O Coração Sapiencial e Imaculado de Maria

Em nossas orações acrescentamos o adjetivo “Sapiencial” à expressão Imaculado Coração de Maria. O que vem a ser a sapiencialidade do Coração de Maria?

O Prof. Plinio Correa de Oliveira assim nos apresenta a sabedoria da Santíssima Virgem:

A sabedoria, enquanto virtude da inteligência, nos faz ver todas as coisas pelos seus aspectos mais elevados, aqueles por onde elas mais se assemelham a Deus Nosso Senhor, ser absoluto, infinito, perfeito e eterno, que jamais poderá sofrer nenhuma alteração.

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Somos filhos de Deus? (parte II)

E nos fez mercê de preciosas e ricas promessas, para assim nos fazer partícipes da natureza divina”.
(2 Pe 1, 4)


A graça santificante

Em forma de proposição clara e simples, expor-se-á em seguida a doutrina fundamental sobre a natureza da graça, explicando depois palavra por palavra*.

Ei-la: A graça santificante é um dom divino, uma qualidade sobrenatural infundida por Deus em nossa alma, que nos dá uma participação física e formal da própria natureza divina, tornando-nos semelhantes a Ele em sua própria razão de deidade. Segue a exposição detalhada dessa magnífica proposição.

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Também nós devemos estar dispostos a fazer o papel de servo

Quinta-feira Santa

Por mais que possamos encontrar dificuldades temperamentais ou inconveniências no relacionamento com os outros, devemos imitar Jesus, tratando cada um de nossos irmãos como Ele tratou Judas no lava-pés

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP. Fundador dos Arautos do Evangelho

11 Jesus sabia quem O ia entregar; por isso disse: “Nem todos estais limpos”.

Está claramente afirmado neste versículo que todos, menos um, estavam na graça de Deus. Um ali era traidor, mas, mesmo a este, Jesus estava disposto a perdoar! Daí esta insinuação, que era, como bem a propósito sublinha o padre Truyols, “uma delicada alusão a Judas, um último convite do Bom Pastor à ovelha desgarrada”.21

Se, naquele momento, ele tivesse tido pelo menos um movimento de alma de arrependimento, e pedido interiormente perdão, sua história teria sido outra. “Como, porém, estava já muito endurecido no mal, permaneceu insensível à advertência”,22 observa Fillion.

Desde toda a eternidade tinha visto Nosso Senhor essa recusa de Judas, e naquele momento estava comprovando-a enquanto homem.

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As Sete Dores de Nossa Senhora

A quaresma, sobretudo na Semana Santa, é uma época oportuna para conhecermos melhor as dores de Nossa Senhora

Ir. Carlos Eduardo, EP

Assista ao vídeo

Convidamos você para estarmos ao lado de Virgem Dolorosa nas sete das dores sofridas pela Mãe de Deus.

Aqui estão episódios extraídos dos Santos Evangelhos. Eles formam o caminho de dores da Filha amorosa de Deus Pai sofrendo em sua alma padecimentos semelhantes aos da Paixão de seu Divino Filho.

Meditação do Primeiro Sábado de abril 2019

V Mistério Doloroso
Crucifixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo

A morte de Jesus é nossa vida

Deformado e ainda mais belo

Tão assustadora é a sagrada figura do Redentor nesse estado que Ele causa horror a quem O vê no alto do Gólgota, pronto para ser imolado.

Entretanto, afirma Santo Afonso, essa deformidade O faz parecer mais belo ainda aos olhos das almas que O amam, já que aquelas chagas, aquelas pisaduras, aquelas carnes dilaceradas são provas e sinais do amor que Ele nos tem.

Sim, porque aquela deformidade de Jesus crucificado foi a causa da beleza de nossas almas que, até então disformes, lavadas no seu precioso sangue, tornaram-se graciosas e belas, segundo o que escreve São João:

“Esses que estão revestidos de estolas brancas, quem são e donde vieram? São os que vieram de uma grande tribulação e lavaram as suas vestes e as embranqueceram no sangue do Cordeiro” (Ap 7,13).

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Somos filhos de Deus?

Na ordem puramente natural o homem é uma criatura de Deus, já que dEle recebeu seu próprio ser e sua própria existência através de seus pais naturais. Entretanto, falando com toda exatidão e precisão teológicas, não se pode dizer que seja nesta ordem um verdadeiro “filho” de Deus

Julio Cesar Imperador – Museu Metropolitano de Nova York – USA

O homem, criatura de Deus

Toda verdadeira filiação seja de que ordem for, consiste em receber, por via de geração natural a vida e a natureza específica do próprio pai. Não há outro procedimento possível para estabelecer a relação pai-filho no sentido estrito que a via de causalidade geradora.

O escultor que reproduz fielmente no mármore os traços fisionômicos exatos de seu filho, é o autor da estátua, mas de nenhum modo pai da mesma, uma vez que, por muito impressionante que seja a semelhança com seu filho natural, não pôde transmitir ao mármore sua própria vida e natureza especificamente humanas.

Ora, na ordem puramente natural, Deus Criador nos comunica, através de nossos pais, o ser e a natureza específica do homem, mas não seu próprio ser e sua própria natureza divina.

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