Meditação do Primeiro Sábado de setembro 2018

IV Mistério Doloroso
Nosso Senhor carrega a Cruz às costas
Justos e pecadores carregam sua respectiva cruz

Introdução

No cumprimento de nossa devoção do Primeiro Sábado, tendo em vista a Festa da Exaltação da Santa Cruz celebrada no dia 14 de setembro, meditaremos o 4º Mistério Doloroso: Nosso Senhor carrega sua Cruz até o Calvário.

Jesus não recusa a cruz, abraça-a até com amor, sendo ela o altar destinado para que Ele consuma o sacrifício de sua vida pela salvação dos homens. A partir de então, essa mesma cruz passou a ser o símbolo da sua vitória sobre a morte e o pecado, o sinal de glória de todos aqueles que seguem o Cordeiro de Deus ao longo da história humana.

Jesus carregando a Cruz. Igreja Cristo dos Milagres de Lima, Perú

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Oração Preparatória

Ó Virgem Santíssima de Fátima, nossa Mãe e Corredentora que acompanhastes com indizível desvelo materno a via dolorosa de vosso Divino Filho rumo ao Calvário, alcançai-nos as graças necessárias para bem realizarmos essa meditação e dela colhermos todos os frutos para a nossa santificação, compreendendo o precioso valor do instrumento de sacrifício de Jesus, símbolo de glória e vida eterna para todos nós.

Amém

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De Maria Nunquam Satis!*

A afirmação no título acima faz recordar também que a nenhum fiel é lícito não ter devoção a Nossa Senhora, pois “a Mãe de Deus é o modelo e a figura da Igreja, na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo”**

Ir. Felipe Lecaros, EP

Para demonstrar o quanto a devoção a Nossa Senhora é o melhor caminho para se chegar a Jesus Cristo, citamos a explicação dada há séculos atrás por São Luis Maria Grignion de Montfort: Diz o Santo missionário mariano:

“Seria possível que Aquela que achou graça diante de Deus para o mundo inteiro em geral, e para cada um em particular, impedisse uma alma de encontrar a grande graça da união com Ele? Seria possível que Aquela que foi cheia de graça e superabundante de graças, e tão unida e transformada em Deus que este n’Ela Se encarnou, impedisse uma alma de ficar perfeitamente unida a Deus?” (Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, n. 164).

E conclui São Luis:

“Vós, Senhor, estais sempre com Maria, e Maria sempre convosco; nem pode Ela estar sem Vós, pois senão deixaria de ser o que é; de tal modo está Ela transformada em Vós, pela graça, que já não vive, já não existe: sois Vós que viveis e reinais n’Ela, de maneira mais perfeita que em todos os Anjos e Bem-aventurados. […] Maria está tão intimamente unida a Vós que mais fácil seria separar do sol a luz, e do fogo o calor” (idem, n. 63).

Cientes dessa verdade, mais de cem fiéis e membros do Apostolado do Oratório iniciaram neste último domingo, 19, um novo Curso Preparatório para a Consagração a Jesus Cristo pelas mãos de Maria, segundo o método de São Luis Maria Grignion de Montfort.

Foi esse o primeiro passo rumo a entrega que farão como escravos de amor Àquela a quem Deus quer servir-Se na santificação das almas até a consumação dos séculos.

Veja abaixo algumas fotos do primeiro dia do curso na sede do Apostolado do Oratório em São Paulo.

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Veja também: Consagração a Nossa Senhora na Basílica dos Arautos do Evangelho

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* Repetida por São Bernardo de Claraval e outros Santos, este categórico louvor à Mãe de Deus é habitualmente traduzido como: “A respeito de Maria jamais se dirá o bastante”.
** CONCÍLIO VATICANO II. Lumen gentium, n.63.

Boletim Maria Rainha dos Corações julho/agosto 2018

Na passagem de Maria Santíssima deste mundo para a eternidade vislumbramos desde já o que nos acontecerá no Juízo Final, caso venhamos a morrer em estado de graça

Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP

A Santa Igreja Católica, ao comemorar a Solenidade da Assunção de Maria Santíssima, compõe a Liturgia com um objetivo definido, sintetizado na Oração do Dia:

“Deus eterno e todo-poderoso, que elevastes à glória do Céu em corpo e alma a Imaculada Virgem Maria, Mãe do vosso Filho, dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de participarmos da sua glória”.1

Nossa condição humana, tão cheia de lutas e de dramas, e ao mesmo tempo de graças, tende a voltar-se para as realidades concretas que nos cercam – saúde, dinheiro, relações, etc. –, esquecendo-se das maravilhas sobrenaturais, quando na verdade sua contemplação é essencial para nos tornarmos partícipes da glória de Nossa Senhora. Sinal da importância de nos atermos em primeiro lugar aos bens do alto é que eles nos serão concedidos por todo o sempre, se nos salvarmos.

A exemplo de Maria

Na passagem de Maria Santíssima deste mundo para a eternidade vislumbramos desde já o que nos acontecerá no Juízo Final, caso venhamos a morrer em estado de graça. Todos nós partiremos desta vida. E quanto tempo mediará entre a morte e a ressurreição? Não importa, pois a ressurreição certifica a onipotência divina. Pela simples lembrança de que morreremos, seremos sepultados e esperaremos até sermos ressuscitados de forma gloriosa, a ponto de adquirirmos um corpo espiritualizado, já antegozamos esse momento de extraordinária beleza em que triunfaremos, como Nossa Senhora no dia da Assunção.

Júbilo na eternidade

Que gáudio incomparável experimentaram todas as almas bem-aventuradas quando Nossa Senhora ali entrou em corpo e alma!

Embora seu Divino Filho já estivesse ressurrecto na companhia dos eleitos, o fato de unir-Se a eles, sendo a mais bela, elevada e santa das puras criaturas, foi um surto de consolação para quantos aguardavam a ressurreição de seus corpos.

(acima: Dormição de Nossa Senhora (Catedral de Notre-Dame, Paris)

A coroação da Santíssima Virgem

Tendo Nossa Senhora completado sua missão, bem podemos imaginar como foi seu triunfo no Céu: as três Pessoas da Santíssima Trindade A receberam e A glorificaram. Coroada pelo Pai, que Lhe conferia o poder impetratório e depositava em suas mãos o governo da criação, Maria Santíssima passou a ser a administradora dos tesouros divinos;
um suspiro d’Ela é capaz de mover a vontade do Criador. O Filho, a Sabedoria Eterna e Encarnada, Lhe deu toda a sabedoria, e o Espírito Santo, enquanto seu Esposo, Lhe concedeu a faculdade de santificar as almas.

Um caminho de luz é aberto a todos

A Assunção de Maria nos abre grandes portas e um caminho florido e cheio de luz, no que diz respeito à salvação eterna. Diante do penhor de nossa ressurreição, que nos é dado pelo mistério da Assunção de Maria Santíssima, deveríamos nos considerar mutuamente uns aos outros segundo esse ideal, como se estivéssemos já ressurrectos, pois acima do abatimento e das provações desta vida brilha a esperança da glorificação para a qual rumamos.

Vivamos buscando os bens do alto, e que nosso pensamento acompanhe o trajeto seguido por Maria Virgem. Voltemo-nos para o trono d’Ela, e assim receberemos graças sobre graças para estarmos sempre postos nesta via que nos conduzirá à ressurreição feliz e eterna, quando recuperaremos os nossos corpos em estado glorioso.

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1) Solenidade da Assunção de Nossa Senhora. Oração do Dia. In: MISSAL ROMANO (edição brasileira da CNBB). 9.ed. São Paulo: Paulus, 2004, p.638.

 

Veja também neste boletim:

pág. 8

 

 

 

 

 

Clique na foto e baixe o arquivo do Boletim Maria Rainha dos Corações no. 95 de julho/agosto.

Veja mais: IX Peregrinação Nacional ao Santuário de Aparecida

Sábado Santo – O prêmio concedido aos que mais amam

Nosso Senhor não esquece os que ama

Então o Anjo disse às mulheres: “Não tenhais medo! Sei que procurais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui! Ressuscitou, como havia dito! Vinde ver o lugar em que Ele estava. Ide depressa contar aos discípulos que Ele ressuscitou dos mortos, e que vai à vossa frente para a Galileia. Lá vós O vereis. É o que tenho a dizer-vos” (Mt 28, 5-7).

Apesar dessa manifestação grandiosa, não mais estamos no Antigo Testamento, quando a aparição de um Anjo era considerada prenúncio imediato de morte. O mensageiro celeste sabe tratar de maneira adequada cada criatura humana e diz às mulheres: “Não tenhais medo!”. Na verdade, depois de tudo o que acabara de suceder não faltavam motivos para recear, mas ele dá a entender que desígnios superiores pairavam sobre aqueles acontecimentos, portadores de esperança. Prepara-as assim para acolher o anúncio que contém a essência do Evangelho selecionado para esta solene cerimônia: “Ressuscitou, como havia dito!”.

Embora o estupendo milagre da Ressurreição tivesse sido predito por Nosso Senhor, suas palavras não encontraram suficiente eco na alma dos que O seguiram nos anos de vida pública, caindo no esquecimento perante as aparências contrárias presenciadas na Paixão. No entanto, já era hora de recordarem esta profecia: “Destruí vós este Templo e Eu o reerguerei em três dias” (Jo 2, 19). Com estas palavras Ele Se referiu ao seu próprio Corpo, que passaria pela Morte e Ressurreição. Lembremo- nos de que tanto seu sagrado Corpo quanto sua Alma, mesmo estando separados pela morte, permaneceram unidos hipostaticamente à divindade, por cujo poder ambos se reassumiram mutuamente no momento da Ressurreição. O Redentor cumprira a promessa, ressurgindo com todas as características que possuíra na vida mortal, acrescidas de glória.

Prelibando a fase de expansão da Igreja que dentro em breve se iniciaria, o Anjo transmite às mulheres uma incumbência: comunicar aos discípulos a notícia da Ressurreição, pois, abatidos pelo desânimo e decerto pesarosos por sua própria prevaricação, a Morte de Nosso Senhor lhes poderia dar a ideia de que Ele Se esquecera dos que estimava. Talvez pensassem que, uma vez tendo partido deste mundo, Jesus Se havia afastado para não mais conviver com os seus. Vemos que o Anjo desmente essas impressões falsas com o aviso de um novo encontro na Galileia, deixando claro o quanto o Mestre os ama apesar de todas as infidelidades.

Um misto de medo e alegria

As mulheres partiram depressa do sepulcro. Estavam com medo, mas correram com grande alegria, para dar a notícia aos discípulos (Mt 28, 8).

As mulheres, que sempre acompanhavam Nosso Senhor onde quer que Ele fosse, estavam habituadas a vê-Lo sair-Se bem em todas as circunstâncias. Foi o que se verificou, por exemplo, quando o paralítico descido pelo teto foi curado e seus pecados foram perdoados, deixando os adversários do Divino Mestre confundidos e furiosos (cf. Lc 5, 18-26; Mc 2, 3-12; Mt 9, 2-8); ou quando houve a multiplicação dos pães e, pelo instinto materno próprio à psicologia feminina, também sentiram pena da multidão faminta que seguia Nosso Senhor, contemplando maravilhadas a prodigiosa solução dada por Ele, na ocasião (cf. Mt 14, 15-21; Mc 6, 35-44; Lc 9, 12-17; Jo 6, 5-14). Episódios semelhantes ocorridos ao longo da pregação de Jesus robusteceram-nas numa fé sincera em relação a Ele, fruto da retidão de quem não tem arrière-pensée ou desconfianças próprias aos que fazem considerações materialistas, esquecendo-se da existência de fatores sobrenaturais que podem explicar os acontecimentos extraordinários.

Animadas por tão bom espírito, retiraram-se elas do sepulcro sôfregas por transmitir a mensagem recebida. Neste versículo, todavia, transparece algo muito humano: o misto de alegria e medo que as invadiu, apesar da advertência angélica. A alegria, como é natural, vinha do magnífico anúncio da Ressurreição de Nosso Senhor, e o temor tinha sua origem em possíveis represálias dos judeus naquela situação ainda muito instável. Para extirpar por completo esse receio, nada mais eficaz que um contato com o Mestre.

O encontro com Nosso Senhor

De repente, Jesus foi ao encontro delas, e disse: “Alegrai-vos!” As mulheres aproximaram-se, e prostraram-se diante de Jesus, abraçando seus pés (Mt 28, 9).

No intuito de animar as Santas Mulheres, o próprio Jesus tomou a iniciativa de ir ao encontro delas, mostrando que Ele vai à procura dos que realmente O amam. E eis que a sua primeira palavra é “Alegrai-vos!”, para, em seguida, permitir que Lhe abraçassem os pés.

O conjunto dos pormenores de outros relatos evangélicos desta passagem sugere a hipótese de que Maria Madalena não estivesse junto às mulheres nesse instante, mas sozinha, em busca de Nosso Senhor (cf. Mc 16, 9-11; Jo 20, 11-18). Tudo indica que o encontro que tiveram com Ele deu-se em momentos e lugares diversos: primeiro apareceu à pecadora arrependida, a quem ordenou “Não me retenhas!ˮ (Jo 20, 17), e depois às demais, enquanto corriam. É curioso notar a diferença em seu divino modo de agir, pois não deixou aquela que havia “demonstrado muito amor” (Lc 7, 47) externar toda a sua veneração, e aqui, pelo contrário, as Santas Mulheres seguram seus pés e Ele não lhes opõe resistência.

Como explicar este aparente paradoxo? Santa Maria Madalena tinha uma fé robusta e o Mestre não queria tirar-lhe o mérito. Caso ela chegasse a tocá-Lo — ou se demorasse muito ao fazê-lo, conforme sustentam alguns autores(1) —, confirmaria cabalmente que Ele havia ressuscitado e não era um espírito, mas o mesmo Homem-Deus cujos pés lavara com suas lágrimas e enxugara com os cabelos (cf. Lc 7, 37-38). Jesus estava como que a dizer-lhe: “Não Me toques, porque Eu te reservo um mérito maior: o de crer sem comprovar”.

Às outras, consentiu que dessem largas às suas manifestações de adoração. Elas já haviam visto um espírito e sua primeira impressão ao deparar-se com o Salvador seria de que também se tratava de um ser imaterial, até porque possuíam uma fé menos vigorosa que a de Maria Madalena. Além disso, acompanharam-No continuamente antes da Paixão e, enquanto os homens costumam dar menos importância à ausência física, elas, como mulheres, eram mais sensíveis à separação e ao abandono. Precisavam, pois, verificar que Jesus estava vivo e não as desamparara.

Ao abraçar os pés do Senhor, devem ter visto e osculado as marcas dos cravos, além de sentir seu inconfundível perfume, agora intensificado em virtude da glorificação do Corpo. Ficaram comovidas por perceber que a Ressurreição era real e experimentaram, sem a menor dúvida, uma consolação extraordinária. Põe-se aqui um problema sobre qual será a maior graça: obter o mérito de crer sem constatar ou poder estreitar o Corpo glorioso do Mestre? Deixemos que os teólogos tratem dessa delicada questão, pois para ninguém será fácil a escolha, que depende do feitio de cada pessoa.

Arautos da Ressurreição nomeadas pelo Senhor

Então Jesus disse a elas: “Não tenhais medo. Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galileia. Lá eles Me verão” (Mt 28, 10).

Depois do imenso favor de permitir que tocassem em seu Corpo ressurrecto, Nosso Senhor recomenda “Não tenhais medo”, para certificar mais uma vez de que Ele não era um fantasma e infundir-lhes coragem ante a perspectiva de uma possível perseguição movida pelos judeus. E deixa um recado destinado aos discípulos: que partissem rumo à Galileia para um encontro, pois Ele não havia desaparecido. Assim, o Salvador as constitui arautos para propagar a Boa-nova da Ressurreição, que os próprios Apóstolos ainda não conheciam.

Que modo de proceder contundente para os padrões estabelecidos pela sociedade da época! Os Doze, que eram Bispos e foram os primeiros a comungar o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, são obrigados a receber a notícia através de mulheres! Eles fraquejaram, fugiram de medo e acabaram sendo postos à margem na hora da Ressurreição, pois Jesus quis dar um prêmio às que não haviam faltado à caridade. Não será que, se não nos convertermos a um amor tão intenso quanto Ele espera de cada um, seremos ultrapassados pelos que consideramos inferiores a nós? Sejamos verdadeiramente fervorosos, para que isto não nos aconteça!

Jesus ainda convive com eles ao longo de quarenta dias para então subir aos Céus, mas compensa sua ausência enviando o Espírito Santo e prolonga sua presença no Sacramento da Eucaristia, confirmação da promessa feita por Ele antes de partir: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28, 20).

NOTA:

1) Cf. FERNÁNDEZ TRUYOLS, SJ, Andrés. Vida de Nuestro Señor Jesucristo. 2.ed. Madrid: BAC, 1954, p.710-711; TUYA, OP, Manuel de. Biblia Comentada. Evangelios. Madrid: BAC, v.V, 1964, p.602; GOMÁ Y TOMÁS, Isidro. El Evangelio explicado. Pasión y Muerte. Resurrección y vida gloriosa de Jesús. Barcelona: Rafael Casulleras, 1930, v.IV, p.446; LAGRANGE, OP, Marie-Joseph. Évangile selon Saint Matthieu. 4.ed. Paris: J. Gabalda, 1927, p.541.

(Excerto do livro “O inédito sobre os Evangelhos” Vol VII, de Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP – Comentário ao Evangelho da Vigília Pascal.)

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Veja também: Sexta-feira Santa – Temos parte nos sofrimentos de Jesus

Meditação para o Primeiro Sábado de setembro de 2014

I – O preceito do amor universal

Vós ouvistes o que foi dito: “Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!” (Mt 5, 43).

Quando, posto à prova, o Divino Redentor perguntou ao doutor da Lei o que nela estava escrito (cf. Lc 10, 25-26), este logo respondeu de maneira acertada, citando os Livros do Deuteronômio e do Levítico: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças” (Dt 6, 5) e a “teu próximo como a ti mesmo” (Lv 19, 18). Conheciam os judeus perfeitamente o preceito do amor universal, todavia consideravam como “próximos” apenas os seus compatriotas.

Verdadeiro autor e intérprete da Lei, Nosso Senhor Jesus Cristo corrige as interpretações falseadas da Lei de Moisés, que a alteravam e empobreciam, para dar nova plenitude aos Mandamentos e ensinamentos antigos. Ele mostra quão vazia é, em contraposição ao Evangelho, a moral dos fariseus, que se baseava em centenas de regras e nas aparências favorecendo muitas vezes a hipocrisia. Falando em primeira pessoa, Ele realmente “ensinava como quem tinha autoridade e não como os escribas” (Mt 7, 29).

44 Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!

Segundo a Nova Lei, os discípulos d’Aquele que é “manso e humilde de coração” (Mt 11, 29) não deverão amar menos os que os aborrecem, perseguem e caluniam do que os que os estimam, exaltam e abençoam. Se queremos ser filhos de Deus, precisamos ter uma completa isenção de ânimo em relação aos inimigos e rezar por eles. A glória de Deus exige que procuremos fazer o possível para a conversão de todos, imitando o sublime exemplo de Jesus no alto da Cruz. Qual foi sua primeira palavra, pronunciada em relação aos que O crucificavam? “Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem” (Lc 23, 34).

Por certo, não se deve ser indolente e permitir aos adversários da Igreja agirem livremente contra Ela, implantando a injustiça na Terra. Se é obrigação amar os inimigos, é necessário também odiar o pecado! Cumpre, pois, pedir a intervenção divina para fazer cessar o mal e empregar todos os meios ― sempre conforme a Lei de Deus e a dos homens ― para que este não domine e vença no mundo (Leia mais aqui!).

Obs: Se estiver usando o Firefox, dependendo da versão, depois de clicar em (Leia mais aqui!), será preciso procurar o arquivo da meditação na pasta de downloads padrão.

Veja também: Meditação para o Primeiro Sábado de agosto de 2014