Conduzidos pelo fogo do Espírito Divino

Solenidade de Pentecostes

Na variedade dos povos, a unidade da Igreja, que ao longo dos séculos inspira o heroísmo da virtude, surpreende o cético espectador… Ignora ele qual o fator determinante desta maravilhosa coesão!

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP

A alma, fator de unidade e vida

No transcurso do tempo, sem dúvida, já tivemos ocasião de comparecer a um funeral ou presenciamos algum violento acidente de automóvel com vítimas fatais. Em cada uma dessas oportunidades experimentamos uma profunda impressão, ao contemplar o corpo de um defunto, imóvel, sem reação nenhuma, irremediavelmente desprovido de vitalidade.

Com efeito, a vida humana é constituída pela presença da alma animando o corpo. Este perde sua harmonia quando aquela se separa. Dado que possuímos membros muito diferentes, com peculiaridades e atribuições variadas — os braços são diversos da cabeça, as pernas dos braços, e até mesmo é distinto o papel de cada dedo da mesma mão —, é indispensável um fator de unidade que exerça uma ação ordenadora sobre todo o organismo. Tal é o papel da alma. Sem a sua presença desde o primeiro instante de nossa concepção seríamos um conglomerado de órgãos e elementos sem coesão, incapazes de agir em conjunto.

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O Reino de Maria, a grande profecia de Fátima

Santuário de Fátima – Portugal


No início do século XX, quando apenas começava a se delinear, timidamente, o esboço de um mundo que nasceria da vitória dos Aliados na Primeira Guerra Mundial, verificou-se um dos fatos mais notáveis da História Contemporânea: aparece a Mãe de Deus e traz à
humanidade uma Mensagem

Por Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP

E esta Mensagem sobreveio num momento crucial. A impiedade e a impureza se alastravam por todo o orbe, a tal ponto que, para sacudir os homens, eclodira uma verdadeira hecatombe que fora a própria Grande Guerra, como a Virgem Santíssima afirmou aos pastorinhos. Todavia, a conflagração terminaria algum tempo depois de suas aparições, dando aos pecadores oportunidade de emenda.

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A festa da Misericórdia

Por Padre Antonio de Oliveira Guerra, EP. No primeiro domingo depois da Páscoa a Igreja celebra a Festa da Misericórdia. Este foi um pedido do próprio Nosso Senhor Jesus Cristo em suas aparições a Santa Maria Faustina Kowalska, quando revelou as promessas e pedidos da Divina Misericórdia: “Desejo que o primeiro domingo depois da Páscoa seja a Festa da Misericórdia” (Diário de Santa Faustina Kowalska nº 299).

Jesus afirmou ainda que “nesse dia estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais fluem as graças”:

“Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores. Neste dia estão abertas as entranhas da minha misericórdia. Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da minha misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e das penas. Nesse dia estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais fluem as graças. Que nenhuma alma tenha medo em se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como escarlate. A minha misericórdia é tão grande que, por toda a eternidade, nenhuma mente, nem humana, nem Angélica a aprofundará. Tudo o que existe saiu das entranhas da minha misericórdia (…). A Festa da Misericórdia saiu das minhas entranhas. Desejo que seja celebrada solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa” (Diário, nº 699).

Coube a São João Paulo II instituir, de modo oficial, a Festa da Misericórdia no calendário da Igreja. Com efeito, no dia da canonização de Santa Faustina, dia 30 de abril de 2000, ele disse: “É importante, então, que acolhamos inteiramente a mensagem que nos vem da palavra de Deus neste segundo Domingo de Páscoa, que de agora em diante na Igreja inteira tomará o nome de ‘Domingo da Divina Misericórdia’”.

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A Oração do Regina Coeli

Rainha do Céu, alegrai-Vos, aleluia!

Rainha do Céu, alegrai-Vos, aleluia.
Porque Aquele que merecestes trazer em vosso puríssimo seio, aleluia. Ressuscitou, como disse, aleluia.
Rogai a Deus por nós, aleluia.
Exultai e alegrai-Vos, ó Virgem Maria, aleluia.
Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente, aleluia.

Durante o tempo pascal, a Igreja se une em alegria por meio da oração do Regina Coeli (pronuncia-se “Redgína Tchéli“, que quer dizer “Rainha do Céu”), junto à Mãe de Deus, pela Ressurreição de seu Filho Jesus Cristo, acontecimento que marca o maior mistério da fé católica.

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A Ressurreição do Senhor

Domingo da Páscoa na Ressurreição do Senhor

Entre os acontecimentos daquele dia, há episódios que passam muitas vezes despercebidos; porém, bem analisados, revelam em toda a sua força o poder do amor

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP. Fundador dos Arautos do Evangelho

Quia surrexit sicut dicit…”. Tal como havia anunciado aos seus, Jesus ressuscitou (cf. Mt 12, 40; 16, 21; 17, 9; 17, 22; 20, 19; Jo 2, 19-21). Esse supremo fato já havia sido previsto por Davi (cf. Sl 15, 10) e por Isaías (cf. Is 11, 10).

São Paulo ressaltará o valor desse grandioso acontecimento: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé” (I Cor 15, 14). Daí a importância capital da Páscoa da Ressurreição, a magna festa da Cristandade, a mais antiga, e centro de todas as outras, solene, majestosa e pervadida de júbilo: “Hæc est dies quam fecit Dominus. Exultemus et lætemur in ea — esse é o dia que o Senhor fez, seja para nós dia de alegria e felicidade” (Sl 117, 24).

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O primeiro Rosário da História

Sábado Santo

Quantas vezes, ao longo daquele dia de sábado, terá passado pela mente virginal de Maria a lembrança dos momentos-auge da vida de Jesus?

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP. Fundador dos Arautos do Evangelho

 

 

Soledade no Sábado Santo

“Maria vive com os olhos fixos em Cristo — comentava o Papa São João Paulo II — e guarda cada palavra sua: ‘Conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração’ (Lc 2, 19; cf. 2, 51). As recordações de Jesus, estampadas na sua alma, acompanharam-nA em cada circunstância, levando-A a percorrer novamente com o pensamento os vários momentos da sua vida junto com o Filho.

Foram estas recordações que constituíram, de certo modo, o ‘rosário’ que Ela mesma recitou constantemente nos dias da sua vida terrena.”

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