A vigilância: uma esquecida virtude?

I Domingo do Advento

Ao se iniciar o Ano Litúrgico, o Divino Mestre nos exorta a termos sempre diante dos olhos o fim último para o qual fomos criados e a estarmos preparados para o encontro com o Supremo Juiz. Para tal é indispensável a prática de uma virtude muitas vezes esquecida ou menosprezada: a vigilância


I – Fundamental virtude da vigilância

Ao contemplar a natureza, seja no campo aberto, ou no interior de uma floresta, chamam-nos a atenção certos aspectos, dos quais podemos haurir uma lição para nossa vida espiritual. Vemos, por exemplo, o voo de um pássaro levando no bico um graveto a fim de construir o ninho para colocar os ovos e perpetuar sua espécie. Aquilo é feito com a precisão de um marceneiro ― apenas por instinto e não por ter inteligência ―, uma verdadeira obra de arte. Imaginemos, então, que essa ave recebesse uma alma, não como o principium vitæ que vegetais e animais têm, mas uma alma imortal como a do homem, que subsiste mesmo quando separada do corpo pela morte. Em tal caso, caberia ao pássaro considerar mais valioso o ninho que ele está armando ou a existência eterna de sua nova alma? A segunda opção é evidente. Sem deixar de fazer o ninho, ele deveria concentrar a primeira preocupação no seu destino sempiterno.

Ora, Deus dotou o homem desta alma imortal. A morte atinge apenas a parte animal da natureza humana, o corpo, o qual ainda ressuscitará. Por conseguinte, o homem tem obrigação de dar mais importância à alma que ao corpo, tudo fazendo com vistas à eternidade, sem, no entanto, descuidar do que é transitório, sem deixar de trabalhar, de ordenar o lar, de educar os filhos, caso siga a via matrimonial, ou de cumprir outras obrigações se abraçou a via religiosa. Não obstante, muitas vezes ocorre uma tragédia: o homem volta-se exageradamente para as coisas concretas e se esquece do que advirá após sua morte e no Juízo Universal.

Com o Advento inicia-se um novo Ano Litúrgico. As quatro semanas deste período simbolizam os milênios que a humanidade esperou pelo nascimento do Salvador. São dias de penitência e de expectativa que a Igreja propõe como preparação para a vinda do Menino Jesus, na Solenidade do Natal, bem como no fim dos tempos.

Por isso, a Liturgia do 1º Domingo do Advento tem em seu início o seguinte pedido, na Oração do Dia: “concedei aos vossos fiéis o ardente desejo de possuir o Reino Celeste, para que, acorrendo com as nossas boas obras ao encontro do Cristo que vem, sejamos reunidos à sua direita na comunidade dos justos”.1 É no desejo ardente do Céu e fixando nossos olhos no fim do mundo e na eternidade que teremos forças para praticar a virtude e realizar boas obras.

Em tempo de guerra, se uma sentinela dorme no posto a corte marcial a sujeitará a penas severas por ter abandonado sua obrigação; todos nós somos sentinelas numa guerra muito mais grave do que a defesa da pátria terrena. São Pedro diz que o demônio ronda em torno de nós como um leão, querendo nos devorar (cf. I Pd 5, 8). Constantemente nos vemos cercados de perigos e, se queremos salvar nossa alma, é preciso estar sempre em estado de alerta, sermos vigilantes.

Vigilância: eis o sinal distintivo do Evangelho que abre o Ano Litúrgico.

II – A grande surpresa de nossa vida

Em que lugar, em que momento e em que circunstâncias se situa o episódio narrado por São Mateus e escolhido para este domingo? Encontrava-Se Nosso Senhor no elevado Monte das Oliveiras, de onde se podia avistar o Templo de Jerusalém.2 Ao entardecer, o imponente edifício era o último a ser iluminado pela luz do Sol, de forma que, quando a cidade já estava na penumbra, ele ainda refulgia pelos reflexos dourados dos últimos raios do Astro Rei que ia se pondo no horizonte. Monte de grande simbolismo, porque seria também ali que Jesus faria a derradeira oração de sua vida terrena e diria a São Pedro, São Tiago e São João ― os Apóstolos que tinham assistido à sua Transfiguração no Monte Tabor ―, ao achá-los dormindo: “Sic non potuistis una hora vigilare mecum? Vigilate et orate, ut non intretis in tentationem ― Não pudestes vigiar uma hora comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação” (Mt 26, 40-41).


Com estas palavras o Salvador do mundo exorta mais à vigilância do que à oração, para mostrar-nos ser a primeira a mais importante entre as duas, pois de nada vale rezar sem vigiar. Foi, pois, nesse lugar tão evocativo que, numa atmosfera quase de despedida, poucos dias antes da Paixão, o Divino Redentor fez uma de suas últimas advertências ao recomendar especialmente a virtude da vigilância aos Apóstolos e, através deles, a toda a Igreja, por todos os séculos.

Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos: 37 “A vinda do Filho do Homem será como no tempo de Noé. 38 Pois nos dias, antes do dilúvio, todos comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. 39 E eles nada perceberam, até que veio o dilúvio e arrastou a todos. Assim acontecerá também na vinda do Filho do Homem. 40 Dois homens estarão trabalhando no campo: um será levado e o outro será deixado. 41 Duas mulheres estarão moendo no moinho: uma será levada e a outra será deixada. 42 Portanto, ficai atentos! porque não sabeis em que dia virá o Senhor. 43 Compreendei bem isso: se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, certamente vigiaria e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. 44 Por isso, também vós ficai preparados! Porque na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá” (Mt 24, 37-44).

A vinda do Filho do Homem

37 “A vinda do Filho do Homem será como no tempo de Noé. 38 Pois
nos dias, antes do dilúvio, todos comiam e bebiam, casavam-se e
davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. 39a E
eles nada perceberam, até que veio o dilúvio e arrastou a todos”.

Esta comparação entre o dilúvio universal e a “vinda do Filho do Homem” é relacionada por diversos autores com a destruição de Jerusalém, que se deu uns quarenta anos depois da Crucifixão.


Ao ler, no Livro do Gênesis, a descrição dos trabalhos de Noé para construir a arca e introduzir nela “de cada espécie de todos os animais, […] macho e fêmea” (6, 19), chama a atenção a indiferença com que os homens daquele tempo consideraram os esforços desse grande varão de Deus. A bem dizer, “eles nada perceberam” do que estava para acontecer.

O mesmo se pode constatar ao tomar conhecimento dos antecedentes da queda de Jerusalém no relato feito por Flávio Josefo,3 em sua clássica obra Guerra dos judeus.

O inesperado da morte e do juízo particular

39b “Assim acontecerá também na vinda do Filho do Homem.
40 Dois homens estarão trabalhando no campo: um será levado
e o outro será deixado. 41 Duas mulheres estarão moendo no
moinho: uma será levada e a outra será deixada”.

São Tomás de Aquino4 recolhe os comentários de vários Padres ― dentre os quais São Jerônimo e São João Crisóstomo ―, que veem nestas palavras de Jesus uma clara alusão ao fim do mundo e ao Juízo Final. Contudo, é também verdade que cabe interpretá-las como um aviso a respeito de nosso fim particular, para não sermos apanhados de surpresa, como a humanidade no dilúvio.

Há pessoas amantes da estabilidade e da segurança que se afligem e têm verdadeiro pânico de imprevistos. São aqueles que gostam de calcular tudo, não só para o dia seguinte, como para a semana e o mês subsequente. Em certos casos até marcam as viagens na agenda com três anos de antecedência, planejando e delineando os menores detalhes. Haverá uma viagem, entretanto, face à qual temos a tendência de não nos preocuparmos em fazer nenhum programa.

De fato, para empreendê-la não precisamos verificar a validade do passaporte, nem arrumar as malas ou providenciar algum material, pois ela é sui generis e dá-se de surpresa: a morte. Nossa propensão natural é acreditar que estamos nesta Terra seguros e para sempre, e, em consequência, ignorar que aqui vivemos em estado de prova, para sermos analisados por Deus e recebermos o prêmio ou o castigo segundo nossas obras, conceitos estes que também nos são alheios.

Por que Deus age assim com o homem?

Alguém poderia perguntar se da parte Deus não seria mais afetuoso e mais bondoso que, logo ao nascer, o bebê já trouxesse no braço uma tatuagem divina gravada pelo Anjo da Guarda com a data do seu falecimento. Desta forma, os pais e parentes saberiam quantos anos a criança iria viver. E esta, ao adquirir o uso da razão, questionaria a mãe sobre o significado daquela marca, obtendo decerto esta resposta: “Meu filhinho, ela indica o quanto você vai durar”…

Tal notícia não ajudaria a melhor nos prepararmos para a hora da morte? Não! Dada a miséria humana, fruto do pecado original, se alguém soubesse o instante exato de sua morte, julgaria ter tempo de sobra para gozar e se entregaria a uma vida péssima, completamente relaxada e negligente. No último dia, à última hora, procuraria um sacerdote que lhe administrasse os Sacramentos, expondo-se ao grave risco de não recebê-los… E ato contínuo, depois do drama da morte, viria a surpresa do juízo particular e da sentença inapelável de Deus!

Será “deixado” ― isto é, castigado ― aquele que, esquecendo seu destino eterno, dirige todos os seus atos como se Deus não existisse. Pelo contrário, será “levado” para o Céu quem tem noção clara de que a vida é passageira e sua finalidade não se cumpre nesta Terra, mas na eternidade. Assim sendo, Deus, que em tudo age de maneira perfeitíssima, não nos avisa a hora da morte para nos impelir a praticar com maior mérito e eficácia a virtude da vigilância.

A necessidade de estarmos atentos

42 “Portanto, ficai atentos! porque não sabeis em que dia virá o
Senhor”.

Ao utilizar Senhor com “S” maiúsculo, a tradução litúrgica salienta não se tratar de um senhor qualquer, e sim do Senhor que virá de improviso para nos colher, conforme parece ser a intenção de São Mateus nesta passagem. De tal modo quis Jesus incutir em nós a virtude da vigilância face à perspectiva de uma surpresa desagradável ― seja ela a morte ou até mesmo uma desgraça ou provação ― que para isso criou uma parábola, valendo-Se de um fato da vida cotidiana da época e de todos os tempos.

A morte chega como um ladrão

43 “Compreendei bem isso: se o dono da casa soubesse a que
horas viria o ladrão, certamente vigiaria e não deixaria que a sua
casa fosse arrombada. 44 Por isso, também vós ficai preparados!
Porque na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá”.

Naquele tempo, na Palestina, as casas não eram dotadas da mesma solidez que as de hoje; em geral eram feitas de taipa e, portanto, muito vulneráveis. Para se avaliar bem, basta lembrarmo-nos do episódio, narrado nos Evangelhos, do paralítico que, não encontrando passagem pela porta para chegar até Nosso Senhor, foi descido pelo teto, aberto com muita facilidade (cf. Mt 9, 2; Mc 2, 3-4; Lc 5, 17-19). Era preciso, pois, uma grande vigilância do dono da casa, já que os roubos eram muito frequentes.5 E recebendo ele a notícia de que às três da madrugada um ladrão intentaria penetrar em sua residência, a essa hora, sem dúvida, estaria ele acordado tomando as devidas providências para evitar ser roubado.

No entanto, qual o ladrão que anuncia sua chegada? Dá-se exatamente o oposto. Para o golpe ele espera um momento de completa inadvertência, como é o do sono. Através dessa parábola, Nosso Senhor Jesus Cristo, cuja palavra é absoluta, quer nos mostrar o inopinado da morte. Ela pode nos atingir a qualquer idade e em qualquer ocasião, pois para morrer existe só uma condição: estar vivo.

Quanta gente há, todavia, que se ilude considerando ser eterna esta vida! Quantos há, de mentalidade relativista, que pensam: “Agora eu vou pecar, depois me confesso”… É uma verdadeira loucura, pois Deus pode dizer: “Basta!”. E a morte pode nos surpreender no instante exato em que O estamos ofendendo. Por esta razão devemos estar sempre preparados para a hora do supremo encontro com o Senhor. Tal vigilância consiste, antes de tudo, em evitar o pecado, a respeito do qual tão pouco se fala hoje e que, infelizmente, com tanta frequência se comete.

O mundo vive afundado no vício: são modas sem modéstia, costumes decadentes e imorais, conversas indecentes, programas de televisão licenciosos, certos cartazes e revistas… Sabemos, pela moral católica, que quem se aproxima de uma ocasião próxima de pecado, consciente e voluntariamente, já de si perdeu a graça de Deus, porque está se pondo em risco com temeridade. Assim o explica o padre Royo Marín: “Aquele que permanece, com conhecimento e sem motivo suficiente, em ocasião próxima e voluntária de pecado grave mostra bem claro que não tem vontade séria de evitar o pecado, no qual cairá de fato facilmente. E isto constitui, de si, uma grave ofensa a Deus, contínua e permanente, da qual o pecador não se libertará até que decida com eficácia romper com aquela ocasião”.6

A verdadeira vigilância, pois, é indispensável para a salvação e antecede até a própria oração, levando-nos a fechar o coração ao pecado e a dele nos afastar, de maneira a não nos entregarmos sequer à menor ofensa a Deus.

A morte dos bem-aventurados

Com o passar do tempo, o homem tende a perder suas forças e energias. Basta cruzar os umbrais dos quarenta, cinquenta ou sessenta anos, e experimentar os achaques que não encontram cura em remédio algum, ou sentir que a vista está se enfraquecendo, para que ele se lembre de que é preciso preparar-se para deixar este mundo.

Quando lemos na vida dos bem-aventurados a narração dos seus últimos haustos, nos surpreende a paz e a alegria que eles mostraram diante da morte. Por quê? Porque foram vigilantes e souberam perceber que estava chegando o dia da sua partida.

Santa Teresa de Ávila, por exemplo, no seu leito de dor, dava “muitas graças a Deus por ter sido filha da Igreja e nela morrer. […] Voltou a pedir ainda o perdão de seus pecados, suplicou às Irmãs que rezassem por ela e cumprissem a Regra. […]

Às nove da noite exalou o último suspiro, tão suavemente que foi difícil dizer o momento exato. O rosto mantinha-se gloriosamente jovem e belo”.7

São João Bosco, pouco antes de morrer, pôde “enviar sua derradeira mensagem a seus jovens: ‘Dizei aos meus birichini que os espero a todos no Céu. E que com a devoção a Maria Auxiliadora e a comunhão frequente, todos lá chegarão’. […] À uma e quarenta e cinco [da madrugada] do dia 31 de janeiro [de 1888], começa a agonia. […] Dom Cagliero, de joelhos, aproxima os lábios do ouvido do moribundo: ‘Dom Bosco, seus filhos estamos aqui, abençoe-nos. Eu lhe levantarei a mão’. Ergue-lhe, com efeito, a mão direita paralisada e o ajuda a traçar a Cruz no ar; a última bênção, acompanhada pelo último inefável sorriso de Dom Bosco”,8 que pouco depois entregou sua alma a Deus.

O Autor deste artigo presenciou a morte, serena e tranquila, do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. Já quase em agonia, transparecia a grande integridade e a retidão de sua alma e se manifestava um hábito adquirido durante a vida, pelo qual agia constantemente de acordo com o bem, procurando favorecer os outros e dando bons conselhos. Ele se fizera um com as virtudes e com os dons do Espírito Santo e se identificara por inteiro com a Lei de Deus, porque foi um homem que esteve sempre preparado para abandonar esta vida.

E a mãe dele, Dona Lucilia, senhora de edificantes virtudes, quando sentiu que havia chegado “a hora da solene despedida desta vida, com decisão retirou a mão segura pelo médico, e com gesto delicado mas firme, sem manifestar esforço ou dificuldade, fez um grande e lento sinal da Cruz. Depois repousou no peito suas mãos alvíssimas, uma sobre a outra, e serenamente expirou”.9

Foi o trânsito de uma pessoa inocente, de consciência pura e reta, que estava com as melhores disposições de alma. Ela faleceu na véspera do dia em que completaria 92 anos, sem nunca ter sido tisnada por nenhuma falta grave, conforme declarou três vezes um de seus confessores: “coitadinha, ela não tem o de que se acusar”.10

III – Devemos estar preparados para as intervenções de Deus na História

Ao explicar o Evangelho desta Liturgia, quase todos os doutores, exegetas e espiritualistas se centram na necessidade de sermos vigilantes a todo instante, quer na perspectiva da morte e do juízo particular, quer na do fim do mundo e do Juízo Final.

Harmonicamente com esta visualização apresentada nos comentários acima, pode-se conjecturar que Nosso Senhor quis também advertir a cada um de nós a respeito das intervenções d’Ele na História. A propósito da situação do mundo, nos idos anos de 1951 escrevia o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira: “Hoje em dia, não é bem verdade, que o Vigário de Cristo é desobedecido, abandonado, traído? Não é bem verdade que as leis, as instituições, os costumes são cada vez mais hostis a Jesus Cristo? Não é bem verdade que se constrói todo um mundo, toda uma civilização baseada sobre a negação de Jesus Cristo? Não é bem verdade que Nossa Senhora falou em Fátima apontando todos estes pecados e pedindo penitência?”.11

O triunfo do Sapiencial e Imaculado Coração de Maria

É muito importante ressaltar que, em relação ao governo de Deus sobre os acontecimentos humanos, a vigilância nos deve conduzir a esperar com alegria e avidez o triunfo espetacular do Sapiencial e Imaculado Coração de Maria, a chegada desse período extraordinário da História anunciado por Nossa Senhora em Fátima, “esse tempo feliz e esse século de Maria, no qual inúmeras almas escolhidas e obtidas do Altíssimo por meio d’Ela, perdendo-se a si mesmas no abismo de seu interior, se tornarão cópias vivas de Maria, para amar e glorificar Jesus Cristo”.12

Portanto, da mesma forma que preparamos nossas almas para o nascimento do Menino Jesus na noite de Natal, coloquemo-nos também, segundo o Evangelho de hoje, diante de outro panorama grandioso: aquele em que Deus intervirá a fim de conceder a Nossa Senhora, nesta Terra, a glória que o Pai, o Filho e o Espírito Santo Lhe dão no Céu.

Na expectativa dessa vitória da Santa Igreja, permaneçamos vigilantes! Vigiar significa nunca ceder a nada que o demônio possa nos propor. Vigiar significa estar atento, com os olhos abertos, analisando bem de onde vêm os perigos. Vigiar significa arrancar energicamente, sem contemporizações, qualquer raiz de pecado que haja em nós. Tudo o que implica risco para a salvação eterna e para a nossa santificação deve ser cortado, fazendo todo o esforço para perseverar no caminho da perfeição, com vistas a não atrasar o dia magnífico em que Maria Santíssima dirá: “O meu Imaculado Coração triunfou!”. ♦


O Inédito sobre os Evangelhos. Comentário ao Evangelho do I Domingo do Advento.
1) PRIMEIRO DOMINGO DO ADVENTO. Oração do Dia. In: MISSAL ROMANO. Trad. Portuguesa da 2a. edição típica para o Brasil realizada e publicada pela CNBB com acréscimos aprovados pela Sé Apostólica. 9.ed. São Paulo: Paulus, 2004, p.129.
2) Cf. GOMÁ Y TOMÁS. Isidro. El Evangelio explicado. Pasión y Muerte. Resurrección y Vida gloriosa de Jesús. Barcelona: Rafael Casulleras, 1930, v.IV, p.108-109.
3) Cf. FLÁVIO JOSEFO. Guerra dos judeus. L.V-VII.
4) Cf. SÃO TOMÁS DE AQUINO. Catena Aurea. In Matthæum, c.XXIV, v.36-41.
5) Cf. GOMÁ Y TOMÁS, op. cit., p.132.
6) ROYO MARÍN, OP, Antonio. Teología Moral para seglares. 4.ed. Madrid: BAC, 1984, v.II, p.397.
7) WALSH, William Thomas. Teresa de Ávila. Lisboa: Aster, 1961, p.373.
8) WAST, Hugo. Don Bosco y su tiempo. 4.ed. Madrid: Palabra, 1987, p.458-459.
9) CLÁ DIAS, EP, João Scognamiglio. Dona Lucilia. Città del Vaticano: LEV, 2013, p.37.
10) Idem, p.610.
11) CORRÊA DE OLIVEIRA, Plinio. Via Sacra. VIII Estação. In: Catolicismo. Campos dos Goytacazes. Ano I. N.3 (Mar., 1951); p.5.
12) SÃO LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT. Traité de la vraie dévotion à la Sainte Vierge, n.217. In: Œuvres complètes. Paris: Du Seuil, 1966, p.635.

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