Dona Lucilia – Uma lamparina aos pés do Sagrado Coração de Jesus

Com o avançar dos anos, Dona Lucilia foi sendo obrigada a reduzir, pouco a pouco, seus afazeres domésticos, pois, como era natural, iam-lhe faltando as forças. Porém, não se deixava ficar inativa e preenchia os períodos livres com sua ocupação preferida: a oração, o silencioso convívio com o Sagrado Coração de Jesus.

Sob o misericordioso olhar da bela imagem, passava as manhãs em seu quarto, desfiando incansavelmente as contas de seu terço, alternando a recitação do rosário com as ladainhas e novenas que habitualmente rezava, além de outras orações, em geral tiradas de seu manual de piedade predileto, o Goffiné, (Manual do Cristão, do Pe. Leonardo Goffiné (1648-1719).) que a acompanhava desde a juventude.

Uma das preces de sua preferência era a “Novena irresistível ao Sagrado Coração de Jesus”, que deve ter rezado com maior insistência em períodos de provação.

Em colóquio com o Divino Redentor

Imersa em oração, era freqüente ela não se dar conta da chegada de seu filho, para o que contribuía sua audição progressivamente diminuída. Ele, não querendo interrompê-la, anunciava sua presença apenas com um leve toque de mão, ao que Dona Lucilia respondia por um discreto aceno com os dedos, como que a dizer:

“Meu filho, faço um sinal assim tão sumário porque estou em colóquio com Nosso Senhor, e ante Ele qualquer pessoa é ninguém…” E permanecia na mesma atitude de recolhimento, rezando, rezando…

Mas se a oração se prolongava muito, Dr. Plinio tentava convencê-la a se recolher. Dona Lucilia, procurando ganhar um pouco mais de tempo, respondia:

— Filhão, espere um pouquinho; vá adiantando suas coisas que daqui a pouco eu termino.

Algumas vezes Dr. Plínio se aproximava dela por trás, sem fazer ruído, e de modo afetuoso a envolvia com os braços. Dona Lucilia, sabendo que era seu filho, não manifestava a menor surpresa, voltava-se calmamente, beijava-o e trocava com ele algumas palavras. Quando nessas ocasiões ela interrompia suas preces, era belo ver como mudava de modo lento e ordenado seu estado de espírito, passando da consideração do Infinito para o finito, harmoniosamente e com naturalidade.

Terminada a “prosinha”, se Dona Lucilia fazia menção de voltar a rezar, Dr. Plinio tentava convencê-la carinhosamente a ir dormir.


Extraído do álbum Dona Lucilia, de autoria de Mons. João S. Clá Dias.

Veja mais sobre Dona Lucilia, acesse aqui: https://bit.ly/dona-lucilia

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