os dramas do nosso mundo tão agitado.

Um grande devoto de Maria disse estas consoladoras palavras: “Estás aflito? Reza a Maria; Ela converterá tua tristeza em gozo e tuas aflições em consolo”.

Concluamos com o que disseram a esse respeito os maiores pregadores da devoção a Maria Santíssima: a Ave-Maria é um ósculo casto e amoroso que se dá em Maria, é apresentar-Lhe uma rosa vermelha, é oferecer-Lhe uma pérola preciosa, é dar-Lhe uma taça de néctar divino.

Comentar!

Maria é Rainha dos Corações


Cristo é Rei e sua Mãe Santíssima é Rainha. Como isso se dá? É o grande santo mariano, São Luis Maria Grignion de Montfort, quem nos explica

 


Maria é a Rainha do céu e da terra, pela graça, como Jesus é o Rei por natureza e conquista. Ora, como o reino de Jesus Cristo compreende principalmente o coração ou o interior do homem, conforme a palavra: “O reino de Deus está no meio de vós” (Lc 17, 21), o reino da Santíssima Virgem está principalmente no interior do homem, isto é, em sua alma, e é principalmente nas almas que ela é mais glorificada com seu Filho, do que em todas as criaturas visíveis, e podemos chamá-la com os santos, a Rainha dos corações.
(São Luís Grignion de Montfort)