O Carisma dos Arautos do Evangelho. Quem aprovou?

Os franciscanos seguem o Cristo pobre, os dominicanos o Cristo mestre, e assim o faz cada família religiosa à sua maneira. É o mesmo Cristo e Senhor, porém, visto e amado com maior ênfase a partir de ângulos diversos. Com efeito, tal é a riqueza da santidade e da perfeição de Nosso Senhor que, para as espelhar, o Espírito Santo tem inspirado na Igreja um verdadeiro vitral dos mais diversos carismas

 

 

Cada um dos carismas brilha com uma rutilância própria e única, e o conjunto de todos eles reflete o desdobramento na História do sublime resplendor do Coração de Jesus.

Todos esses dons do Paráclito são objeto de reflexão teológica. Qual será a forma específica de seguir Nosso Senhor nos Arautos do Evangelho? Procurar-se-á aqui refletir sobre o modo específico desse carisma de imitar e seguir Aquele que diz de Si mesmo: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim” (Jo 14, 6).

Continue lendo “O Carisma dos Arautos do Evangelho. Quem aprovou?”

O Rei, o Servo e os Cães Selvagens

Se você leva mais em conta e dá mais atenção aos erros do que aos acertos das pessoas, então leia o que segue.

Um rei tinha 12 cães grandes, selvagens, vorazes. Quando um servo cometia um erro, uma falta grave, maldosamente ele o mandava jogar numa arena para esses cães selvagens o estraçalharem, sem apelação. E assistia com várias pessoas.

Num certo dia, um dos seus melhores servidores fez algo errado, uma falta muito grave. E o rei ordenou que fosse jogado aos cães, sem dó nem piedade. O servo condenado de imediato fez um pedido:

– Majestade, eu vos servi com dedicação por 10 anos. Peço-vos que me conceda 10 dias de vida antes de me mandar jogar aos cães.  

O rei concedeu.

Continue lendo “O Rei, o Servo e os Cães Selvagens”

A Carta do Reino dos Céus

Comentário ao Evangelho do VI Domingo do Tempo Comum

As bem-aventuranças enunciadas por Jesus mudaram o curso da História e marcaram o início de uma nova era: o Cristianismo. A crueldade do mundo pagão foi assim ferida de morte. E a doutrina da obediência à Lei requintou-se até alcançar um sublime grau: a prática do amor e o desejo de santificação

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP

Os primeiros passos para a fundação da Igreja

Com a eleição dos doze Apóstolos, concluiu Jesus com chave de ouro a primeira fase do ensino. Tornava-se agora necessário expor sua doutrina de maneira metódica, a fim de conferir um embasamento lógico a todas as suas ações e ensinamentos.
E é nessa sequência que se insere o Sermão da Montanha.

Continue lendo “A Carta do Reino dos Céus”

O Poço e a Pedra

Um monge peregrino caminhava por uma estrada quando, do meio do matagal, veio um homem ainda jovem de grande estatura e com olhos muito tristes. Assustado com aquele aparecimento inesperado, o monge parou e perguntou se poderia fazer algo por ele. O rapaz abaixou os olhos e murmurou envergonhado:

“Sou um criminoso, um ladrão. Perdi o afeto de meus pais, parentes e amigos. Como quem afunda todo na lama, tenho praticado crime após crime. Tenho receio do futuro e não sinto sossego em nenhum instante. Vejo que o senhor é um monge, e por favor, ajude-me a sair deste sofrimento, desta angústia!”– pediu ajoelhando-se.

O monge, que compadecido ouviu tudo em silêncio, olhou aquele homem por alguns instantes e disse: “Estou com muita sede. Há alguma fonte por aqui?”

Continue lendo “O Poço e a Pedra”

Santa Josefina Bakhita

A Igreja celebra em 8 de fevereiro o dia de Santa Josefina Bakhita, a “santa irmã morena”, como era conhecida. Conheça um pouco de sua história.

Nascida no Sudão em 1869, foi raptada por traficantes de escravos, os quais lhe impuseram o nome de Bakhita, que significa “Afortunada”.   Após ser vendida várias vezes no mercado, teve a dita de ser comprada pelo cônsul italiano, Callisto Legnani, em cuja casa foi pela primeira vez tratada com bondade e carinho.  

Continue lendo “Santa Josefina Bakhita”

O Santo Abandono

O Bem-aventurado Henrique Suso caminhou muito tempo por esta via dolorosa, e eis os ensinamentos que recebeu do Céu

Uma voz interior lhe disse: “Henrique, abre a janela de tua cela, observa bem o que veres e aprende uma lição da vida”. Ele abriu e viu um cão que corria pelo claustro do convento, tendo na boca um pequeno tapete. O animal mordia o tapete, lançava-o no ar, arrastava-o pelo chão e fazia-lhe rasgos.

 Essa voz interior lhe disse a seguir: “Assim você será arrastado e rasgado pelas  palavras de teus irmãos de hábito. E veja só como o tapete se deixa maltratar de todos os modos, e em silêncio, e você faça o mesmo. É preciso resignar-se a isso”. Ele desceu ao claustro, pegou o tal tapete e o guardou consigo durante muitos anos como um  valioso tesouro.

Continue lendo “O Santo Abandono”