31 de Janeiro, Festa de São João Bosco

São João Bosco, com sua obra das vocações sacerdotais, deu à Igreja mais de dez mil padres, e por todo o mundo espalharam-se os seus oratórios: no Tirol, na Sicília, na França e na América


João Bosco era filho de Francisco Bosco e de Margarida Occhiena, simples aldeões de Murialdo, lugar situado na província de Turim, onde o anjo da família salesiana nasceu a 15 de agosto de 1815.

Aos dois anos, morreu-lhe o pai e, Margarida encarregou-se da educação do filho, inspirando-lhe a sobriedade, o amor ao trabalho e o gosto da oração. Ansioso de instrução, senhor de ótima memória e de grande espírito de observação, ajudado pelo cura da paróquia Padre Calosso, que lhe administrou algumas lições de gramática, foi João crescendo em ciência a pouco e pouco.

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A Eucaristia nos Salmos

Os Salmos têm uma eficácia especial para suscitar nas almas o desejo de todas as virtudes”, diz Santo Atanásio. De alguma maneira, todas as páginas da Bíblia possuem esse dom, mas de forma especial os Salmos, pois chegam facilmente a comover os corações e a inflamar sentimentos de piedade

Pe. Rafael Ramón Ibarguren Schindler*, EP

No centro da Sagrada Escritura está o mistério da Encarnação. Por isso, todo o Antigo Testamento anseia e celebra o advento do esperado das nações, Jesus Cristo, o Senhor.

Após a Encarnação, e assim o será até a consumação dos séculos, a presença sacramental de Jesus em seu corpo e em seu sangue adoráveis, é uma constante na vida da Igreja; é assim que o mistério redentor se atualiza, nutrindo as almas com o viático necessário para chegar ao céu.

Não surpreende, pois, que encontremos nos Salmos numerosas referências, sempre implícitas, ao Sacramento do Altar. Vamos às citações.

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O Advento: expectativa do Natal e esperança pervadida pelo desejo de santidade

Primeira e segunda vindas de Jesus se unem diante de nossos horizontes neste período do Advento, fazendo-nos analisá-las quase numa visão eterna; talvez, melhor dizendo, de dentro dos próprios olhos de Deus, para Quem tudo é presente

Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP

O círculo e o losango são as mais perfeitas figuras geométricas segundo o conceito de São Tomás de Aquino, pois representam o movimento do efeito que retorna à sua causa. Cristo é a mais alta realização dessa simbologia porque, além de ser o princípio de todo o criado, é também o fim último. Daí encontrarmos, tanto no término do ano litúrgico, como em sua abertura, os Evangelhos que transcrevem as revelações de Jesus sobre sua última vinda.

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A correção fraterna, uma opção ou um dever?

XXIII Domingo do Tempo Comum

Quem não corrige seu próximo causa dano não somente a ele, mas também a si próprio. Ver-se-á privado dos méritos e benefícios do cumprimento desse dever, e acabará por escandalizar os que constatam sua negligência

Mons. João S. Clá Dias, EP

 

Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: 15 “Se o teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, mas em particular, a sós contigo! Se ele te ouvir, tu ganhaste o teu irmão. 16 Se ele não te ouvir, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas. 17 Se ele não vos der ouvido, dize-o à Igreja. Se nem mesmo à Igreja ele ouvir, seja tratado como se fosse um pagão ou um pecador público. 18 Em verdade vos digo, tudo o que ligardes na Terra será ligado no Céu, e tudo o que desligardes na Terra será desligado no Céu. 19 De novo, Eu vos digo: se dois de vós estiverem de acordo na Terra sobre qualquer coisa que quiserem pedir, isso lhes será concedido por meu Pai que está nos Céus. 20 Pois, onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, Eu estou aí, no meio deles” (Mt 18, 15-20).

A correção, grande meio de salvação

Santo Afonso Maria de Ligório escreveu uma bela obra intitulada A oração, grande meio para alcançarmos de Deus a salvação. Seu conteúdo é preciosíssimo e irrefutável. Numa de suas páginas, o Santo chega a afirmar que “quem reza, certamente se salva e quem não reza, certamente será condenado”.

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“Per crucem ad lucem!”

XXII Domingo do Tempo Comum

É a dor inevitável em nossa existência? Pode o fiel encontrar a verdadeira felicidade nesta vida? No que consiste ela?

Monsenhor João S. Clá Dias, EP. Fundador dos Arautos do Evangelho

 

Os antecedentes

Em sua infinita bondade, aprouve a Deus deixar inscritos no universo reflexos visíveis de suas perfeições invisíveis, para através deles os homens chegarem mais facilmente ao conhecimento de seu Criador. “Narram os céus a glória de Deus, e o firmamento anuncia a obra de suas mãos” (Sl 18, 2), canta o salmista. Um dos predicados divinos manifestados de maneira admirável na natureza é, sem dúvida, a inesgotável dadivosidade.

Com efeito, para justos e pecadores, para bons e maus, a cada dia nasce radiante o Sol, com renovada e deslumbrante beleza, proporcionando vida às criaturas. Sem cessar, brotam em profusão das nascentes as águas cristalinas que dessedentam homens e animais, alimentam rios e mares onde vive uma multidão incontável de seres; as chuvas irrigam regularmente toda a terra, as árvores dão seus frutos com abundância e, assim por diante, tudo obedecendo a uma majestosa sincronia.

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