Com razão se chama Maria sobre todas as mulheres cheia de graça, porque somente Ela conseguiu uma graça tão singular, que nenhuma outra criatura a merecido semelhante, pois ficou cheia de graça do mesmo Autor da graça.
Santo Ambrósio
“O pensamento assíduo e a invocação amorosa de Maria são sinais certos de que a alma não está morta pelo pecado.”
São Luís Grignion de Montfort
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Pela boca dos Padres da Igreja, dos santos e teólogos nos ensina a doutrina cristã que de forma alguma Maria nos afasta de Cristo, pelo contrário, Ela sempre nos conduz a Ele, por amor, fidelidade, missão e dignidade. No século XII, o doutor melífluo, São Bernardo de Claraval, em uma de suas homilias afirmou que todo e qualquer louvor dirigido por nós à Virgem Santíssima pertence ao Seu Divino Filho. E o reverso também é verdadeiro, todas as vezes que honramos a Cristo, não nos afastamos de Sua gloriosa Mãe.
Fiel devoto de Maria, o Mons. João Scognamiglio Clá Dias, fundador dos Arautos do Evangelho, reafirma esta verdade numa frase sintética e, ao mesmo tempo, cheia de beleza:
“Devemos rezar com Maria, trabalhar com Maria e viver na presença de Maria; para que Ela nos mostre o bendito fruto de Seu ventre, Jesus.”
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Sem nenhum demérito para com Nossa Senhora, São Luís Grignion de Montfort, em seu Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, ensina que Maria, comparada à Majestade infinita do Altíssimo, é menos que um átomo. Mas que Ele, embora não tivesse absoluta necessidade d’Ela, quis servir-se de Maria na Encarnação.
Aceitar a predileção de Deus por Aquela que é ao mesmo tempo Sua Filha, Mãe e Esposa é, além de um ato de humildade e submissão, uma forma de unir-se a Deus no amor que Ele reserva especialmente para com a Santíssima Virgem.
Como nos afirma São Maximiliano Kolbe, não devemos ter receio de amar demasiadamente a Maria, já que nunca A amaremos com a intensidade com que Jesus A amou.
Sim, toda Igreja está em dívida com a Virgem Maria, já que por meio d’Ela recebeu a Cristo, de modo semelhante deve a São José, depois d’Ela, uma especial gratidão e reverência.
São Bernardino de Siena
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Hoje transcrevemos uma das inúmeras e inspiradas frases de Santa Teresa Benedita da Cruz, a religiosa carmelita de nome Edith Stein, mártir da perseguição nazista. Seu comentário a respeito do olhar diligente, maternal e protetor da Mãe de Deus faz-nos lembrar do que nos diz São Luís Grignion de Montfort no Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, quando recorda que foi por Maria que Nosso Senhor quis começar os seus milagres, como ocorreu com a santificação de São João Batista no ventre de Santa Isabel e, na vida adulta, quando, a pedido d’Ela, Cristo converteu a água em vinho, nas núpcias de Caná da Galileia.
A propósito, em outro trecho de sua obra, o religioso adverte: “porque os servos nas bodas de Caná seguiram o conselho da Santíssima Virgem, foram honrados com o primeiro milagre de Jesus Cristo (em sua vida pública)”.
À luz do que diz São Luís, as palavras abaixo de Santa Teresa Benedita da Cruz nos indica o quanto Maria ama e ampara os seus fiéis devotos num humilde, despretensioso e providencial silêncio.
“Que possamos voltar o nosso olhar à Mãe de Deus, Maria, nas bodas de Caná. O seu olhar silencioso e perscrutador observa tudo e repara onde falta alguma coisa. E antes que alguém perceba e ocorra algum embaraço, ela já prestou a sua ajuda. Encontra meios e modos, dá as indicações necessárias, e isso tudo em silêncio, sem deixar perceber nada.”
Santa Teresa Benedita da Cruz
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