Uma meditação para a Semana Santa

Por Plínio Corrêa de Oliveira

Estamos na Semana Santa, e é o momento de fazermos uma reflexão a esse respeito. Sugiro a cada um de se colocar sozinho diante do Crucifixo, diante da imagem de Nossa Senhora das Dores, e esquecer as preocupações diárias por um instante, e assim, diante de Deus, fazer estas perguntas:

* * * * *

Eu tenho consciência do que custou a minha salvação? Tenho ideia das dores que custaram as graças todas que tenho recebido?

Tenho ideia de  que  no  alto  da Cruz, Nosso Senhor Jesus Cristo pensou nominalmente em cada pessoa, desde o começo até o fim do mundo?

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Um dom demasiadamente menosprezado

Se não existisse a Eucaristia quem seria capaz de imaginá-la? Que pessoa extraordinariamente sábia, ou que altíssimo anjo de luz, um serafim, por exemplo, teria capacidade de idealizar essa originalidade única?

Pe. Rafael Ramón Ibarguren Schindler*

Ninguém poderia conceber semelhante maravilha; nenhum santo, nenhum anjo. Somente o Sagrado Coração de Jesus pode criar e nos oferecer essa maravilha que é a Eucaristia!

Maravilha, em primeiro lugar, porque se trata de sua mesma presença, de sua Pessoa divina e gloriosa; já que na Eucaristia está Jesus ressuscitado, como se encontra a direita do Pai.

Maravilha também porque essa presença se reproduz em todos os lugares da terra onde haja uma hóstia sobre a qual se tenha pronunciado as palavras da instituição eucarística.

Portanto, Deus está multiplicado em milhões e milhões de partículas e até em um sem fim de migalhas que possam eventualmente desprender-se das espécies consagradas: em cada porção do pão consagrado, por pequena que seja, está Jesus, inteiro, Deus e homem verdadeiro.

Maravilha ainda, porque ao operar-se a transubstanciação do pão e do vinho no curso da Missa, ao sacerdote que celebra e aos fiéis que participam, ainda que indignos, se aplica o tesouro dos méritos infinitos do sacrifício do Calvário.

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A ressurreição de Lázaro

V Domingo da Quaresma

O grande amor de Jesus àquela família de Betânia tornava incompreensível sua aparente indiferença perante a enfermidade de Lázaro. Mas quando Deus tarda em intervir é por razões mais altas e porque certamente nos dará com superabundância

Mons. João S. Clá Dias, Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório

 


O porquê dos milagres

Ao conceder a um taumaturgo a faculdade de realizar milagres, explica São Tomás, Deus tem por objetivo “confirmar a verdade por este ensinada”. O motivo principal se encontra na fé, pois a razão humana não tem suficiente altura para acompanhar os horizontes dessa virtude, e por isso muitas vezes é necessário serem as afirmações de caráter sobrenatural confirmadas pelo poder de Deus.

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A pior cegueira…

IV Domingo da Quaresma
(Domingo Lætare)

Ao operar o milagre da cura de um cego de nascença, Nosso Senhor Jesus Cristo mostra que há cegueira pior que a dos olhos corporais: a da alma, que impede o desenvolvimento da luz sobrenatural infundida em nossas almas pelo Batismo

Mons. João S. Clá Dias, Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório

 


Nesta vida terrena, temos na alma apenas uma semente de visão beatífica. Mas, ao passarmos para a eternidade, ela se desenvolverá como uma árvore, e desaparecerão por completo os véus que cobrem a fé e a esperança, e veremos a Deus face a face. A Liturgia do 4º Domingo da Quaresma, Domingo da Alegria, nos traz a jubilosa esperança da plena posse dessa visão.

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Como será a felicidade eterna?

II Domingo da Quaresma

A Transfiguração foi para os discípulos um antegozo do Céu e uma imensa consolação para enfrentar as futuras provações da Paixão e Morte de Jesus. Também todo batizado recebe consolações, como estímulo para perseverar no serviço de Deus

Mons. João S. Clá Dias, Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório

 


São Paulo declara aos coríntios ter sido arrebatado ao Céu, em certo momento de sua vida, onde ouviu o que era impossível transmitir e menos ainda explicar: “foi arrebatado ao Paraíso e lá ouviu palavras inefáveis, que não é permitido a um homem repetir” (II Cor 12, 4).

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O significado de 13 invocações “curiosas” da Ladainha de Nossa Senhora

Vaso Honorífico… Torre de Marfim… Casa de Ouro… Por que nos referimos assim a Maria? Aliás, qual é a origem das ladainhas?

A palavra ladainha tem origem grega e quer dizer súplica. Desde os inícios da Igreja, as ladainhas foram utilizadas para indicar as súplicas rezadas em conjunto pelos fiéis, particularmente durante as procissões. Existe uma grande quantidade de ladainhas, conforme o que é pedido nas diversas procissões.

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