A Devoção do Primeiro Sábado de abril pelo Brasil

“Olha, minha filha – disse-lhe a Virgem Maria – o meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Me cravam com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar ” …

Os participantes do Apostolado do Oratório levam muito a sério este pedido de Nossa Senhora em Fátima, e realizam todos os meses em suas comunidades a Devoção da Comunhão Reparadora dos Primeiros Sábados do Mês.

Veja fotos de algumas cerimônias deste mês.

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A Lei ou a Bondade?

 V Domingo da Quaresma

No episódio da mulher adúltera, os evangelistas não revelam tudo quanto estava oculto na urdidura feita pelos fariseus para colocar Jesus diante de um dilema: condenar a pecadora à morte, violando a lei romana, ou salvar-lhe a vida, desconsiderando a Lei de Moisés. Jesus superou a justiça salomônica

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP

Jesus veio para perdoar

Os Evangelhos são o testamento da misericórdia. O anúncio do maior ato de bondade havido em toda a obra da criação — a Encarnação do Verbo — é o frontispício, a bela abertura de sua narração. A chave de ouro com a qual esta termina deixa-nos sem saber se ainda não é mais bela e comovedora: a Crucifixão e Morte de Cristo Jesus para restabelecer a harmonia entre Deus e a humanidade.

A bondade divina une substanciosamente esses dois extremos, a Gruta de Belém e o Calvário, através de uma sequência riquíssima em acontecimentos escachoantes de amor pelos miseráveis: “Pois o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido” (Lc 19, 10).

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Meditação do Primeiro Sábado de Abril 2025

4º Mistério Doloroso – Nosso Senhor Carrega a Cruz até o Calvário
A Cruz, conselheira dos justos e alívio dos aflitos

Introdução

No cumprimento de nossa devoção do Primeiro Sábado, tendo em vista a Semana Santa deste ano, meditaremos em abril o 4º Mistério Doloroso: Nosso Senhor carrega sua Cruz até o Calvário. A cruz, antes de Cristo, era um instrumento de suplício e de morte. Porém, quando o Redentor a abraçou e nela foi sacrificado, a Cruz passou a ser sinal do infinito Amor de Deus por nós e um símbolo de triunfo e de glória para os cristãos.

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O Duplo Silêncio

Dois amigos agricultores cultivavam o mesmo campo de trigo, trabalhando arduamente a terra com amor e dedicação, numa luta estafante, às vezes inglória, à espera de um resultado compensador. Eram sócios, como se vê.

Passaram-se anos de pouco ou nenhum retorno. Até que um dia, chegou a grande colheita que foi abundante, magnífica e perfeita, satisfazendo assim os dois agricultores que repartiram eufóricos os frutos do trabalho igualmente, ao longo de vários dias de serviço. E depois cada um seguiu o rumo de suas vidas.

À noite, um deles já ao deitar-se, e cansado dos trabalhos, dos esforços bravos  daqueles últimos dias, um deles assim pensou:

“Eu sou casado, tenho filhos fortes, honestos e trabalhadores, uma esposa dedicada e fiel. Todos nós nos entendemos mutuamente. O bom convívio do nosso lar nos garante uma união e uma segurança até os meus últimos dias e de minha mulher. Mas o meu amigo vive sozinho, não se casou, nunca terá braços   fortes e filiais para apoiá-lo. Com certeza, vai precisar muito mais do dinheiro da colheita do que eu”.

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O Filho Pródigo: Justiça e Misericórdia

IV Domingo da Quaresma
(Domingo Laetare)

Analisando os atos de Deus sob o mero prisma da humana justiça, difícil se torna compreendê-los. Na parábola da Liturgia de hoje, enquanto o egoísmo se revolta, a justiça e a misericórdia se osculam num dos mais belos exemplos do Evangelho. Como melhor degustá-lo? Eis o objetivo deste artigo

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP

A parábola do filho pródigo

A pérola de todas as parábolas

De maneira singela, mas com beleza literária insuperável, a parábola em questão nos coloca diante do entrechoque das várias justiças. Sua concisão e extraordinária riqueza de colorido, abordando matéria tão viva e retratando através de fluida analogia muitos atos de nossa existência, tornam facilmente perceptível o fundo da lição proferida pelo Divino Mestre. Vamos, porém, empenhar-nos em ressaltar aspectos pouco comentados da mesma: os extremos opostos dos dois juízos — o do pai e o do filho maior.

Temos diante dos olhos uma das mais eloquentes páginas do Evangelho, considerada como a pérola de todas as parábolas. Ela é, de si, um pequeno evangelho. Sem dúvida alguma, o cerne da parábola consiste em colocar ao alcance de qualquer inteligência, até das menos favorecidas, a pulcritude da bondade de Deus em perdoar ao pecador arrependido com exuberante e alegre solicitude. O pai, neste contexto, representa Deus.

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A professorinha que soube fazer historia

Nos tempos em que o mundo era calmo e a velocidade ainda não havia invadido a vida dos homens, o passageiro de um trem que entrava vagarosamente nos arredores de uma pequena aldeia, pôde  observar à beira de um  riacho e junto às pedras, uma senhora que dedicadamente empenhava-se em lavar roupas.

Esse homem reconheceu a mulher. Ela tinha sido professora nesse lugarejo. Como então ela estava agora a lavar roupas para ganhar a vida?

Procurou saber a história dela junto a alguns passageiros do trem. E de seguida escreveu um comovente artigo num diário da capital paulista. Pois ele era jornalista do jornal “O Estado de São Paulo”.

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