O “alter ego*” da mais perfeita das criaturas

Certa vez um Anjo resolveu percorrer a terra em busca da mais bela das criaturas

 

Contemplava, maravilhado, a obra dos seis dias e encantava-se com os reflexos das perfeições divinas nela contidos. Enternecia-se com a singeleza das plantas e a ordenação dos pequenos animais, enlevava-se com a vastidão dos mais diversos panoramas, impressionava-se com a majestosa e implacável força da natureza.

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Meditação para o Primeiro Sábado de outubro de 2014

I – A exemplo de Maria, quantas vezes recebemos o convite de Deus

Maria nos dá o exemplo do quanto nós devemos ser sensíveis, flexíveis à ação da graça para estarmos sempre prontos para atender as inspirações que Deus põe em nossas almas.

Quantas e quantas vezes, ao longo de nossa vida, temos essas ou aquelas inspirações, temos esses ou aqueles toques interiores da graça, sentimos em nossa alma que devemos, para seguir os passos de Nosso Senhor, abandonar tudo o que d’Ele nos afasta.

Nossa Senhora foi visitar Santa Isabel não porque pudesse haver qualquer resquício de dúvida sobre o que tinha dito o Anjo, ou então que este a tivesse enganado. Jamais isso teria acontecido. Ela foi visitar a prima porque recebeu uma inspiração de fazê-lo; foi tocada por uma graça, recebendo, assim, um impulso em seu interior e obedecendo a este prontamente.

Maria tinha dentro de si o próprio Deus. A Segunda Pessoa da Santíssima Trindade estava presente no claustro virginal. Por isso, quanta razão tinha Ela para ficar em casa contemplando o Messias que estava sendo gerado em seu interior. Entretanto, recebida a comunicação do Anjo não titubeou, pôs-se a caminho.

Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas às montanhas…

Uma das razões de sua pressa em partir, era porque Ela queria servir de instrumento para a santificação de São João Batista mesmo antes dele nascer.

De fato a cidade de Santa Isabel ficava em uma região montanhosa e distante da cidade de Nazaré. Até lá eram de três a quatro dias de caminhada. Era portanto uma viagem penosa e difícil, mas Maria tudo o supera alegremente, pois a Aurora tão esperada, germinava no seu seio puríssimo.

Exemplo magnífico para nós, quando formos tocados por uma graça para seguir um determinado caminho; ou quando formos tocados por alguma inspiração de Deus e somos convidados a abandonar uma situação que nos é agradável ou uma situação que nos leva ao pecado, sejamos rápidos, tenhamos pressa e imitemos a Nossa Senhora na sua predisposição de cumprir o dever (Leia mais aqui!).

Obs: Se estiver usando o Firefox, dependendo da versão, depois de clicar em (Leia mais aqui!), será preciso procurar o arquivo da meditação na pasta de downloads padrão.

Veja também: Meditação para o Primeiro Sábado de setembro de 2014

Dois minutos de um angélico concerto

São Francisco em êxtase – grupo escultural conservado no Museu de Sevilha, Espanha     
Pe. Carlos Alberto Soares Corrêa

As “Crônicas Franciscanas”, que narram episódios encantadores da vida de São Francisco, contam-nos que ele decidiu isolar-se durante alguns dias numa daquelas maravilhosas montanhas da Itália. Para imitar o Divino Salvador, desejava orar e jejuar a pão e água durante 40 dias. Decorridas algumas semanas, sentiu as consequências da fraqueza da natureza humana. Julgava não ter forças para levar até o fim o seu sublime propósito. Mas como Jesus nos ensinou que tudo o que pedíssemos ao Pai em seu nome, Ele no-lo daria, lançou Francisco um apelo ao Criador: “Senhor, fazei- me experimentar um pouco da felicidade de que gozam os bem-aventurados na Pátria Eterna! Se me atenderdes, conseguirei seguramente imita o vosso divino exemplo, orando e jejuando durante 40 dias”.

Sua prece foi imediatamente atendida. Enviou-lhe Deus um esplendoroso Anjo, com a forma de um jovem, portando nas mãos um belíssimo instrumento musical. “Francisco”, disse-lhe o celestial mensageiro, “eu te farei ouvir um pequeno trecho de uma das incontáveis melodias que se entoam continuamente na Corte Celeste. Um trecho apenas, pois, se eu a executasse inteira, tua alma se separaria do corpo e voa- ria para Deus”.

Foram dois minutos de um angélico concerto! Inebriou, todavia, de tal felicidade a alma do Santo, que mais tarde confidenciou ele a seus irmãos de vocação: “Eu estaria disposto a jejuar durante mil anos, para experimentar novamente em minha alma, durante apenas dois minutos, aquela felicidade, impossível de ser descrita com a linguagem desta terra”.

Excerto do Artigo: “Dois minutos de um angélico concerto” – Pe. Carlos Alberto Soares Corrêa, EP., Revista Arautos do Evangelho nº 8, agosto de 2002.

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