O fundador comenta

Aproxima-se o tempo da Quaresma. São 40 dias de preparação para a Semana Santa, onde celebraremos a Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. 

Sendo esse um tempo de penitência, no qual a Igreja exorta os fiéis a refletir sobre sua vida íntima e ver quais são os pontos em que deve melhorar, e portanto, pedir a Deus o auxílio para uma mudança de vida, publicamos nos dias que antecedem a Quaresma de 2010, um comentário de nosso fundador, Monsenhor João Clá Dias, EP, sobre a parábola do Filho Pródigo, para ajudar os nossos leitores a entrarem nesse tempo litúrgico considerando esse extraordinário sacramento que Nosso Senhor Jesus Cristo nos deixou: a confissão.

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Monsenhor JoãoO Filho Pródigo e a confissão

 

De maneira singela, mas com beleza literária insuperável, a Parábola do Filho Pródigo (Lc 15, 1-3; 11-32) nos conta a história de um pai e dois filhos, um dos quais fará o papel de equilibrado, sensato, honesto e fiel, e o outro de apaixonado, dissoluto e esbanjador ou pródigo.

O pai é apresentado como possuidor de um coração sábio, afetuoso e até maternal, a ponto de não manifestar a menor estranheza com o pedido do filho, e, portanto, de não tentar dissuadir seu caçula de exigir a herança a que tinha direito. O Evangelho de Lucas nos narra a história:

“Passados poucos dias, juntando tudo o que era seu, o filho mais novo partiu para uma terra distante e lá dissipou os seus bens vivendo dissolutamente. Depois de ter consumido tudo, houve naquele país uma grande fome, e ele, começou a sofrer necessidade. Foi pôr-se a serviço de um habitante daquela terra, que o mandou para os seus campos guardar os porcos. Desejava encher o seu ventre das alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. Tendo caído em si, disse: Quantos diaristas há em casa de meu pai que têm pão  em abundância e eu aqui morro de fome! Levantar-me-ei, irei ter com meu pai.”

A fome, a dor e a provoção, acompanhadas da graça de Deus, bem podem nos conduzir a um raciocínio equilibrado, e produzir em nós uma real conversão e emenda de vida. Volta então o filho à casa paterna e as reações do pai acolhendo de volta seu filho que estava perdido, não poderiam ser mais comovedoras em matéria de bondade e de ternura. Certamente há muito ansiava revê-lo e por ele rezava.

O recém-chegado apresentava-se como um maltrapilho, nada limpo, em condição totalmente imprópria para ser abraçado. Entretanto o pai lançou-se ao pescoço do filho e o cobriu de beijos. O filho, além  de ter-se esquecido de seu pai, havia esbanjado seus bens. É a imagem do efeito do pecado na alma de um batizado: o despoja dos méritos e da virtude e o mancha com a lama da ofensa a Deus. Mas o filho confessa suas faltas e pede o perdão ao pai.

Ao acusar suas misérias no confessionário e receber a absolvição, o homem, tal como o filho arrependido, é revestido dos mais preciosos tecidos de reconciliação, as sandálias do mérito lhe são devolvidas e o anel de filho de Deus recolocado em seu dedo.

O pai com alegria faz uma festa para recebê-lo: “Haverá maior alegria no céu por um pecador que fizer penitência que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento” (Lc 15, 7)

(Extraído do Boletim Informativo do Apostolado do Oratório, “Maria Rainha dos Corações”, n° 24)

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São João Bosco

 

São João Bosco, presbítero e Fundador

Dia 31 de janeiro, a Igreja celebra a memoria do Fundador dos Salesianos. Colocamos neste post, uma pequena biografia da vida deste grande santo.

joao boscoJoão Bosco nasceu em 1815 numa aldeia perto de Turim, de família muito pobre. Fez com muita dificuldade seus estudos e foi ordenado sacerdote em 1841. Dedicou-se à educação da juventude menos favorecida. Fundou, com este objetivo, a Congregação dos Salesianos e, posteriormente, a das Filhas de Maria Auxiliadora (cuja co-fundadora é Santa Maria Mazzarello). Alcançou grande celebridade como exímio educador e orientador de jovens. Seu tino político e sagacidade causaram admiração nos estadistas de seu tempo.

Na época de São João Bosco, a sociedade passava por grandes transformações: era o começo da Revolução Industrial. E a juventude, sempre ávida de novidades, afastava-se cada vez mais da religião.

Segundo o pensamento de Dom Bosco, o segredo da educação de um jovem é a confiança. Ele sempre conseguiu conquistar os corações dos seus alunos por meio do amor e da amizade. Mas, ao mesmo tempo, não descuidava de alertar para os perigos.

Grande devoto de Nossa Senhora, a Ela recorria especialmente sob a invocação de Auxiliadora dos Cristãos. Favorecido pelo Espírito Santo com vários carismas e teve muitas visões celestiais, especialmente sob a forma de sonhos, foi também exímio escritor, especialmente de obras apologéticas. Faleceu em 1888 e foi canonizado em 1934.

(Extraído do Boletim-informativo, Maria Rainha dos Corações; n°45)

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