O penhor marial de nossa ressurreição

Solenidade da Assunção de Nossa Senhora

Na Assunção da Virgem Maria aos Céus, Deus antecipa seu desígnio em relação à humanidade: a ressurreição e triunfo dos justos no dia do Juízo Final

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP, fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório

Glorioso cume de santidade

A exemplo de Maria

A Santa Igreja Católica, ao comemorar a Solenidade da Assunção de Maria Santíssima, compõe a Liturgia com um objetivo definido, sintetizado na Oração do Dia: “Deus eterno e todo-poderoso, que elevastes à glória do Céu em corpo e alma a Imaculada Virgem Maria, Mãe do vosso Filho, dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de participarmos da sua glória”.1 Nossa condição humana, tão cheia de lutas e de dramas, e ao mesmo tempo de graças, tende a voltar-se para as realidades concretas que nos cercam ― saúde, dinheiro, relações, etc. ―, esquecendo-se das maravilhas sobrenaturais, quando na verdade sua contemplação é essencial para nos tornarmos partícipes da glória de Nossa Senhora.

Sinal da importância de nos atermos em primeiro lugar aos bens do alto é que eles nos serão concedidos por todo o sempre, se nos salvarmos. O estado de prova no qual nos encontramos é efêmero e, ao se concluírem os breves dias de nossa existência, entraremos na eternidade, onde viveremos em permanente convívio com Deus, os Anjos e os Santos, no Céu, ou com os demônios e os condenados, no inferno. (…)

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São Domingos de Gusmão

Seu nome foi escolhido para homenagear São Domingos de Silos, porque sua mãe, antes de Domingos nascer, fez uma novena no santuário do santo abade. E, como conta a tradição, no sétimo dia ele lhe teria aparecido para anunciar que seu futuro filho seria um santo para a Igreja Católica

Ir. Jurandir Bastos, EP

Domingos nasceu em 24 de junho de 1170, na pequena vila de Caleruega, na Velha Castela, atual Espanha. Pertencia a uma ilustre e nobre família, muito católica e rica: seus pais eram Félix de Gusmão e Joana d’Aza e seus irmãos, Antonio e Manes. O primeiro tornou-se sacerdote e morreu com odor de santidade. O segundo, junto com a mãe, foi beatificado pela Igreja.

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Santa Maria Madalena: Aquela que muito amou

Por Padre Francisco Teixeira de Araújo, EP. A alma apaixonada desconhece o medo, não mede riscos. No Horto das Oliveiras, os Apóstolos fugiram apavorados. Madalena, bem ao contrário, foi à procura de seu Amado, e Ele veio ao seu encontro.

Pecadora! Por este e outros epítetos nada elogiosos se apontava em Jerusalém e adjacências Maria Madalena, mulher rica, de nobre estirpe, notável beleza e vida dissoluta.

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A Pedra Inabalável

Solenidade de São Pedro e São Paulo, Apóstolos

Um simples pescador da Betsaida proclama que o filho de um carpinteiro é realmente o Filho de Deus, por natureza. Ali é plantado o grão de mostarda, do qual nasceria a Santa Igreja Católica Apostólica Romana

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP. Fundador dos Arautos do Evangelho

 

 

13 Ao chegar à região de Cesareia de Filipe, Jesus fez a seguinte pergunta aos seus discípulos: “Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?” 14 Eles responderam: “Uns dizem que é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum dos profetas”. 15 Perguntou-lhes de novo: “E vós, quem dizeis que Eu sou?” 16 Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo”. 17 Jesus disse-lhe em resposta: “És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu. 18 Também Eu te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno nada poderão contra ela. 19 Dar-te-ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na Terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na Terra será desligado no Céu” (Mt 16, 13-19).

O Evangelho: “Tu es Petrus”

Pergunta de Jesus e circunstância em que foi feita

13 Ao chegar à região de Cesareia de Filipe, Jesus fez a seguinte
pergunta aos seus discípulos: “Quem dizem os homens que é o
Filho do Homem?”

A cidade na qual se desenvolve o Evangelho de hoje havia sido construída pelo tetrarca Filipe que, para angariar a simpatia do imperador César Augusto, deu-lhe o nome de Cesareia. Desconhece a História o exato percurso empreendido pelo Senhor e pelos Apóstolos àquela altura dos acontecimentos; a hipótese mais provável é a de que tenham atravessado a via de Damasco a Jerusalém, perto da ponte das Filhas de Jacó. O território onde nasce o rio Jordão, compreendido entre Julias e Cesareia, é rochoso, solitário e acidentado. Foi nessa localidade montanhosa e pétrea que Herodes, o Grande, erigiu um vistoso templo de mármore branco em homenagem ao imperador César Augusto. Calcando as pedras da região, e talvez à vista do tal templo sobre o alto das rochas, foi que se estabeleceu o diálogo durante o qual se tornaram explícitas para os Apóstolos a natureza divina de Jesus e a edificação da Santa Igreja.

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Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Dos inumeráveis títulos da Mãe de Deus, poucos são tão expressivos quanto o de Perpétuo Socorro. A milagrosa imagem venerada sob essa invocação é rica em simbolismo

Ir. Jurandir Bastos, EP

Haverá alguém que nunca tenha se sentido aflito em horas de dificuldades ou na perspectiva de alguma tragédia? Ou que jamais tenha tido necessidade de uma ajuda, seja ela espiritual, psicológica, afetiva ou material?

Com toda certeza, não, pois o ser humano, longe de ser auto-suficiente, é contingente por natureza: não tem condições de viver sem apoio de seus semelhantes, muito menos sem a contínua sustentação de Deus, Criador do universo.

Uma carência inevitável, uma solução infalível

Para esse estado de carência inevitável, Deus nos oferece uma solução infalível: o recurso à sua e nossa Mãe. Daí ser muito apropriado o título de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, com o qual se patenteia a certeza do auxílio que Ela nos dá quando a Ela recorremos.

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