A bem-aventurança de crer no testemunho da Igreja

II Domingo da Páscoa

São Tomé não acreditou em São Pedro e nos demais Apóstolos quando lhe anunciaram a Ressurreição do Senhor. Nós somos convidados a adquirir a bem-aventurança, crendo no que a Igreja nos ensina

Monsenhor João S. Clá dias, fundador dos Arautos do Evangelho

 

A primeira aparição de Jesus ao Colégio Apostólico

Nosso Senhor Jesus Cristo, se quisesse, poderia ter ascendido aos Céus imediatamente após a Ressurreição. Entretanto, tal é o seu empenho em nos salvar que quis permanecer ainda quarenta dias na Terra, manifestando-Se em várias ocasiões a numerosas testemunhas, para deixar patente sua vitória sobre a morte e demonstrar ser Ele a garantia de nossa ressurreição. Com efeito, todos nós abandonaremos esta vida — uns antes, outros depois —, mas a Fé nos dá a certeza de que, se morrermos na graça de Deus, um dia nos congregaremos no Vale de Josafá (cf. Jl 4, 2), à direita do Supremo Juiz, e, tendo retomado nossos corpos em estado glorioso, subiremos “ao encontro do Senhor nos ares” (I Tes 4, 17), para com Ele habitarmos no Paraíso Celeste.

O penhor dessa realidade futura está presente de modo especial no Evangelho proposto pela Igreja para este domingo de encerramento da Oitava da Páscoa.

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Preciosos ensinamentos da Ressurreição

Páscoa da Ressurreição

Da ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo e dos aspectos a ela vinculados — sejam os precedentes, sejam os que se lhe seguiram — depreendem-se para nós alguns ensinamentos

Plínio Corrêa de Oliveira

 

 

O homem fiel não se deixa abater pelos reveses

O homem modelado segundo o espírito do Divino Mestre, o homem que corresponde às graças obtidas pelos rogos de Maria, o homem fiel que obedece inteiramente a vontade de Deus e tem sua alma talhada pela doutrina da Igreja, esse homem possui uma têmpera tal que não há desastre, ruína ou tristeza, não há perseguição nem miséria que o abatam e o desviem de sua trajetória apostólica.

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Um dom demasiadamente menosprezado

Se não existisse a Eucaristia quem seria capaz de imaginá-la? Que pessoa extraordinariamente sábia, ou que altíssimo anjo de luz, um serafim, por exemplo, teria capacidade de idealizar essa originalidade única?

Pe. Rafael Ramón Ibarguren Schindler*

Ninguém poderia conceber semelhante maravilha; nenhum santo, nenhum anjo. Somente o Sagrado Coração de Jesus pode criar e nos oferecer essa maravilha que é a Eucaristia!

Maravilha, em primeiro lugar, porque se trata de sua mesma presença, de sua Pessoa divina e gloriosa; já que na Eucaristia está Jesus ressuscitado, como se encontra a direita do Pai.

Maravilha também porque essa presença se reproduz em todos os lugares da terra onde haja uma hóstia sobre a qual se tenha pronunciado as palavras da instituição eucarística.

Portanto, Deus está multiplicado em milhões e milhões de partículas e até em um sem fim de migalhas que possam eventualmente desprender-se das espécies consagradas: em cada porção do pão consagrado, por pequena que seja, está Jesus, inteiro, Deus e homem verdadeiro.

Maravilha ainda, porque ao operar-se a transubstanciação do pão e do vinho no curso da Missa, ao sacerdote que celebra e aos fiéis que participam, ainda que indignos, se aplica o tesouro dos méritos infinitos do sacrifício do Calvário.

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A ressurreição de Lázaro

V Domingo da Quaresma

O grande amor de Jesus àquela família de Betânia tornava incompreensível sua aparente indiferença perante a enfermidade de Lázaro. Mas quando Deus tarda em intervir é por razões mais altas e porque certamente nos dará com superabundância

Mons. João S. Clá Dias, Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório

 


O porquê dos milagres

Ao conceder a um taumaturgo a faculdade de realizar milagres, explica São Tomás, Deus tem por objetivo “confirmar a verdade por este ensinada”. O motivo principal se encontra na fé, pois a razão humana não tem suficiente altura para acompanhar os horizontes dessa virtude, e por isso muitas vezes é necessário serem as afirmações de caráter sobrenatural confirmadas pelo poder de Deus.

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A pior cegueira…

IV Domingo da Quaresma
(Domingo Lætare)

Ao operar o milagre da cura de um cego de nascença, Nosso Senhor Jesus Cristo mostra que há cegueira pior que a dos olhos corporais: a da alma, que impede o desenvolvimento da luz sobrenatural infundida em nossas almas pelo Batismo

Mons. João S. Clá Dias, Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório

 


Nesta vida terrena, temos na alma apenas uma semente de visão beatífica. Mas, ao passarmos para a eternidade, ela se desenvolverá como uma árvore, e desaparecerão por completo os véus que cobrem a fé e a esperança, e veremos a Deus face a face. A Liturgia do 4º Domingo da Quaresma, Domingo da Alegria, nos traz a jubilosa esperança da plena posse dessa visão.

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Como será a felicidade eterna?

II Domingo da Quaresma

A Transfiguração foi para os discípulos um antegozo do Céu e uma imensa consolação para enfrentar as futuras provações da Paixão e Morte de Jesus. Também todo batizado recebe consolações, como estímulo para perseverar no serviço de Deus

Mons. João S. Clá Dias, Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório

 


São Paulo declara aos coríntios ter sido arrebatado ao Céu, em certo momento de sua vida, onde ouviu o que era impossível transmitir e menos ainda explicar: “foi arrebatado ao Paraíso e lá ouviu palavras inefáveis, que não é permitido a um homem repetir” (II Cor 12, 4).

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