Basta rezar?

Comentário ao Evangelho do XIX Domingo do Tempo Comum

Um cofre sem fechadura de nada vale. Assim também, uma alma sem vigilância fica à mercê do inimigo. Por isso Jesus insiste tanto nesta virtude, à qual deve sempre complementar uma autêntica piedade

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP

Virtude da vigilância

“Vigiai e orai para que não entreis em tentação” (Mt 26, 41), disse o Senhor aos três Apóstolos que mais de perto O acompanhavam na oração no Horto das Oliveiras, na noite em que ia ser entregue. Por mais que o espírito esteja pronto, a carne é fraca, afirmou Ele logo a seguir.

E de fato, a História confere realidade a esta afirmação de Jesus: não poucas almas facilmente perdem o fervor e caem na tibieza, e às vezes até mesmo em pecados graves, por puro descuido. A tal ponto não nos basta somente a oração que a recomendação do Salvador se inicia pela vigilância. Assim como numa fortaleza, havendo uma brecha desguarnecida em sua muralha, por ali penetra o inimigo, da mesma forma o demônio espreita os lados mais débeis de nossa alma para nos atacar e derrotar.

Por isso nos adverte São Pedro: “Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar” (I Pd 5, 8).

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