Igreja dedica o dia 2 de novembro à memória dos fiéis defuntos

No dia seguinte após a comemoração de Todos os Santos, a Igreja celebra a memória dos fiéis defuntos. Um dia especialmente reservado para dedicarmos nossas orações aos falecidos, sobretudo aos entes queridos, que padecem as chamas purgativas à espera da passagem da Igreja penitente (purgatório) para a Igreja Triunfante (Céu)

Ir. Jurandir Bastos, EP

No dia de Finados, não celebramos apenas a memória dos que se foram, mas a vida eterna e a ressurreição dos mortos. Assim deu-se com Nosso Senhor Jesus Cristo, morto e sepultado, ressuscitou ao terceiro dia, antecipando de forma gloriosa o que no dia do Juízo haverá de acontecer a todos nós.

História do dia de Finados

Desde o primeiro século da cristandade data o costume de se rezar pelos mortos. Quem visita Roma, a vetusta Cidade Eterna, tem a dita de encontrar até hoje em seus subsolos inúmeras catacumbas, que serviam aos antigos como cemitérios subterrâneos. Elas abrigam em seus interiores um incontável número de túmulos dos mártires dos três primeiros séculos da era cristã.

Frequentemente, os primeiros cristãos faziam visitas aos túmulos desses heróis da fé, rezando também pelos que morreram sem a palma do martírio. Porém foi no século IV que a Igreja incluiu a memória dos mortos na celebração da Santa Missa. Já no século seguinte, ela passou a reservar um dia aos fiéis defuntos.

No entanto, foi o beneditino Santo Odilon, abade do mosteiro de Cluny, localizado na cidade de Borgonha (França), quem introduziu entre os seus monges a prática de se orar por todos os mortos, já que havia um dia em que se celebrava todos os santos.

Finalmente, no século XII, a Igreja estabeleceu oficialmente o dia 2 de novembro como dia de Finados.

A preocupação da Santa Madre Igreja com a celebração dos mortos gira em torno da facilidade com que os vivos se esquecem de seus antepassados.

Não é à toa que encontramos nos escritos dos santos verdadeiras admoestações no que diz respeito às almas do purgatório. À guisa de exemplo, citamos um trecho da obra de Santo Afonso Maria de Ligório, “A Oração”:

“Seja-me permitido fazer aqui uma digressão em favor das almas do purgatório. Se quisemos o socorro de suas orações, é justo que cuidemos também de socorrê-las com nossas orações e boas obras. Disse que é justo, mas deve-se dizer ainda que é um dever cristão. Pois manda a caridade que socorramos o próximo em suas necessidades, mormente quando podemos fazê-lo sem incômodo de nossa parte. Ora, é certo que, entre aqueles que caem debaixo da palavra ‘próximo’, devem-se compreender as benditas almas do purgatório. Elas, apesar de não estarem mais nesta vida, nem por isso deixam de pertencer à comunhão dos santos. “As almas dos fiéis defuntos, diz Santo Agostinho, não estão separadas da Igreja”.

Indulgência

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Maria, Mãe de Misericórdia, intercede por aquelas almas, que estão à espera da liberação (Nossa Senhora do Purgatório, Igreja de Santa Brígida, Montreal)

 

O “Manual das Indulgências”, editado pela Penitenciaria Apostólica em 29 de junho de 1968, prescreve que “Ao fiel que visitar devotamente um cemitério e rezar, mesmo em espírito, pelos defuntos, concede-se indulgência aplicável somente às almas do purgatório.

 Oração pelas almas do purgatório

 Ó Deus, Criador e Redentor de todos os fiéis! Concedei às almas de Vossos servos e servas a remissão de todos os seus pecados, para que obtenham, por meio de súplicas piedosas, a indulgência que sempre desejaram. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Amém.

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