O verdadeiro centro da vida familiar

Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José

A docilidade dos membros da Sagrada Família à voz de Deus nos ensina que a vida familiar deve ter como objetivo a procura e o cultivo da santidade

Mons. João S. Clá Dias, EP – Fundador dos Arautos do Evangelho


Deus escolheu um lar

A Santa Igreja reserva o domingo posterior ao Natal para cultuar e festejar a Sagrada Família, convidando-nos a refletir sobre o valor e o verdadeiro sentido da instituição familiar. Ela é a célula-mãe, o fundamento da sociedade, e se hoje assistimos a uma tremenda crise moral na humanidade, isso se deve em certa medida à desagregação da família. Abalada esta, o resto da sociedade não se sustenta.

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Dois silêncios que mudaram a História

 

IV Domingo do Advento

Duas criaturas puramente humanas intervêm no mais grandioso acontecimento da História: a Encarnação do Verbo. Diante do silêncio de Maria face à realização n’Ela desse sublime mistério, São José atravessa uma provação terrível e lancinante. E pratica, também em silêncio, um dos maiores atos de virtude jamais realizados sobre a Terra

Mons. João S.  Clá Dias, EP

18 A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua Mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, Ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19 José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-La, resolveu abandonar Maria em segredo. 20 Enquanto José pensava nisso, eis que o Anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque Ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21 Ela dará à luz um Filho, e tu Lhe darás o nome de Jesus, pois Ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”. 22 Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: 23 “Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um Filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, o que significa: Deus está conosco”. 24 Quando acordou, José fez conforme o Anjo do Senhor havia mandado, e aceitou sua esposa (Mt 1, 18-24).

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A vigilância: uma esquecida virtude?

I Domingo do Advento

Ao se iniciar o Ano Litúrgico, o Divino Mestre nos exorta a termos sempre diante dos olhos o fim último para o qual fomos criados e a estarmos preparados para o encontro com o Supremo Juiz. Para tal é indispensável a prática de uma virtude muitas vezes esquecida ou menosprezada: a vigilância


I – Fundamental virtude da vigilância

Ao contemplar a natureza, seja no campo aberto, ou no interior de uma floresta, chamam-nos a atenção certos aspectos, dos quais podemos haurir uma lição para nossa vida espiritual. Vemos, por exemplo, o voo de um pássaro levando no bico um graveto a fim de construir o ninho para colocar os ovos e perpetuar sua espécie. Aquilo é feito com a precisão de um marceneiro ― apenas por instinto e não por ter inteligência ―, uma verdadeira obra de arte. Imaginemos, então, que essa ave recebesse uma alma, não como o principium vitæ que vegetais e animais têm, mas uma alma imortal como a do homem, que subsiste mesmo quando separada do corpo pela morte. Em tal caso, caberia ao pássaro considerar mais valioso o ninho que ele está armando ou a existência eterna de sua nova alma? A segunda opção é evidente. Sem deixar de fazer o ninho, ele deveria concentrar a primeira preocupação no seu destino sempiterno.

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Santa Catarina Labouré e a Medalha Milagrosa


Em 27 de novembro celebramos a festa de Nossa Senhora das Graças. Foi exatamente neste dia, no ano de 1830, na capela do convento da Rue du Bac, em Paris,  França, que Nossa Senhora apareceu a Santa Catarina Labouré e mandou-a cunhar a Medalha Milagrosa


Segundo a santa revelou, o rosto da Virgem Maria era de uma beleza indescritível; os pés, pousados sobre uma esfera, da qual a vidente só avistava a metade superior, pisavam a cabeça de uma serpente; nas mãos, ela segurava um globo de ouro; os olhos miravam o céu.

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