Mensagem do Papa para o Dia Mundial do Doente

Foto: Agência Ecclesia
Foto: Agência Ecclesia

Cidade do Vaticano, 29 jan 2013 (Ecclesia) – O Vaticano apresentou hoje o programa e a mensagem de Bento XVI para o 21.º Dia Mundial do Doente, que vai ser assinalado dia 11 de fevereiro, na Alemanha.

O presidente do Conselho Pontifício da Pastoral para os Agentes de Saúde, D. Zygmunt Zimowski, destacou o desafio do Papa para que os fiéis façam da iniciativa “um momento particular de reflexão” e de “renovada atenção” a todos aqueles que estão a sofrer.

“O Santo Padre convida as pessoas a deixarem-se interrogar pela figura do Bom Samaritano”, que desafia a uma atitude de “proximidade” e que representa “o amor profundo de Deus por todo o ser humano”, referiu o arcebispo polaco em conferência de imprensa, hoje, no Vaticano.

Na sua mensagem, inspirada na parábola bíblica do Bom Samaritano onde se afirma “Vai e faz tu também o mesmo” (Lc.10, 30-37), Bento XVI sublinha que o Ano da Fé, a decorrer na Igreja Católica até novembro, “constitui uma ocasião propícia para intensificar o serviço da caridade nas comunidades eclesiais”.

Tal como a figura descrita no evangelho de São Lucas, os cristãos devem “saber olhar com compaixão e amor aqueles que têm necessidade de ajuda e de cura”, salientou D. Zygmunt Zimowski.

O Dia Mundial do Doente, celebração instituída por João Paulo II em 1992, é assinalada anualmente pela Igreja Católica a 11 de fevereiro, na festa litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes, data que marca as aparições a Bernardette Soubirous, em 1858.

O Papa vai conceder “indulgência plenária” a todos os fiéis que vão participar nas celebrações, entre 7 e 11 do próximo mês, no Santuário de Altoetting, Alemanha.

A decisão foi revelada segunda-feira através de um decreto assinado pelo cardeal Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor da Igreja Católica, e D. Krzysztof Józef Nykiel, regente do Tribunal da Penitenciária Apostólica.

A indulgência plenária irá abranger todos aqueles que, “com espirito de fé e alma misericordiosa”, a exemplo do Bom Samaritano, “se colocam ao serviço dos seus irmãos que estão a sofrer” e aqueles que “estando doentes, oferecem a sua dor como testemunho de fé”.

A indulgência é definida no Código de Direito Canónico (cf. cân. 992) e no Catecismo da Igreja Católica (n.º 1471) como “a remissão, perante Deus, da pena temporal devida aos pecados cuja culpa já foi apagada”, que o fiel obtém em “determinadas condições pela ação da Igreja”.

O documento publicado pela sala de imprensa da Santa Sé realça que a indulgência irá abranger também “as almas dos fiéis defuntos” e será concedida “uma vez por dia”, mediante a participação nas cerimónias religiosas, na comunhão eucarística e na oração pelas intenções do Papa para o Dia Mundial do Doente.

No programa previsto para aquela iniciativa, na Baviera, destaque para a realização de um Congresso Internacional Científico intitulado “Fazer bem a quem sofre”, que terá lugar nos dias 7 e 8 de fevereiro na Universidade Católica de Eichstätt-Ingolstadt.

Para D. Jean-Marie Mupendawatu, secretário do Conselho Pontifício da Pastoral para os Agentes de Saúde, este congresso será dedicado ao debate e partilha de argumentos de caráter “teológico-ético” e contará com a participação de agentes e responsáveis do setor vindos de toda a Europa.

JCP/PR – Agência Ecclesia

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A Epifania é a manifestação “da bondade de Deus e do seu amor pelos homens”, afirma o Santo Padre

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Cidade do Vaticano, 06 jan (RV) – A Epifania é a manifestação “da bondade de Deus e do seu amor pelos homens”: foi o que afirmou o Papa na missa por ele presidida esta manhã, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, na Solenidade da Epifania do Senhor.

Durante a celebração, o Pontífice fez a ordenação de quatro novos bispos: Dom Georg Gänswein, secretário particular de Bento XVI e prefeito da Casa Pontifícia; Dom Vincenzo Zani, secretário da Congregação para a Educação Católica; e os núncios apostólicos, Dom Fortunatus Nwachukwu e Dom Nicolas Thevenin.

Na homilia, o Papa convidou os bispos a imitarem os Magos, homens que partiram rumo ao desconhecido, “homens inquietos movidos pela busca de Deus e da salvação do mundo; homens à espera, que não se contentavam com seus rendimentos assegurados e com uma posição social provavelmente considerável, mas andavam à procura da realidade maior”.

“Talvez fossem homens eruditos – continuou o Santo Padre –, que tinham grande conhecimento dos astros e, provavelmente, dispunham também duma formação filosófica; mas não era apenas saber muitas coisas que queriam; queriam, sobretudo, saber o essencial, queriam saber como se consegue ser pessoa humana. E, por isso, queriam saber se Deus existe, onde está e como é; se Se preocupa conosco e como podemos encontrá-Lo.”

“Queriam não apenas saber; queriam conhecer a verdade acerca de nós mesmos, de Deus e do mundo. A sua peregrinação exterior era expressão deste estar interiormente a caminho, da peregrinação interior do seu coração. Eram homens que buscavam a Deus e, em última instância, caminhavam para Ele; eram indagadores de Deus.”

A este ponto de sua homilia, o Santo Padre perguntou-se “Como deve ser um homem a quem se impõem as mãos para a Ordenação episcopal na Igreja de Jesus Cristo?” Podemos dizer – afirmou:

“Deve ser, sobretudo, um homem cujo interesse se dirige para Deus, porque só então é que ele se interessa verdadeiramente também pelos homens. E, vice-versa, podemos dizer: um Bispo deve ser um homem que tem a peito os outros homens, que se deixa tocar pelas vicissitudes humanas. Deve ser um homem para os outros; mas só poderá sê-lo realmente, se for um homem conquistado por Deus: se, para ele, a inquietação por Deus se tornou uma inquietação pela sua criatura, o homem.”

Retomando a descrição dos Magos, Bento XVI ressaltou, neles, em particular, a coragem e a humildade da fé:

“Era preciso coragem a fim de acolher o sinal da estrela como uma ordem para partir, para sair rumo ao desconhecido, ao incerto, por caminhos onde havia inúmeros perigos à espreita. Podemos imaginar que a decisão destes homens tenha provocado sarcasmo: o sarcasmo dos ditos realistas que podiam apenas zombar das fantasias destes homens. Quem partia baseado em promessas tão incertas, arriscando tudo, só podia aparecer como ridículo. Mas, para estes homens tocados interiormente por Deus, era mais importante o caminho segundo as indicações divinas do que a opinião alheia. Para eles, a busca da verdade era mais importante que a zombaria do mundo, aparentemente inteligente.”

Nessa linha, Bento XVI traçou a missão do bispo em nosso tempo: “A humildade da fé, do crer juntamente com a fé da Igreja de todos os tempos, há-de encontrar-se, vezes sem conta, em conflito com a inteligência dominante daqueles que se atêm àquilo que aparentemente é seguro. Quem vive e anuncia a fé da Igreja encontra-se em desacordo também, em muitos aspectos, com as opiniões dominantes precisamente no nosso tempo”.

“O agnosticismo, hoje largamente imperante, tem os seus dogmas e é extremamente intolerante com tudo o que o põe em questão, ou põe em questão os seus critérios. Por isso, a coragem de contradizer as orientações dominantes é hoje particularmente premente para um Bispo.”

O Santo Padre prosseguiu traçando a missão do Bispo em nosso tempo afirmando que ele te de ser valoroso:

“E esta valentia ou fortaleza não consiste em ferir com violência, na agressividade, mas em deixar-se ferir e fazer frente aos critérios das opiniões dominantes. A coragem de permanecer firme na verdade é inevitavelmente exigida àqueles que o Senhor envia como cordeiros para o meio de lobos. «Aquele que teme o Senhor nada temerá», diz Ben Sirá (34, 14). O temor de Deus liberta do medo dos homens; faz-nos livres!”

A este ponto, Bento XVI recordou um episódio do início do cristianismo, narrado por São Lucas nos Atos dos Apóstolos, em que o sinédrio chamou os apóstolos e os flagelou. Proibindo-os de pregar o nome de Jesus, em seguida os libertou. Lucas afirma que eles foram embora cheios de alegria por terem sido julgados dignos de sofrer vexames por causa do Nome de Jesus.

Como os apóstolos – prosseguiu o Pontífice –, assim os bispos, seus sucessores, “devem esperar ser, repetidamente e de forma moderna, flagelados, se não cessam de anunciar alto e bom som a Boa-Nova de Jesus Cristo; hão-de então alegrar-se por terem sido considerados dignos de sofrer ultrajes por Ele. Naturalmente queremos, como os Apóstolos, convencer as pessoas e, neste sentido, obter a sua aprovação; naturalmente não provocamos, antes, pelo contrário, convidamos todos a entrarem na alegria da verdade que indica a estrada”.

“Contudo o critério ao qual nos submetemos não é a aprovação das opiniões dominantes; o critério é o próprio Senhor. Se defendemos a sua causa, conquistaremos incessantemente, pela graça de Deus, pessoas para o caminho do Evangelho; mas inevitavelmente também seremos flagelados por aqueles cujas vidas estão em contraste com o Evangelho, e então poderemos ficar agradecidos por sermos considerados dignos de participar na Paixão de Cristo.”

Os Magos – concluiu Bento XVI – seguiram a estrela e assim chegaram a Jesus, à grande Luz que, vindo ao mundo, ilumina todo o homem (cf. Jo 1, 9). Como peregrinos da fé, os Magos tornaram-se eles mesmos estrelas que brilham no céu da história e nos indicam a estrada.

Assim, também os bispos, se viverem com Cristo, ligados a Ele novamente no Sacramento, então se tornarão sábios; “astros que vão à frente dos homens e indicam-lhes o caminho certo da vida”. (RL)

Fonte: Rádio Vaticano

Feliz 2013!!!

E que possamos continuar juntos em nossa missão evangelizadora! Com o favor e beneplácito da Santíssima Virgem, no ano de 2012 o número de Oratórios cresceu consideravelmente por todo o País. Sem dúvida alguma, Ela nos auxiliou de uma forma toda singular. A Ela oferecemos nosso amor e gratidão filiais.

Em Jesus e Maria

 

Pe. Antônio Guerra, EP

Assistente Espiritual do Apostolado do Oratório

Oração da alma desamparada

Santa Bernadette Soubirous

Ó Jesus desolado e ao mesmo tempo refúgio das almas desoladas, Vosso amor ensina-me que é de Vossos abandonos que devo haurir toda a força de que necessito para suportar os meus. Estou persuadida de que o abandono mais temível em que eu possa cair seria não participar do Vosso. Mas, como Vós me destes a vida com a Vossa morte, e me livrastes, por Vossos sofrimentos, daqueles que me eram devidos, também merecestes, pelo Vosso desamparo, que o Pai celeste não me desamparasse, e que nunca estivesse mais próximo de mim, por Sua misericórdia, do que quando estou mais unida (a Vós) pela desolação. Ó Jesus, luz da minha alma, iluminai os meus olhos interiores no tempo da tribulação; e já que me é útil sofrer, não leveis em conta meus temores nem minha fraqueza.

Eu Vos conjuro, ó meu Deus, por Vossos desamparos, não que não me aflijais, mas que não me abandoneis na aflição, que me ensineis a procurar-Vos nela como o meu único consolador, que sustenteis nela a minha Fé, que nela fortifiqueis minha esperança, que purifiqueis nela o meu amor; concedei- me a graça de reconhecer nela a Vossa mão, e de não desejar nela outro consolador a não ser Vós.

Humilhai-me então quanto Vos aprouver, e consolai-me somente a fim de que eu possa sofrer e perseverar até a morte no sofrimento. Já que as graças que Vos peço são fruto de Vossos desamparos, fazei que sua virtude se manifeste na minha fraqueza, e glorificai-Vos na minha miséria, ó meu Jesus, único refúgio da minha alma.

Ó Mãe Santíssima do meu Jesus, que vistes e sentistes a extrema desolação do Vosso querido Filho, assisti-me no tempo da minha.

E vós, santos do Paraíso, que passastes por esta provação, tende compaixão daqueles que sofrem, e obtende-me a graça de ser fiel até a morte.

(Extraída do livro Bernadette Soubirous, do Pe. André Ravier. São Paulo: Loyola, 1985, p. 81-82.)