Quanto à Eucaristia, Direitos e Deveres

Tributem os fiéis a máxima veneração à Santíssima Eucaristia, tomando parte ativa na celebração do sacrifício augustíssimo, recebendo este sacramento frequentemente e com muita devoção, dando-lhe culto com suma adoração (Código de Direito Canónico, cânon n° 898 )

Pe. Rafael Ramón Ibarguren Schindler*, EP

Praça de São Pedro, Estado do Vaticano

Entende-se por Direito o conjunto de normas que são estabelecidas para reger uma sociedade determinada.

Naturalmente, essas normas se dispõem de maneira obrigatória e seu não cumprimento pode acarretar uma sanção.

A Igreja, como o Estado ou qualquer outra sociedade, tem seu direito próprio, o Direito Canônico. Nada mais lógico, uma vez que ela é uma sociedade visível, instituída e organizada hierarquicamente, que trata das necessidades e das obrigações dos fiéis.

O Código de Direito Canónico vigente na Igreja Latina foi promulgado por São João Paulo II em 25 de janeiro de 1983.

Ele compõe-se de normas jurídicas que alcançam o amplo campo da vida eclesial; algumas são vinculantes e por isso obrigam-se em consciência, outras são discricionárias, e outras, por fim, exortativas.

Em todo caso, “a salvação das almas deve ser sempre a lei suprema da Igreja” (CDC, n° 1752).

Em uma de suas partes, o Código refere-se à função de santificar da Igreja; trata aqui sobre os sacramentos, e de modo saliente sobre o mais augusto deles que é a Santíssima Eucaristia. Com a meticulosidade que comporta, se aborda o relativo e como se celebra, clarificando as competências de clérigos e leigos.

Antes de adentrar em todo o referente à práxis do culto eucarístico, o cânon n° 898 estabelece o seguinte:

“Tributem os fiéis a máxima veneração à Santíssima Eucaristia, tomando parte ativa na celebração do sacrifício augustíssimo, recebendo este sacramento frequentemente e com muita devoção, dando-lhe culto com suma adoração: os pastores de almas, ao expor a doutrina sobre este sacramento, inculquem diligentemente aos fiéis esta obrigação”.

Eis aqui enunciada uma normativa que abarca obrigações iniludíveis que competem a todos os batizados. Como mãe e mestra, a Igreja nos ensina a ser consequentes com a Fé que professamos, e o faz com palavras graves e definitivas: “máxima veneração”, “parte ativa”, “muita devoção, “suma adoração”.

E referindo-se ao sacramento da Santíssimo Eucaristia, ele chama de “augustíssimo sacrifício”.

A força dos termos não admite erros e pode surpreender a certos católicos mornos, infectados pelo relativismo prevalecente no mundo hoje, que também está se tornando comum, infelizmente, dentro da Igreja.

Santíssimo Sacramento exposto na Basílica Nossa Senhora do Rosário dos Arautos do Evangelho

“Máxima veneração”, sim, porque se a Eucaristia é o mesmo Deus presente entre nós, o maior tesouro não criado que você pode imaginar como professa uma veneração medida, mediana ou medíocre a um Deus incomensurável que está tão perto?

Veneração máxima é o que cabe!

“Parte ativa”. Pode-se dizer que muitas pessoas que frequentam Missas dominicais e semanais, não se envolvam adequadamente com a Palavra que lhes é servida.

As leituras da liturgia – é o Espírito Santo falando – são de grande benefício para os fiéis, próprios para ilustrar as mentes, tocar corações e mover vontades.

Mas, a semente tantas vezes não cai, como deveria, em solo fértil.

“Nosso Senhor explicando aos Apóstolos a parábola do semeador” – Catedral de Santo Isaac, São Petersburgo (Rússia)

Na famosa parábola do semeador (Mt 13, 3-9) Jesus já denunciava: a semente também cai em áreas pedregosas, no meio dos cardos ou nos caminhos da vida onde é pisado por homens ou comido por pássaros.

Veja como está o mundo …

E a comunhão, o banquete eucarístico? Muitos não comungam … por que terão lá suas razões; eles entram no banquete e não provam o bocado.

Muitos outros vão mecanicamente para receber o Senhor com disposições internas ou externas (roupas, posturas) que não são adequadas para receber o Cordeiro de Deus.

Felizmente, claro, há aqueles que estão preparados e comungam com fruto. Nós vemos como se dá aplicação completa da parábola Evangélica.

Primeira Comunhão – Igreja Nossa Senhora do Carmo dos Arautos do Evangelho

Tomar “parte ativa” não é sentar, ficar de pé ou ajoelhar quando a rubrica manda, envia, ou dar a paz, às vezes com efusões excessivas …

Parte Ativa é compenetrar-se com o mistério que se celebra e por nele toda a atenção que por vezes é dissipada o telefone celular, distrações ou, simplesmente tédio.

“Muita devoção”. A devoção parte de uma impostação interior mas que deve testemunhar-se. Tem-se que ser devoto e tem que demonstrar-se isso.

Claro que não para vangloriar-se mas em atenção a Deus presente e aos circunstantes.

Por que em um casamento se vai tão elegante (e não sempre com recato) e para a Eucaristia se vai de qualquer maneira? Lamentavelmente, isto é assim; é um desajuste que grita. Ensina-se às crianças da primeira comunhão a ser devotos e criteriosos. No entanto, parece que a idade vai tornando opaca esta exigência e, com o tempo tudo passa valer.

“Suma adoração”. Se adorar é o ato máximo de culto, parece uma redundância falar de “suma adoração”. Porém trata-se disso. Porque, uma vez mais, para Deus, tudo é pouco e nada basta; e qualquer “exagero” neste empenho ficará curto.

Que distância se está desta disposição quando os afazeres do mundo desprezam o culto de suma adoração que se deve exclusivamente a Deus! Quando omitimos as obrigações devidas a Deus, deixamos de tributar a gloria que Ele tem direito de receber da parte de seus filhos, pelo que se entregou à morte.

É verdade que Ele não precisa de nada nem de ninguém, mas conta com nosso concurso para que sua gloria acidental seja satisfeita, e se dê nossa salvação.

Uma preocupação mal concebida pelos propalados direitos humanos, vai tirando da consciência dos homens os direitos de Deus.

Esquecemos que Deus se fez homem e viveu entre nós ficando tantas vezes só no altar, na custódia e nos sacrários.

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*Conselheiro de Honra da Federação Mundial das Obras Eucarísticas e da Igreja.

Veja também: Como rezar bem o Rosário

Lembrança da IX Peregrinação a Aparecida

A todos os membros do Apostolado do Oratório que estiveram presentes na IX Peregrinação a Aparecida foi entregue uma singela lembrança

Foi confeccionado um pequeno “oratório” contendo uma foto de Nossa Senhora Aparecida com uma bela oração a Rainha e Padroeira do Brasil.

No fim desse post, você pode também baixar o arquivo dessa lembrança.


Consagração a Nossa Senhora Aparecida

Ó Virgem Imaculada, Senhora Aparecida, Soberana do povo
brasileiro, nossas almas transbordam de gratidão por Vós, pois vosso
Coração amou particularmente nosso país, escolhendo-o para que fosse
vosso predileto domínio, receptáculo privilegiado de vosso amor, nação
destinada a ter um especialíssimo vínculo convosco.

Quando vossa santa imagem apareceu nas mãos de alguns
pescadores, não era a missão do Brasil que estava ali representada?
Pessoas fracas e débeis, porém chamadas a Vos retirar do fundo do
esquecimento e do lodo da indiferença do mundo moderno, para Vos
edificar um esplendoroso Reino, onde sereis colocada no devido lugar de
honra que mereceis.

Entretanto, Senhora, quantas infidelidades a este chamado! Quantas
vezes fechamos os ouvidos à vossa voz!

Queremos Vos pedir perdão, em nome de tantos brasileiros, por
muitas vezes não termos seguido o vosso apelo. Também agradecer-Vos
por terdes, em vossa bondade, suscitado por meio de nosso fundador,
Mons. João Scognamiglio Clá Dias, sem olhardes para nossas faltas,
uma Obra devotada ao vosso serviço, que hoje se consagra a Vós a fim
de implorar todas as graças, favores e proteções para nossos lares, nossa
nação e para a Santa Igreja.

Dignai-Vos, Senhora e Mãe nossa, receber em vossos braços
maternais a cada um dos membros desta grande família dos Arautos do
Evangelho, para que possamos Vos honrar e servir agora e por toda a eternidade.

Assim seja!

Clique aqui e baixe o arquivo completo da lembrança. Compartilhe com seu grupo, familiares e amigos.

Grande fervor mariano na IX Peregrinação Nacional ao Santuário de Aparecida

Alegrei-me quando me disseram: “Vamos à Casa do Senhor”. Eis que nossos pés chegaram às tuas portas, ó Jerusalém!… (salmos 122, 1-2)

Pe. Jorge Gustavo Antonini, EP

O Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, para onde se volta continuamente o olhar de todos os brasileiros que têm fé, amanheceu ainda mais colorido e alegre neste último sábado, 11 de agosto. Mais de 10 mil peregrinos e membros do Apostolado do Oratório dos Arautos do Evangelho, vindos de centenas de cidades brasileiras, se reuniram para louvar a Rainha e Padroeira do Brasil.

Revestidos da capa laranja com a característica cruz dos Arautos, levavam em suas mãos o Oratório do Imaculado Coração de Maria.

Às 7h30 os peregrinos já se concentraram em frente à Tribuna Papa Bento XVI. A cerimônia teve início às 8 horas com a solene procissão de entrada da Imagem de Nossa Senhora Aparecida, recebida com entusiasmo pelos milhares de fiéis.

Pe. Dartagnam de Oliveira, EP em sua alocução

O Padre Dartagnan de Oliveira, dos Arautos do Evangelho, ressaltou, em suas palavras de acolhida, todo o alcance histórico daquele acontecimento. Disse o sacerdote:

“Aqui nós cumprimos uma promessa. Todos os que aqui se encontram, sejam religiosos arautos do evangelho, sejam as religiosas consagradas, os terciários, as famílias que portam o oratório, cumprimos a promessa, uma promessa feita a um menino. Um menino que quando era muito novo, na cidade de São Paulo, estava andando em um bonde. Chamava-se Plinio Corrêa de Oliveira.

Naquele bonde, pensando o que Deus quereria dele. Qual seria o seu caminho? Nesse momento, diante de si, de uma forma sobrenatural algo se abriu diante dele e ele viu um grande cortejo onde bispos, sacerdotes, religiosos, religiosas e fiéis se encontravam para iniciar um reino. Que reino seria esse? O Reino de Maria!

O menino Plinio em sua Primeira Comunhão

Esse menino, o pequeno Plinio, passou toda a sua vida recordando-se que um dia Nossa Senhora lhe tinha mostrado o caminho. O caminho para que Ela fosse glorificada.

E se hoje aqui nós nos encontramos, é para cumprir uma promessa. A promessa feita a um pequeno menino que um dia se tornou um grande varão. Um varão de fé, um varão de amor que fez com que sua obra, pelas mãos de Monsenhor João, pudesse glorificar a Nossa Senhora implorando que seu Reino fosse implantado na Terra.

Vamos então neste dia de hoje, cumprindo uma promessa, fazer um ato de agradecimento. Agradecermos a Nossa Senhora ter-nos dado esse menino, esse pequeno Plinio que transformou nossas vidas e nos trouxe até os pés de Nossa Senhora.”

Às 10h 30min teve início a Santa Missa presidida por Dom Benedito Beni dos Santos, Bispo Emérito de Lorena (SP). Em sua homilia, lembrou a importância da fé e a devoção a Nossa Senhora.

Dom Beni durante o sermão

“Estamos reunidos neste Santuário para prestar a Nossa Senhora nosso culto que nos aproxima cada vez mais do Cristo. (A Virgem Maria) favorece o culto, porque Ela tem uma relação especial com a Trindade. O Pai A escolheu e A preparou tornando-A cheia de graça. O Filho, Ela o concebeu em seu seio, para nos salvar. E o Espírito Santo foi quem concebeu o Filho, Ela era cheia de graça e por isso sempre foi plena do Espírito Santo”, declarou Dom Benedito Beni. (LMI)

Os devotos que chegaram na sexta-feira puderam participar da Celebração na Basílica Velha e da já tradicional e belíssima Procissão Luminosa, em direção à Basílica Nova.

A realização dessa Peregrinação é um dos pontos altos do nosso movimento, especialmente por seu caráter de comunhão eclesial, por ser a ocasião do encontro das centenas de paróquias onde o Apostolado do Oratório está presente.

Já estamos com os olhos postos no próximo ano, no qual faremos a nossa décima Peregrinação! Contamos desde já com a presença redobrada de toda família do Apostolado do Oratório para este momento tão importante. Prepare sua caravana!

 Veja fotos da Peregrinação.

Clique nas fotos para visualizá-las em tamanho grande

Apostolado do Oratório reúne 10 mil pessoas no Santuário de Aparecida

Segue abaixo transcrição da notícia publicada no Portal A12 de Aparecida

Cerca de 10 mil pessoas participaram neste sábado (11) no Santuário de Aparecida da IX Romaria Nacional do Apostolado do Oratório, missão pertencente à Associação Arautos do Evangelho.

A missa foi presidida pelo bispo emérito de Lorena (SP), Dom Benedito Beni, e contou com a participação de religiosos da associação e milhares de leigos do Apostolado, responsáveis pela missão dos oratórios do Imaculado Coração de Maria.

Dom Beni destacou em sua homilia a importância da fé e a devoção a Nossa Senhora. Segundo ele, a fé não elimina o sofrimento, mas dá força pra enfrentá-lo com a cabeça erguida.

Explicou também que “a fé é o acendimento da inteligência das verdades reveladas por Deus” e que é um dom para benefício pessoal.

Dirigindo-se à Romaria, o bispo recordou os três componentes principais da espiritualidade dos Arautos do Evangelho: ter como centro a Eucaristia, possuir obediência filial ao papa e uma profunda devoção a Nossa Senhora.

“Estamos reunidos neste Santuário para prestar a Nossa Senhora nosso culto que nos aproxima cada vez mais do Cristo”, ressaltou o celebrante que em seguida explicou:

“Favorece o culto, porque Ela tem uma relação especial com a Trindade. O Pai a escolheu e a preparou tornando-a cheia de graça. O Filho, ela o concebeu em seu seio, pra nos salvar. E o Espírito Santo foi quem concebeu o Filho, ela era cheia de graça e por isso sempre foi plena do Espírito Santo”.

Arautos do Evangelho

Arautos do Evangelho é uma Associação Internacional de Fiéis de Direito Pontifício, composta por membros da vida consagrada, sacerdotes e leigos, além disso, conta com o Apostolado do Oratório presente em mais de 90% das dioceses brasileiras.

Os membros do Apostolado do Oratório levam a devoção a Maria através da peregrinação de um Oratório com a imagem do Imaculado Coração de Maria a muitas famílias, incentivando-as à oração do Rosário.

 


Fonte: Portal A12. Acesse e veja mais

Devoções do Primeiro Sábado no Brasil

Na cerimônia de devoção dos Primeiros Sábados, os membros do Oratório e suas famílias se rejubilam em atender o pedido de Nossa Senhora

Catedral da Sé – São Paulo

A uma semana da IX Peregrinação do Apostolado do Oratório em Aparecida, diversos grupos realizaram em suas paróquias e comunidades a devoção dos Primeiros Sábados.

As cerimônias transcorreram num ambiente de muita devoção e enlevo, sempre com seriedade, zelo e com o objetivo de atender os pedidos feitos por Nossa Senhora na Cova da Iria em Fátima, Portugal.

Segue registro fotográfico de algumas dessas cerimônias.

Cascavel PR – Paróquia São Francisco de Assis
Lençóis Paulista SP – Paróquia São Pedro e São Paulo
Cordeiro RJ Capela Nossa Senhora Aparecida
Cuiabá MT – Paróquia São João Bosco


Clique nas fotos abaixo para visualizá-las em tamanho grande

Veja também: IX Peregrinação anual ao Santuário de Aparecida 

Juntos em Aparecida!

Faltam poucos dias para estarmos juntos e unidos aos pés de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil

Pe. Antonio Guerra, EP, Assistente Espiritual do Apostolado do Oratório

No sábado, 11 de agosto, nosso primeiro encontro será às 07h30 para a concentração diante da Tribuna Bento XVI onde recitaremos o Terço Solene, agradecendo a Nossa Senhora tantas graças, bençãos e favores recebidos durante esse último ano.

E cientes que a melhor maneira de agradecer é pedir mais, rogaremos à Padroeira do Brasil por nosso país, nossas famílias, pelo triunfo de seu Imaculado Coração no mundo todo, além, é claro, por todas as intenções pessoais dos peregrinos.

Em seguida, teremos a celebração da Santa Missa na Basílica.

Nossa ansiedade aumenta a cada dia por esse momento tão importante.

Com o desejo de encontrar a todos e a cada um na Casa de Nossa Mãe e Rainha, despeço-me com minha benção sacerdotal.

Em Jesus e Maria

Pe. Antonio Guerra, EP

Veja mais: Procissão Luminosa em Aparecida

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