“Pai, glorifica o teu nome!”

Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP

Mons. João S. Clá Dias
Mons. João S. Clá. Dias

Jesus, na sua infinita sabedoria, quis, para o bem de seus discípulos que ao chegar a sua hora, houvesse um sinal. Isto se de deu quando diante do pedido de um grupo de gregos: “queremos ver Jesus”, transmitido por Filipe e André, Nosso Senhor exclamou: “É chegada a hora para o Filho do Homem ser glorificado. Em verdade, em verdade  vos digo: se o grão de trigo, caído na terra, não morrer, fica só; se morrer, produz muito fruto” (Jo 12, 24).

A aproximação desses gentios – conforme comenta Santo Agostinho – era esse sinal, pois dava a entender que povos de todas as nações haveriam de crer n’Ele depois de sua Paixão e Ressurreição. Indício, portanto, do caráter universal de sua pregação e missão, e da aproximação da hora em que seria glorificado.

Assim como o grão de trigo, Ele precisa morrer, e por morte de cruz. Diante desse supremo sacrifício, transparece a debilidade da natureza humana assumida pelo Verbo de Deus. Seus argumentos mais parecem destinados a solidificar sua decisão, entretanto já tomada: “Quem ama a sua vida, perdê-la-á; mas quem odeia a sua vida neste mundo, conservá-la-á para a vida eterna. Se alguém me quer servir, siga-me; e, onde eu estiver, estará ali também o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará”. (Jo 12, 25-26).

Quem se entrega à prática dos vícios e do pecado, ama sua vida neste mundo, esclarece São João Crisóstomo. Se resistir às paixões, e praticar a virtude, terá a verdadeira vida, que é a vida eterna.

Getsêmani

“Presentemente, a minha alma está perturbada. Mas que direi?… Pai, salva-me desta hora… Mas, para padecer nesta hora é que Eu vim a ela. Pai, glorifica o teu nome!” (Jo 12, 27-28).

O monólogo de Nosso Senhor prossegue, mais pessoal, mais sublime, mais aflito. Suas palavras são entrecortadas por silêncios meditativos, indicados pelo evangelista com reticências. O Redentor estremece à vista da cruz e – comenta São João Crisóstomo – sua turbação nos mostra quão inteiramente Ele, sendo embora a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, havia assumido a natureza humana.

Mistério inefável e inatingível por nossa inteligência, o paradoxo de sentimentos simultâneos e opostos numa mesma pessoa: enquanto a natureza divina estava permanentemente pleníssima de gáudio, a humana O levaria a suar sangue no Getsêmani. Entretanto, possuindo um nobre Coração, em instantes reagiu às angústias, retomando a suprema paz.

A voz do Pai se faz ouvir

“Pai, glorifica o teu nome”. Com sua morte, Jesus queria sobretudo a glória do Pai, e este ouviu sua oração: “Nisto veio do céu uma voz: Já O glorifiquei e tornarei a glorificá-Lo. Ora, a multidão que ali estava, ao ouvir isso, dizia ter havido um trovão. Outros replicavam: Um anjo falou-lhe. Jesus disse: Essa voz não veio por mim, mas sim por vossa causa” (Jo 12, 28-30).

Esta foi uma das três ocasiões em que o Pai se manifestou publicamente, segundo narra o Evangelho (as outras duas foram no batismo do Senhor e na sua transfiguração), sempre no sentido de glorificar o Filho.
Aqui Ele se dirige a todos os homens, anunciando o triunfo do Verbo Encarnado, e dando a Jesus ensejo a contemplar, com a luz da ciência divina, os frutos de sua Paixão: “Agora é o juízo deste mundo; agora
será lançado fora o príncipe deste mundo. E quando eu for levantado da terra, atrairei todos os homens a mim. Dizia, porém, isto, significando de que morte havia de morrer” (Jo 12, 31-33).

Este trecho do Evangelho nos traz duas belas e importantes lições: para a glória de Deus, não só devemos aceitar o sacrifício de nossa própria vida, como também apartarmo-nos da vanglória, para somente buscarmos a verdadeira gloria.

“Christianus alter Christus” (o cristão é um outro Cristo). Temos a obrigação de ser outros Cristos no que tange ao fim último para o qual fomos criados e redimidos: “ad majorem Dei gloriam”, para a maior glória de Deus, conforme o lema escolhido por Santo Inácio de Loyola para a sua Companhia de Jesus.

Convocatória: Encerramento de Missão Mariana com envio de novos Oratórios em Gama – DF

Convidamos todos os participantes do Oratório da diocese de Brasília para a Missa de encerramento da Missão Mariana na cidade de Gama (DF). Durante a Eucaristia, celebrada pelo Pe. Luciano Luís Barbosa, haverá a solene Coroação da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima e envios de novos Oratórios. Ao término da celebração, o pároco fará a consagração solene da paróquia ao Imaculado Coração de Maria.

Datal: 22/04/12 – Horário: 19h30
Local: Paróquia Nossa Senhora do Carmo
EQ, 4/6 Área Especial, Setor Leste
Gama – DF
Telefone: (61) 3484-7695


Relato do Sr. José Pereira, coordenador do Apostolado do Oratório em Sairé, Pernambuco

Boa tarde! Estou enviando uma foto de um grupo de pessoas juntamente com o Oratório de Nossa Senhora de Fátima. Este grupo do Apostolado do Oratório existe desde 2008, aqui na zona rural de Sairé – PE.

Depois que Nossa Senhora de Fátima chegou aqui na comunidade, recebemos muitas graças. Uma delas foi a construção de uma igreja aqui, em homenagem a Nossa Senhora de Fátima. Vai pertencer à paróquia de nossa cidade. Eu sou o coordenador do Oratório que está na foto, de camisa vermelha. Com esse movimento aqui na comunidade, temos evangelizado muitas pessoas que estavam longe de Jesus e Maria, nossa querida Mãe.

Atenciosamente,

José Pereira – Sairé (PE)

Kuwait é o mais novo país a receber o Apostolado do Oratório

Nosso novíssimo coordenador, Sr. Chetan Carlo, indiano que mora no Kuwait, recebeu o Oratório dos Arautos do Evangelho abençoado pelas mãos do pároco da catedral Sagrada Família, em Kuwait City, revmo. Frei Gaspar Fernandes, OFM cap. Também presente na cerimônia de lançamento estava o vigário revmo. Frei Dominic Santamaria.

A Padroeira do Kuwait é Nossa Senhora da Comunidade Árabe – Ahmadi, Kuwait.

Dom Gil Antônio Moreira faz apelo aos ministros do STF para não aprovarem a lei do aborto

Juiz de Fora (Terça-feira, 10-04-2012, Gaudium Press) Dom Gil Antônio Moreira, Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora (MG), fez um apelo enfático aos ministros do Supremo Tribunal Federal em Brasília, para que não aprovem a ADPF 54 (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 54), que viria a legalizar o aborto dos bebês diagnosticados com anencefalia durante a gestação.

Aos magistrados, Dom Gil disse que “não cabe aos senhores dar qualquer sentença de morte para um inocente que é doente”. Na mensagem enviada, o prelado assinalou que “quero fazer um apelo veemente aos senhores ministros do STF para que tenham consciência nesse momento para não marcar a História do Brasil com essa mancha da aprovação do aborto dos anencéfalos. Isso é um crime contra os deficientes”.

Dom Gil argumentou ainda que “as pessoas doentes ou portadoras de deficiência não merecem a pena de morte. Merecem ser tratadas como o que são: seres humanos. A natureza resolva o problema e nós, ajudemos a natureza com nosso espírito de humanidade e com nossa caridade, se temos fé”.

Aos ministros do STJ, o arcebispo de Juiz de Fora fez uma súplica: “não façam isso, senhores Ministros! Não cabe aos senhores dar qualquer sentença de morte para um inocente que é doente. Isso não cabe aos senhores. Tenham consciência!”

O prelado também lançou um pedido aos brasileiros: “Eu apelo ao povo brasileiro que se una, nesse momento, em favor de todas as pessoas que tenham qualquer deficiência física, qualquer doença. Essas pessoas devem merecer, de nossa parte, a fraternidade e o apoio, não a agressão”.

“Vamos escrever para os senhores Ministros. Vamos fazer o nosso protesto. É hora do protesto, povo brasileiro! Nós não somos um povo assassino! Nós somos um povo que quer criar uma nação onde reine a vida, a fraternidade, o amor, o respeito. Não podemos autorizar aquelas pessoas que estão em altos cargos, agindo em nosso nome, a fazer coisas que não cabem em nossa consciência! Enquanto brasileiros temos todo o direito de defender o ser humano, a dignidade da pessoa humana. Escreva, meu irmão; escreva, minha irmã. Envie e-mails, faça protestos!”

“Envie as mensagens para os senhores Ministros do STF para que não extrapolem seu poder nesse momento, mas que defendam desta vez os nossos brasileirinhos que por acaso nasçam com alguma deficiência, seja a anencefalia ou qualquer outra”, animou Dom Gil.

“Eu digo isso porque hoje aprovam a lei do assassinato de anencéfalos. Isso abre um precedente para amanhã aprovar o aborto em outros casos. Isto não cabe em nossa consciência! Defendamos a vida e não colaboremos com a cultura da morte”, concluiu o arcebispo.

Gaudium Press