O Duplo Silêncio

Dois amigos agricultores cultivavam o mesmo campo de trigo, trabalhando arduamente a terra com amor e dedicação, numa luta estafante, às vezes inglória, à espera de um resultado compensador. Eram sócios, como se vê.

Passaram-se anos de pouco ou nenhum retorno. Até que um dia, chegou a grande colheita que foi abundante, magnífica e perfeita, satisfazendo assim os dois agricultores que repartiram eufóricos os frutos do trabalho igualmente, ao longo de vários dias de serviço. E depois cada um seguiu o rumo de suas vidas.

À noite, um deles já ao deitar-se, e cansado dos trabalhos, dos esforços bravos  daqueles últimos dias, um deles assim pensou:

“Eu sou casado, tenho filhos fortes, honestos e trabalhadores, uma esposa dedicada e fiel. Todos nós nos entendemos mutuamente. O bom convívio do nosso lar nos garante uma união e uma segurança até os meus últimos dias e de minha mulher. Mas o meu amigo vive sozinho, não se casou, nunca terá braços   fortes e filiais para apoiá-lo. Com certeza, vai precisar muito mais do dinheiro da colheita do que eu”.

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Devoção do Primeiro Sábado do Mês de Março 2025

No final de semana passado, membros do Apostolado do Oratório se reuniram em suas paróquias e comunidades, para se dirigirem ao Imaculado Coração de Maria, Templo da Santíssima Trindade e oferecer a prática da Devoção do Primeiro Sábado. Veja fotos de algumas dessas cerimônias.

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Meditação do Primeiro Sábado de Março 2025

2º Mistério Doloroso – A Flagelação de Nosso Senhor Jesus Cristo
Não sejam em vão os sofrimentos do Redentor

Introdução

Aproximam-se os dias em que recordaremos, com as celebrações litúrgicas, a Paixão e Morte de nosso Divino Redentor. Assim, dedicaremos a nossa devoção da Comunhão Reparadora do Primeiro Sábado do mês de março à contemplação do 2º Mistério Doloroso do Rosário: A Flagelação de Nosso Senhor Jesus Cristo. A fim de cumprir sua missão redentora e reparar junto ao Pai Eterno os pecados da humanidade, o Cordeiro de Deus entregou-se à imolação e padeceu atrozes sofrimentos durante a Paixão. Os mais cruéis Lhe foram impostos pelos flagelos dos verdugos, que O feriram impiedosamente.

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O Jovem e a Peneira

Um jovem resolveu abandonar o mundo com seus atrativos e embrenhou-se numa floresta. Tinha ânsias de estar sempre com Deus Nosso Senhor. Para pensar e viver somente para Ele, construiu para si um casebre. Dali saía apenas uma vez por semana para ouvir a pregação que um solitário monge fazia a algumas almas ali na solidão do mato.

Depois de ouvir vários sermões, um dia esse jovem procurou o santo ancião para conversar e expor-lhe uma dificuldade que o afligia.

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O Rei, o Servo e os Cães Selvagens

Se você leva mais em conta e dá mais atenção aos erros do que aos acertos das pessoas, então leia o que segue.

Um rei tinha 12 cães grandes, selvagens, vorazes. Quando um servo cometia um erro, uma falta grave, maldosamente ele o mandava jogar numa arena para esses cães selvagens o estraçalharem, sem apelação. E assistia com várias pessoas.

Num certo dia, um dos seus melhores servidores fez algo errado, uma falta muito grave. E o rei ordenou que fosse jogado aos cães, sem dó nem piedade. O servo condenado de imediato fez um pedido:

– Majestade, eu vos servi com dedicação por 10 anos. Peço-vos que me conceda 10 dias de vida antes de me mandar jogar aos cães.  

O rei concedeu.

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O Poço e a Pedra

Um monge peregrino caminhava por uma estrada quando, do meio do matagal, veio um homem ainda jovem de grande estatura e com olhos muito tristes. Assustado com aquele aparecimento inesperado, o monge parou e perguntou se poderia fazer algo por ele. O rapaz abaixou os olhos e murmurou envergonhado:

“Sou um criminoso, um ladrão. Perdi o afeto de meus pais, parentes e amigos. Como quem afunda todo na lama, tenho praticado crime após crime. Tenho receio do futuro e não sinto sossego em nenhum instante. Vejo que o senhor é um monge, e por favor, ajude-me a sair deste sofrimento, desta angústia!”– pediu ajoelhando-se.

O monge, que compadecido ouviu tudo em silêncio, olhou aquele homem por alguns instantes e disse: “Estou com muita sede. Há alguma fonte por aqui?”

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