Tarde de Louvor com Maria em Caeté/MG

Diz a Sagrada Escritura: “Oh, como é bom, como é agradável para irmãos unidos viverem juntos” (Salmo 132 (133), 1)

Em 20 de maio próximo, deste ano tão especial, no qual celebramos o centenário das Aparições de Fátima e 300 anos do encontro milagroso da Imagem de Nossa Senhora Aparecida, os Arautos do Evangelho realizarão uma Tarde de Louvor com Maria na cidade de Caeté/MG.

Na Tarde de Louvor com Maria estará presente a bela imagem de Nossa Senhora de Fátima e sacerdotes estarão à disposição dos fiéis para o atendimento de confissões. O Coral dos Arautos do Evangelho animará a Santa Missa e teremos também uma bela encenação teatral.

Segue abaixo a programação completa do evento.

14h30 – Chegada da Imagem Peregrina de N. Sra. de Fátima na Igreja São Francisco de Assis, e em seguida carreta e  bênçãos dos veículos na Igreja N. Sra. das Graças, Paróquia S. João Paulo II

15h15 – Acolhida da Imagem na Igreja N. Sra. do Bom Sucesso, seguida de:

  • Palestra – abertura do Curso de Consagração
  • Encenação teatral
  • Bênção e imposição de escapulários
  • Confissões (durante toda a tarde)

19h00 – Santa Missa

  • Coroação da Imagem de Nossa Senhora de Fátima
  • Procissão Luminosa

Mais informações:

Paróquia Nossa Senhora do Bom Sucesso – Praça João Pinheiro, s/n – Centro – Caeté/MG Cel. (31) 99191-8321 (Joel) – (31) 99665-8729 (Cíntia)

Venha com toda a sua família. Convide também seus parentes e amigos.

Boletim Informativo maio/junho 2017

O boletim de maio e junho já está disponível. Na página 2, Monsenhor João Clá, EP, fundador dos Arautos do Evangelho trata sobre o que a humanidade mais necessita nos dias de hoje. Veja abaixo:

Ao mesmo tempo em que comemoramos o centenário das aparições de Nossa Senhora de Fátima, o horizonte se obscurece em razão das muitas crises em curso, as quais não apenas ocupam o noticiário, mas interferem cada vez mais em nossas próprias vidas.

Logo de início, as guerras parecem não ter fim e o terrorismo internacional é uma ameaça difícil de ser debelada. Um problema bem mais antigo é o da crescente criminalidade, não mais restrita a países como o Brasil, mas já se alastrando até para países desenvolvidos. Noutra linha encontramos as advertências sobre o aquecimento global e outras matérias relacionadas com a degradação do meio ambiente

Muito mais grave é a crise moral. Esta assume diferentes características, mas no fundo é sempre a mesma. Vemo-la refletida, por exemplo, no comportamento de uma juventude sem valores, sem freios e sem ideais; no domínio de modas extravagantes e sem pudor; na avalanche publicitária de pornografia e de violência; na corrupção que parece tomar conta da vida pública; enfim, na adoração do pior dos ídolos modernos: o próprio indivíduo, egoísta, relativista e vaidoso.

Na atualidade, nem mesmo a inocência da infância é respeitada, e a família cristã, base de nossa civilização, parece destinada a desaparecer, ou a ficar reduzida a uma expressão tão diminuta que equivale à extinção…

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Fátima, novo marco na história da Igreja

 13 de Maio de 2017 – Centenário das Aparições da Mãe de Deus em Fátima

Fátima é um marco novo na própria História da Igreja. Fátima é, queiram-no ou não o queiram, a verdadeira aurora dos Tempos Novos cujos albores não despertaram nos campos de batalha, nem nas laudas de papel de tantos escritores, mas no momento em que Nossa Senhora baixou à terra e comunicou aos três pastorinhos as lições severas sobre o crepúsculo de nossos dias, e as palavras esperançosas sobre os dias de bonança que a Misericórdia Divina prepara para a humanidade quando finalmente se arrepender.

Plinio Corrêa de Oliveira (Artigo “Livros versus canhões” – Legionário, 8 de abril de 1945)

Meditação para o Primeiro Sábado de Maio 2017

     Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo – O penhor da nossa glória no Céu

“Homens da Galileia, por que ficais aqui, parados, olhando para o Céu? Esse Jesus que vos foi levado para o Céu virá do mesmo modo como O vistes partir para o Céu” (At 1, 11)

Desapeguemo-nos das coisas terrenas

Como a águia ensina seus filhotes a voarem, assim nesse Mistério, Nosso Senhor nos convida a levantarmos nosso voo e acompanhá-lo ao Céu, não com o corpo, mas com nossa alma e nossos sentimentos. Desprendamos nosso coração das coisas terrenas e suspiremos pela pátria celeste, onde se encontra nossa verdadeira felicidade. Esperando, como diz o Apóstolo, a adoção de filhos de Deus, a redenção do nosso corpo.

Clique aqui e tenha acesso ao texto da Meditação.

Todas as gerações me proclamarão Bem Aventurada! (Lc 1, 48)

Oh! que riqueza! que glória! que prazer! que felicidade poder entrar e habitar em Maria, em quem o Altíssimo colocou o trono de sua glória
suprema!*

Após o lançamento do Curso de Consagração, várias paróquias, comunidades e pessoas atenderam ao chamado da Mãe de Deus. Abaixo, algumas fotos ilustrativas desse fervor mariano que vai se espalhando pelo Brasil.

Ao contemplar essas fotos, lembramo-nos do que disse São Luis Grignion de Montfort no seu Tratado:

“Que vos peço eu? verdadeiros filhos de Maria, vossa Mãe Santíssima, engendrados e concebidos pela sua caridade, trazidos em seu seio, presos a seu peito, nutridos de seu leite, educados por sua solicitude, sustentados por seu braço, e enriquecidos de suas graças.” (São Luis G. de Montfort – Oração abrasada)

Veja também: Curso de Consagração a Nossa Senhora.

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*Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, tópico 262)

Sábado Santo – O prêmio concedido aos que mais amam

Nosso Senhor não esquece os que ama

Então o Anjo disse às mulheres: “Não tenhais medo! Sei que procurais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui! Ressuscitou, como havia dito! Vinde ver o lugar em que Ele estava. Ide depressa contar aos discípulos que Ele ressuscitou dos mortos, e que vai à vossa frente para a Galileia. Lá vós O vereis. É o que tenho a dizer-vos” (Mt 28, 5-7).

Apesar dessa manifestação grandiosa, não mais estamos no Antigo Testamento, quando a aparição de um Anjo era considerada prenúncio imediato de morte. O mensageiro celeste sabe tratar de maneira adequada cada criatura humana e diz às mulheres: “Não tenhais medo!”. Na verdade, depois de tudo o que acabara de suceder não faltavam motivos para recear, mas ele dá a entender que desígnios superiores pairavam sobre aqueles acontecimentos, portadores de esperança. Prepara-as assim para acolher o anúncio que contém a essência do Evangelho selecionado para esta solene cerimônia: “Ressuscitou, como havia dito!”.

Embora o estupendo milagre da Ressurreição tivesse sido predito por Nosso Senhor, suas palavras não encontraram suficiente eco na alma dos que O seguiram nos anos de vida pública, caindo no esquecimento perante as aparências contrárias presenciadas na Paixão. No entanto, já era hora de recordarem esta profecia: “Destruí vós este Templo e Eu o reerguerei em três dias” (Jo 2, 19). Com estas palavras Ele Se referiu ao seu próprio Corpo, que passaria pela Morte e Ressurreição. Lembremo- nos de que tanto seu sagrado Corpo quanto sua Alma, mesmo estando separados pela morte, permaneceram unidos hipostaticamente à divindade, por cujo poder ambos se reassumiram mutuamente no momento da Ressurreição. O Redentor cumprira a promessa, ressurgindo com todas as características que possuíra na vida mortal, acrescidas de glória.

Prelibando a fase de expansão da Igreja que dentro em breve se iniciaria, o Anjo transmite às mulheres uma incumbência: comunicar aos discípulos a notícia da Ressurreição, pois, abatidos pelo desânimo e decerto pesarosos por sua própria prevaricação, a Morte de Nosso Senhor lhes poderia dar a ideia de que Ele Se esquecera dos que estimava. Talvez pensassem que, uma vez tendo partido deste mundo, Jesus Se havia afastado para não mais conviver com os seus. Vemos que o Anjo desmente essas impressões falsas com o aviso de um novo encontro na Galileia, deixando claro o quanto o Mestre os ama apesar de todas as infidelidades.

Um misto de medo e alegria

As mulheres partiram depressa do sepulcro. Estavam com medo, mas correram com grande alegria, para dar a notícia aos discípulos (Mt 28, 8).

As mulheres, que sempre acompanhavam Nosso Senhor onde quer que Ele fosse, estavam habituadas a vê-Lo sair-Se bem em todas as circunstâncias. Foi o que se verificou, por exemplo, quando o paralítico descido pelo teto foi curado e seus pecados foram perdoados, deixando os adversários do Divino Mestre confundidos e furiosos (cf. Lc 5, 18-26; Mc 2, 3-12; Mt 9, 2-8); ou quando houve a multiplicação dos pães e, pelo instinto materno próprio à psicologia feminina, também sentiram pena da multidão faminta que seguia Nosso Senhor, contemplando maravilhadas a prodigiosa solução dada por Ele, na ocasião (cf. Mt 14, 15-21; Mc 6, 35-44; Lc 9, 12-17; Jo 6, 5-14). Episódios semelhantes ocorridos ao longo da pregação de Jesus robusteceram-nas numa fé sincera em relação a Ele, fruto da retidão de quem não tem arrière-pensée ou desconfianças próprias aos que fazem considerações materialistas, esquecendo-se da existência de fatores sobrenaturais que podem explicar os acontecimentos extraordinários.

Animadas por tão bom espírito, retiraram-se elas do sepulcro sôfregas por transmitir a mensagem recebida. Neste versículo, todavia, transparece algo muito humano: o misto de alegria e medo que as invadiu, apesar da advertência angélica. A alegria, como é natural, vinha do magnífico anúncio da Ressurreição de Nosso Senhor, e o temor tinha sua origem em possíveis represálias dos judeus naquela situação ainda muito instável. Para extirpar por completo esse receio, nada mais eficaz que um contato com o Mestre.

O encontro com Nosso Senhor

De repente, Jesus foi ao encontro delas, e disse: “Alegrai-vos!” As mulheres aproximaram-se, e prostraram-se diante de Jesus, abraçando seus pés (Mt 28, 9).

No intuito de animar as Santas Mulheres, o próprio Jesus tomou a iniciativa de ir ao encontro delas, mostrando que Ele vai à procura dos que realmente O amam. E eis que a sua primeira palavra é “Alegrai-vos!”, para, em seguida, permitir que Lhe abraçassem os pés.

O conjunto dos pormenores de outros relatos evangélicos desta passagem sugere a hipótese de que Maria Madalena não estivesse junto às mulheres nesse instante, mas sozinha, em busca de Nosso Senhor (cf. Mc 16, 9-11; Jo 20, 11-18). Tudo indica que o encontro que tiveram com Ele deu-se em momentos e lugares diversos: primeiro apareceu à pecadora arrependida, a quem ordenou “Não me retenhas!ˮ (Jo 20, 17), e depois às demais, enquanto corriam. É curioso notar a diferença em seu divino modo de agir, pois não deixou aquela que havia “demonstrado muito amor” (Lc 7, 47) externar toda a sua veneração, e aqui, pelo contrário, as Santas Mulheres seguram seus pés e Ele não lhes opõe resistência.

Como explicar este aparente paradoxo? Santa Maria Madalena tinha uma fé robusta e o Mestre não queria tirar-lhe o mérito. Caso ela chegasse a tocá-Lo — ou se demorasse muito ao fazê-lo, conforme sustentam alguns autores(1) —, confirmaria cabalmente que Ele havia ressuscitado e não era um espírito, mas o mesmo Homem-Deus cujos pés lavara com suas lágrimas e enxugara com os cabelos (cf. Lc 7, 37-38). Jesus estava como que a dizer-lhe: “Não Me toques, porque Eu te reservo um mérito maior: o de crer sem comprovar”.

Às outras, consentiu que dessem largas às suas manifestações de adoração. Elas já haviam visto um espírito e sua primeira impressão ao deparar-se com o Salvador seria de que também se tratava de um ser imaterial, até porque possuíam uma fé menos vigorosa que a de Maria Madalena. Além disso, acompanharam-No continuamente antes da Paixão e, enquanto os homens costumam dar menos importância à ausência física, elas, como mulheres, eram mais sensíveis à separação e ao abandono. Precisavam, pois, verificar que Jesus estava vivo e não as desamparara.

Ao abraçar os pés do Senhor, devem ter visto e osculado as marcas dos cravos, além de sentir seu inconfundível perfume, agora intensificado em virtude da glorificação do Corpo. Ficaram comovidas por perceber que a Ressurreição era real e experimentaram, sem a menor dúvida, uma consolação extraordinária. Põe-se aqui um problema sobre qual será a maior graça: obter o mérito de crer sem constatar ou poder estreitar o Corpo glorioso do Mestre? Deixemos que os teólogos tratem dessa delicada questão, pois para ninguém será fácil a escolha, que depende do feitio de cada pessoa.

Arautos da Ressurreição nomeadas pelo Senhor

Então Jesus disse a elas: “Não tenhais medo. Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galileia. Lá eles Me verão” (Mt 28, 10).

Depois do imenso favor de permitir que tocassem em seu Corpo ressurrecto, Nosso Senhor recomenda “Não tenhais medo”, para certificar mais uma vez de que Ele não era um fantasma e infundir-lhes coragem ante a perspectiva de uma possível perseguição movida pelos judeus. E deixa um recado destinado aos discípulos: que partissem rumo à Galileia para um encontro, pois Ele não havia desaparecido. Assim, o Salvador as constitui arautos para propagar a Boa-nova da Ressurreição, que os próprios Apóstolos ainda não conheciam.

Que modo de proceder contundente para os padrões estabelecidos pela sociedade da época! Os Doze, que eram Bispos e foram os primeiros a comungar o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, são obrigados a receber a notícia através de mulheres! Eles fraquejaram, fugiram de medo e acabaram sendo postos à margem na hora da Ressurreição, pois Jesus quis dar um prêmio às que não haviam faltado à caridade. Não será que, se não nos convertermos a um amor tão intenso quanto Ele espera de cada um, seremos ultrapassados pelos que consideramos inferiores a nós? Sejamos verdadeiramente fervorosos, para que isto não nos aconteça!

Jesus ainda convive com eles ao longo de quarenta dias para então subir aos Céus, mas compensa sua ausência enviando o Espírito Santo e prolonga sua presença no Sacramento da Eucaristia, confirmação da promessa feita por Ele antes de partir: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28, 20).

NOTA:

1) Cf. FERNÁNDEZ TRUYOLS, SJ, Andrés. Vida de Nuestro Señor Jesucristo. 2.ed. Madrid: BAC, 1954, p.710-711; TUYA, OP, Manuel de. Biblia Comentada. Evangelios. Madrid: BAC, v.V, 1964, p.602; GOMÁ Y TOMÁS, Isidro. El Evangelio explicado. Pasión y Muerte. Resurrección y vida gloriosa de Jesús. Barcelona: Rafael Casulleras, 1930, v.IV, p.446; LAGRANGE, OP, Marie-Joseph. Évangile selon Saint Matthieu. 4.ed. Paris: J. Gabalda, 1927, p.541.

(Excerto do livro “O inédito sobre os Evangelhos” Vol VII, de Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP – Comentário ao Evangelho da Vigília Pascal.)

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