35 Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos: “Vamos para a outra margem!” 36 Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como estava, na barca. Havia ainda outras barcas com Ele. 37 Começou a soprar uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já começava a se encher. 38 Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos O acordaram e disseram: “Mestre, estamos perecendo e Tu não Te importas?” 39 Ele Se levantou e ordenou ao vento e ao mar: “Silêncio! Cala-te!” O vento cessou e houve uma grande calmaria. 40 Então Jesus perguntou aos discípulos: “Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” 41 Eles sentiram grande medo e diziam uns aos outros: “Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?” (Mc 4, 35-41)
É bem paradigmática — não só para cada alma, mas também para a Igreja — esta tempestade pela qual passaram os Apóstolos: após as borrascas, a Igreja ergue-se sempre mais forte, mais jovem e com a sua beleza incomparavelmente acrescida
Por Mons. João S. Clá Dias, EP
É bem paradigmática para nós esta tempestade pela qual passaram os Apóstolos. Por quantos perigos não passamos nós também durante a vida? Se eles são evitáveis, não devemos enfrentá-los; se a eles nos expusermos, se os procurarmos e os amarmos, é certo que pereceremos. A fuga, nestes casos, acompanhada de oração, é o melhor remédio. Comenta o padre Manuel de Tuya: “Se bem que os Apóstolos já tivessem presenciado alguns milagres de Cristo, não se lembraram de seu poder ante um espetáculo tão imponente. Mas seu império diante de forças cósmicas desencadeadas produz-lhes tão forte admiração que se perguntam quem é este que tem tais poderes”.
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