Caríssimos coordenadores, coordenadoras, participantes e leitores de nosso blog, Salve Maria!
Por ocasião do Santo Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, pedimos ao Menino Deus, por intercessão da Santíssima Virgem e de seu Castíssimo Esposo São José, que conceda a todos e a cada um suas melhores graças e bênçãos e que estas se prolonguem durante o ano de 2018.
Agradecemos a valiosa dedicação de todos, que tornou possível a evangelização de tantas famílias neste ano e pedimos à Santíssima Virgem que fecunde ainda mais esse importante apostolado ao longo do novo ano que se aproxima.
Que o Menino Jesus cresça em graça e santidade (Lc, 2, 40) no coração de todos e de cada um, atraindo para Si as almas eleitas que verão, por fim, o triunfo do Imaculado Coração de Maria.
Quando a escuridão do pecado parecia dominar o mundo, nasce em Belém um Menino, que nos deixou sua luz a refulgir por todos os tempos
Ir. Leticia Gonçalves de Sousa, EP
Há certas horas da noite em que as trevas parecem estender seu reinado por toda a parte. As alegrias e vivacidades do dia são substituídas por uma densa obscuridade, pervadida de silêncio e carregada com o pesado fardo da incerteza e do perigo. Perante ela poder-se-ia perguntar: terá triunfado definitivamente a escuridão sobre a luz? A resposta, porém, está na espera… Em determinado momento, uma tênue réstia de luz quebra o negrume da noite e uma claridade suave começa a desvendar as belezas da criação.
É a aurora que chega, anunciando o dia! Não obstante, existem trevas muito mais densas e terríveis do que as da noite: são as do pecado, que passaram a dominar o mundo depois da culpa original. E para vencê-las foi preciso também esperar, durante séculos!… Até que “a luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela” (Jo 1, 5). Quando tudo parecia imerso nas sombras da morte, nasce “a verdadeira luz” (Jo 1, 9), Deus feito Homem, o Cordeiro Imaculado posto nas palhas de um Presépio, para redimir o gênero humano e vencer as trevas do pecado.
“Na mais feliz noite da História, os atributos de Deus se tornaram menos impenetráveis para nós. Jesus, além de externar a grandeza de sua onipotência, elevando o homem à divinização pela graça, pôde dizer-Se impecável: ‘Quem de vós Me acusará de pecado?’ (Jo 8, 46). […] Essas dádivas todas começaram seu curso na Gruta de Belém, trazidas pelo Menino Deus, coberto não só pelo estrelado manto da noite, como também por um véu de mistério”.1
E que mistério!… Mesmo depois de consumada a Redenção, quis Ele deixar sua luz a refulgir por todos os tempos na Santa Igreja Católica Apostólica Romana. Ela é a dispensadora das graças, pelos Sacramentos, e transforma as almas mais gélidas e obscuras em autênticos faróis de santidade. É ela que matiza o céu da História, ora com as luzes da inocência, ora com a brilhante púrpura do sofrimento, ora com o lilás das almas penitentes. Que nela fulgure sempre a luz de Cristo, e que Maria Santíssima, Mãe da Igreja, ao trazer ao mundo a aurora da salvação, obtenha a graça de que sua ação se estenda pelos quatro cantos da Terra, conquistando todos os povos para seu Divino Filho, que veio como “luz para iluminar as nações” (Lc 2, 32).
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1 CLÁ DIAS, EP, João Scognamiglio. Eternidade feliz. In: O inédito sobre os Evangelhos. Comentários aos Evangelhos dominicais. Domingos do Advento, Natal, Quaresma e Páscoa – Solenidades do Senhor que ocorrem no Tempo Comum. Ano A. Città del Vaticano-São Paulo: LEV; Lumen Sapientiæ, 2013, v.I, p.120.
No sentido de fazer com que todos nos sintamos mais do que nunca filhos de Jesus, Maria e José, o Coral dos Três Arcanjos fará uma Cantata Natalina em três cidades: Elias Fausto/SP no dia 15 de dezembro. Na Capital Paulista, na casa da Coordenação Nacional do Apostolado do Oratório, dia 16, e também em Itaquaquecetuba/SP no dia 17
A noite de Natal deve fazer com que nós nos sintamos mais do que nunca filhos de Jesus, filhos de Maria, filhos de São José. Filhos adotivos da Sagrada Família, portanto, irmãos uns dos outros. Nessa noite, devemos estar desejosos de termos um acréscimo do afeto recíproco, uma aumento desses vínculos que a Providência quer instituir entre nós e que são vínculos que nos conduzem ao perdão recíproco, à generosidade, aos esquecimentos das faltas, nos levam a renovar toda nossa boa vontade para com os outros, talvez um pouco cansada pelos desgastes dos dias, dos anos dos trabalhos. (Plinio Corrêa de Oliveira)
Movidos pelo espírito natalino, cooperadores e associados dos Arautos do Evangelho, angariaram fundos para aquisição de brinquedos e doces e presentearam crianças em Caieiras/SP
“Deixai vir mim as criancinhas” (Mc 10, 13-16)
No dia 10 de dezembro, domingo, os alunos da Escola Municipal Geraldo Malta tiveram uma grande surpresa; foram presentados com brinquedos e doces. A iniciativa partiu dos cooperadores dos Arautos do Evangelho, e membros do Apostolado do Oratório, os quais, atendendo a solicitação da diretoria da mencionada escola, não mediram esforços para levar a alegrias àquelas crianças.
O evento contou também com a presença de dois sacerdotes, que abençoaram a escola e suas dependências, bem como, um animado coro e banda de alunos do Colégio e Seminário dos Arautos do Evangelho, que encantou as crianças e seus pais com uma cantata natalina.
Nossos corações e almas se voltam para a jubilosa celebração do Natal
Nasceu-nos um Menino, um Filho nos foi dado
O amor de Deus pelo homem é imenso, desde toda a eternidade, como Ele mesmo nos diz pela boca do profeta Jeremias: Eu te amei com amor eterno e por misericórdia te tirei do nada (Jr 31,3). Porém, como nos ensina Santo Afonso de Ligório, esse amor apareceu em toda a sua grandeza quando o Filho de Deus se fez ver sob a forma duma criança reclinada sobre palha num estábulo. Foi então que se manifestou a bondade, a ternura e o amor únicos do nosso Deus Salvador aos homens.
E para nos inspirar mais confiança
Não temamos, pois, se realmente desejamos nos emendar e mudar nossos maus hábitos, esforçando-nos em amar somente a Jesus Cristo. Em vez de nos apavorarmos, confiemos; em vez de nos afligir, alegremo-nos! O Senhor protesta que quer esquecer-se de todas as ofensas de um pecador que se arrepende: Se o ímpio fizer penitência, não me recordarei de todas as suas iniquidades. E para nos inspirar ainda mais confiança, nosso divino Salvador se fez menino. Afinal, quem temeria aproximar-se de uma criança? As crianças nada têm de terrível, respiram só doçura e amor.
A Santa Igreja reserva o domingo posterior ao Natal para cultuar e festejar a Sagrada Família, convidando-nos a refletir sobre o valor e o verdadeiro sentido da instituição familiar. Ela é a célula-mãe, o fundamento da sociedade, e se hoje assistimos a uma tremenda crise moral na humanidade, isso se deve em certa medida à desagregação da família. Abalada esta, o resto da sociedade não se sustenta.
Lemos no Gênesis que, depois de criar o homem e a mulher, Deus abençoou-os e lhes disse: “Frutificai e multiplicai-vos” (1, 28). Era a primeira família, formada por mãos divinas. Esta união é tão adequada à natureza humana que no Antigo Testamento não se compreendia o celibato, salvo no caso de vocações muito especiais como, por exemplo, a de Santo Elias. Não ter filhos, morrer sem descendência era considerado um sinal de castigo e de maldição.
A finalidade da família
Com Nosso Senhor Jesus Cristo, a família adquire caráter sobrenatural pela elevação da união matrimonial, contrato natural, à categoria de Sacramento, simbolizado na misteriosa e indissolúvel união entre Cristo e sua Igreja. Isto contraria a ideia errada, em voga na atualidade, de que a família não tem um objetivo religioso, mas apenas social ou afetivo.
Bem outro é, todavia, o conceito expresso por Nosso Senhor: “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo” (Mt 6, 33). Quando no seio da família se procura o Reino de Deus, ou seja, a santidade, tendo como modelo supremo Jesus, Maria e José, todo o resto – dinheiro, comida, lar, etc. – vai ser concedido por acréscimo. É mister trabalhar para ganhar o pão com o suor do rosto (cf. Gn 3, 19), mas não é essa a finalidade principal da família. Ela existe para educar os filhos na sabedoria e encaminhá-los para o Céu, pois estamos nesta Terra de passagem, preparando-os, portanto, para enfrentar as tribulações deste vale de lágrimas com vistas à eternidade.
Como deve ser a vida familiar santa
São Paulo, em sua Epístola aos Colossenses (3, 12-21), nos mostra como deve ser uma vida familiar regada pelo amor mútuo: “Vós sois amados por Deus, sois os seus santos eleitos. Por isso, revesti-vos de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, suportando–vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente se um tiver queixa contra o outro. Como o Senhor nos perdoou, assim perdoai também. Mas, sobretudo, amai–vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição” (Col 3, 12-14). Dentro do convívio familiar deve existir um amor intenso, nem sentimental nem romântico, decorrente do amor a Deus e visando antes de tudo a santificação do outro cônjuge e de toda a família.
É impossível – ao contrário da ideia divulgada por certos filmes ou novelas – viver sem dificuldades. “Militia est vita hominis super terram – A vida do homem sobre a Terra é uma luta” (Jó 7, 1). Eis a verdadeira chave da felicidade familiar: o respeito recíproco entre os esposos. Nunca discutirem ou se desentenderem, sempre dispostos a perdoar as fraquezas mútuas, a suportar as diferenças temperamentais, adaptando-se às preferências do outro. Eloquente exemplo da abnegação que deve imperar em cada lar encontramos no Evangelho escolhido pela Igreja para a festa da Sagrada Família.