O pobre e o rico

Comentário ao Evangelho do XXVI Domingo do Tempo Comum

Estamos, uma vez mais, diante de uma cena evangélica sobre a condenação eterna. O inferno se apresenta nesta parábola com algumas características ainda não conhecidas até então, e em dramático contraste com o prêmio celeste

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório

A parábola do Evangelho deste domingo se desdobra em três atos sucessivos. No primeiro, assistimos ao paroxismo de situações opostas, entre o pobre Lázaro e o rico, ainda nesta Terra. A seguir, ambos morrem, e são conduzidos a destinos bem diferentes. Lázaro vai para o Céu e o rico para o inferno. Este, em meio aos tormentos do fogo, se dirige a Abraão, rogando um lenitivo. Por último, implora pelos próprios parentes, a fim de evitar que caiam na mesma desgraça.

Tendo em vista a profundidade dos múltiplos significados das palavras e ações do Divino Mestre, procuremos apreciar com amor todas as importantíssimas lições contidas no Evangelho deste domingo.

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A prudência da carne e a prudência santa

Comentário ao Evangelho do XXV Domingo do Tempo Comum

O administrador infiel usa de prudência para garantir sua própria subsistência. Essa mesma sagacidade e diligência deveriam ter os filhos da luz para alcançar a santidade

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP, Fundador dos Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório

O homem ante a pobreza

Havia um certo país onde, segundo narra São João Damasceno, os cidadãos anualmente elegiam um novo rei a fim de evitarem os riscos de uma possível tirania. Conhecedores da sede de mando existente em todo homem, não permitiam a estabilidade perene do monarca: no final do ano, ele era destronado e deportado para uma ilha deserta na qual, depois de algum tempo, falecia por falta de recursos e de alimentos. Foi esse o destino de vários reis até que um, durante o exíguo reinado de 360 dias, transportou para a tal ilha tudo quanto pôde em matéria de subsistência para o resto de sua vida.

Soube ele contornar o mais temido dos males, ou seja, a pobreza. E, em parte, compreende-se esse temor em função de alguns instintos de nossa natureza, como, por exemplo, o de conservação e o de sociabilidade. A perspectiva da carência do essencial para nossa vida nos deixa aturdidos. A miséria extrema, sem uma intervenção de Deus, destrói no homem as últimas energias, aferra sua atenção à matéria e o incapacita de elevar as vistas para as considerações espirituais. Tal era, de acordo com a narração de São João Damasceno, a situação dos reis exilados após expirar seu mandato, lutando pela vida numa ilha sem recursos.

Deixemos de lado os casos agudos como o mencionado acima e focalizemos a pobreza comum, aquela consistente em obter estritamente o necessário e, assim mesmo, mediante um árduo esforço. Nessas circunstâncias, embora conhecendo o grande apreço que Deus manifesta pela pobreza, assim como todos os privilégios a ela inerentes — as Escrituras encontram-se pervadidas de menções a esse respeito — as apreensões da criatura humana face às contingências da pobreza, conduzem-na a optar pelas vias da falsa ou verdadeira prudência.

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Posturas e atitudes na igreja e nas missas

Na liturgia da Missa, a Igreja ordena que certos gestos e posições sejam adotados porque são apropriados para reconhecer o mistério que se celebra

Pe. Rafael Ramón Ibarguren Schindler*, EP

Membros do Oratório em Missa na Basílica dos Arautos em Caieiras/SP

É evidente que diante do Santíssimo Sacramento, uma posição reverente deve ser tomada, e ao dizer isso, diz-se pouco, pois se está diante do próprio Deus! A dignidade no vestir, a sobriedade nos movimentos, a circunspecção no discurso, mesmo o cuidado de silenciar o celular, em suma, tudo isso, são atenções e atitudes que se impõe.

 

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Eficaz oração de São Leão Magno contra o desânimo

Já dizia o eminente jesuíta Pe. J. Michel, em seu livro: “Tratado do Desânimo nas Vias da Piedade”, que um dos grandes equívocos cometidos na vida espiritual estava em não tratar o desânimo como uma tentação, mas como uma espécie de estado de espírito. Por Pe. Mário Beccar Varela, EP

Com efeito, a tentação de desanimar existe e necessita ser combatida com todas as armas espirituais, como a penitência e a oração. No que diz respeito a esta última forma de combate, transcrevemos abaixo uma eficaz oração de São Leão Magno contra o desalento. Recomendamos a nossos leitores, amigos e membros do Apostolado do Oratório a recitação desta bela oração.

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Um profético documento pontifício sobre o Santo Rosário

Em Fátima, a Mãe de Deus veio pedir ao mundo a conversão, o arrependimento dos pecados e a mudança de vida. E indicou o meio para alcançarmos.

Em cinco das seis aparições da Virgem, Ela pediu a humanidade que rezasse o terço todos os dias para alcançar a paz. Transcrevemos suas palavras na terceira aparição de 13 de julho:

“Quero que venham aqui no dia 13 do mês que vem; que continuem a rezar o Terço todos os dias em honra de Nossa Senhora do Rosário, para obter a paz do mundo e o fim da guerra, porque só Ela lhes poderá valer”.

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