Somos todos ovelhas de Jesus?

IV Domingo da Páscoa

Assim como outrora Jesus, o Bom Pastor, procurou atrair todos para seu Rebanho, sua voz continua hoje a ressoar nos corações, apelando para que nos deixemos apascentar por Ele. Os fariseus O recusaram decididamente. Que atitude tomará este nosso mundo?

Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP. Fundador dos Arautos do Evangelho


O simbolismo na obra da criação

Do nada, Deus criou todas as coisas, e de forma instantânea; não transformou seres preexistentes, mas agiu por um ato exclusivo de sua onipotência, incomunicável a qualquer outro ser, mesmo por milagre.1 Ele tornou realidade o universo tendo em vista sua própria glória: “D’Ele, por Ele e para Ele são todas as coisas. A Ele a glória por toda a eternidade!” (Rm 11, 36). O Concílio Vaticano I é categórico neste particular: “Se alguém negar que o mundo foi criado para a glória de Deus, seja anátema”. (…)

A rica simbologia do relacionamento entre o pastor e as ovelhas

Para nós, é uma obrigação moral ascender a Deus, e para isso nos servem as criaturas. No cumprimento desse dever através delas, encontraremos uma verdadeira hierarquia, pois umas nos serão mais ricas de conteúdo simbólico e, outras, menos. Por exemplo, no relacionamento com seus pais, uma criança, praticamente no todo de seu ser, sentir-se-á apoiada, compreendida e até afagada pela simples presença deles.

Bastará vê-los afastar-se para julgar-se naufragando. Esse fenômeno, apesar de guardar características próprias, também se verifica entre adultos, pois todos necessitamos de receber as influências de nossos semelhantes, devido aos impulsos de nosso instinto de sociabilidade. Ora, o homem tem maior adesão às influências recebidas da parte daqueles que se constituem em seus modelos. Por isso, deixar-se enlevar, influenciar e mesmo formar pelos modelos que nos aproximam de Deus e a Ele nos assemelham não é um defeito, mas, muito pelo contrário, uma grande virtude e até obrigação.

Por outro lado, às vezes entende-se mais facilmente o protótipo de uma certa categoria analisando-se as relações entre seres inferiores a ela. Por exemplo, para nós nunca houve nem haverá modelo igual e, menos ainda, superior a Jesus Cristo; porém, comove-nos até a última fímbria de nossa sensibilidade vê-Lo refletido na figura do Bom Pastor que cuida carinhosamente de suas ovelhas.

De fato, como anteriormente vimos, o universo existe, entre outros motivos, para nos auxiliar a melhor compreender a Deus, e nessa perspectiva está uma substanciosa condição para a prática do Primeiro Mandamento. Amar a Deus sobre todas as coisas, como uma de suas vias, consiste em conhecê-Lo através de todas as coisas, para assim poder adorá-Lo e entregar-se inteiramente a Ele. É na rica simbologia do relacionamento entre pastor e ovelhas que se situa a perspectiva do Evangelho deste domingo.

Ambientação da cena de hoje

Antes de entrarmos na análise dos versículos que constituem o Evangelho deste 4º Domingo da Páscoa, relembremos em rápidos traços o contexto histórico de onde eles surgem.

Anualmente, cerca de dois meses após o término da festa dos Tabernáculos, por volta do fim de dezembro do nosso calendário, os judeus celebravam outra festa, a da Dedicação. Desde o ano 165 a.C. havia sido ela estabelecida, a partir da purificação do Templo levada a cabo por Judas Macabeu, após as profanações promovidas por Antíoco Epífanes (cf. I Mac 4, 36-59).

Nessa época, o Salvador contava seus trinta e dois anos de idade. Estaria Ele, portanto, ingressando no último período de sua vida pública. Era uma manhã de inverno e já bem cedo Se encontrava Ele no Pórtico de Salomão, edificado com alvíssimas pedras. Nessa parte exterior do Templo, na face oriental, Jesus estava à espera de constituir-se uma assembleia de ouvintes. Em pouco tempo juntou-se em torno d’Ele uma grande multidão. Desta não podiam estar ausentes seus inimigos.

A fama de Jesus se espalhara rapidamente, sobretudo por causa dos numerosos milagres e da magnitude deles. Talvez pelo fato de, bem naqueles dias, ter Ele curado dez leprosos, os fariseus imploravam uma declaração taxativa sobre sua identidade: era ou não o Messias? À primeira vista, o pedido deles parece, não só razoável, mas até mesmo afetuoso. Entretanto, a Jesus ninguém engana. Quantas vezes, ao longo da História da Igreja, ímpios e hereges se serviram dos mesmos pretextos daqueles fariseus! Não era de clareza nem de evidência que necessitavam, mas, sim, de boa-fé, docilidade e humildade.

Os fariseus se obstinavam na rejeição a Jesus

Temos tornado claro, em anteriores comentários, o quanto os judeus — especialmente os fariseus — concebiam o Messias de forma equivocada. Viam-No como um conquistador político e militar, um libertador do domínio, até mesmo sob o aspecto financeiro, do Império ao qual estavam subjugados; ademais, deveria Ele conferir aos seus conacionais toda a glória e a supremacia universal. Os que consideravam no Messias a exclusividade dos aspectos religiosos, d’Ele esperavam a força para obrigar à conversão e à prática da Lei — na qual, segundo seus fanáticos critérios, encontrava-se a mais alta santidade — todas as outras nações.

Ora, Jesus era, sim, o Messias esperado, mas muito diferente dessa distorcida concepção. Ele é o Filho Unigênito do Pai, Deus e Homem verdadeiro; seu Reino não é deste mundo… “Veio para o que era seu, mas os seus não O receberam” (Jo 1, 11). Exceção feita da Samaritana (cf. Jo 4, 26) e de seus discípulos, ninguém ouvira Jesus atribuir-Se esse título, mas, na festa dos Tabernáculos, Ele não poderia ter sido mais explícito sobre sua origem, sua natureza e até mesmo sua missão (cf. Jo 7). Por isso Jesus afirmou já Se ter pronunciado sobre sua identidade e, apesar disso, não Lhe terem crido (cf. Jo 10, 24-26). Os fariseus não O entenderam, porque não se entregaram ao Messias como Ele realmente é; pelo contrário, desejavam que o Messias Se entregasse a eles como eram, com seus caprichos e fantasias.

De nada adiantaram todos os milagres, pregações, nem mesmo a manifestação das virtudes de Jesus para dissolver o egoísmo pétreo e incrédulo daqueles fariseus. Para eles só havia uma e exclusiva infalibilidade: a de suas ideias político-religiosas. Essa obstinação não é novidade para nós neste século XXI: a História, os fatos, o Papa, a Igreja, Nossa Senhora em Fátima, o universo, falam a uma só voz, mas, à exceção de poucos, ninguém quer entender, ou crer…

Essa é a muralha de aço que a Verdade tem sempre diante de si. Em geral, a Verdade de Deus exige de nós uma renúncia feita de dor; é preciso arrepender-se e fazer penitência, como proclamava João Batista, aspirar à perfeição, amar o bem e admirar o belo. Em uma palavra, é indispensável ser do número das ovelhas de Jesus. E os fariseus não o eram, por isso Ele procura ensinar-lhes não só com palavras, mas com fatos, pois não há como negá-los. Jesus, em resposta à pergunta se Ele era o Cristo, simbolicamente os exclui de seu Reino, pelo menos naquele momento, devido ao vício do orgulho tão penetrado nas almas deles (cf. Jo 10, 24-26). Sentença terrível que caberá eternamente àqueles recalcitrantes, obstinados e empedernidos na incredulidade de seu orgulho. Essa é a opinião de Santo Agostinho: “Disse-lhes isso porque os via predestinados à morte eterna, e não à vida eterna que Ele lhes havia conquistado com seu Sangue. As ovelhas nada mais fazem do que crer no seu pastor e segui-Lo”.1

Significado das palavras de Jesus

Entremos agora na análise do Evangelho deste 4º Domingo da Páscoa.

O Pastor ama e conhece profundamente suas ovelhas

27 “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, Eu as conheço, e elas
Me seguem”.

Das metáforas relacionadas com a pesca, lidas no anterior domingo, passamos agora às do pastoreio. A Sabedoria infinita de Deus nelas pensou desde toda a eternidade, para assim melhor Se fazer entender pelos homens no relacionamento entre Criador e criatura. A própria natureza da Judeia facilitava as características desta simbologia usada pelo Divino Mestre. A terra naquelas regiões não era fértil para a plantação, devido aos seus consideráveis trechos pedregosos e um tanto áridos. O pastoreio ali se adaptava mais comodamente do que a agricultura e, assim mesmo, exigia do rebanho um grande número de deslocamentos.

Essa situação redundava na necessidade de vigilância e aplicação mais esmeradas do pastor. As circunstâncias tornavam mais nítidas as diferenças entre o autêntico pastor e o mercenário. Deus quis o nascimento da figura do pastoreio e a colocou com destaque na pluma dos literatos. Até os poetas pouco dados a compreenderem a excelsitude da castidade são levados a realçar a pureza virginal do zelo caridoso dos pastores, em geral, por suas ovelhas.

A vida do pastor nos leva a considerar seu amor casto, inocente, governando sem decretos, muito pelo contrário, baseado num relacionamento íntimo, fortemente paternal — talvez melhor se diria maternal — através do qual atende todas as conveniências e necessidades de suas ovelhas. Ele sabe entretê-las, defendê-las, ampará-las, levá-las a pastar e até mesmo agradá-las com seus cantos ou com as melodias de sua flauta. “Ele chama as suas ovelhas uma a uma pelos seus nomes” (Jo 10, 3). São Tomás de Aquino ressalta a grande familiaridade existente nesse relacionamento, pois chamar pelo nome significa ter íntima amizade. Ao revertermos os símbolos aos simbolizados, a realidade e a significação se tornam incomparavelmente mais profundas.

Cristo conhece a natureza e o ser de cada uma de suas ovelhas, e também o objetivo imediato, tanto quanto o último, para o qual foram criadas, assim como o que são e o que poderão vir a ser com o auxílio de sua graça. Por isso o Doutor Angélico julga ver nesse “chamar pelo nome” — nominatim — “a eterna predestinação, pela qual Deus conhece cada ovelha, cada homem”.2

O homem, o mais elevado ser percebido por nossos sentidos, não é criado em série. Deus aplica seu poder criador sobre cada pessoa, uma a uma, e por isso não há homens iguais, nem moral nem fisicamente, nem sequer no referente às circunstâncias da vida individual e menos ainda no que tange à vocação pessoal. Daí a profundidade insondável desse conhecimento dispensado por Jesus a cada um de nós, a ponto de compará-lo ao existente entre o Pai e o Filho (cf. Jo 10, 15), ato eterno tão absoluto que, através dele, uma Pessoa divina é gerada pela outra.

O conhecimento que o Pai tem do Filho, portanto, não é uma imagem intelectual acidental, como acontece conosco, ao fazermos uso de nossa razão. O conhecimento do Pai é substancial e amoroso, através do qual, por geração, Ele dá sua própria essência ao Filho. Este, por sua vez, com amor substancial e infinito também, restitui ao Pai o que d’Ele recebe; e tão rico é esse amor mútuo que dele procede o Espírito Santo. Ora, aí está o padrão do conhecimento de Jesus a cada um de nós.

Por isso nada de nosso exterior ou interior — seja-nos nocivo ou útil, nossas enfermidades físicas ou espirituais, seus remédios, etc. — nada foge à sua onisciência. Não há em Jesus uma fímbria sequer de frieza nesse conhecimento em relação a nós, como Ele mesmo disse e realizou na figura do Bom Pastor, aquele que dá a vida por suas ovelhas.

Por outro lado, as ovelhas seguem o Pastor. Pela sua graça, conhecem as maravilhas que estão n’Ele, sua doutrina dotada de potência, sua vida, sua misericórdia, sua sabedoria, numa palavra, sua humanidade e divindade. E, por isso, ao ouvirem sua voz, elas O seguem, como Saulo no caminho de Damasco (cf. At 9, 5-9) ou como Madalena ao ser chamada pelo nome, junto ao Sepulcro do Senhor (cf. Jo 20, 16). Portanto, ao conhecê-Lo, seguem-No no cumprimento de seus desígnios: “Aquele que diz conhecê-Lo e não guarda os seus Mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele” (I Jo 2, 4). Quando ouvem sua voz, enchem-se de amor pelo Pastor, a ponto de estarem dispostas a entregar suas vidas por Ele, e ardem do desejo de que Ele inabite em suas almas.

Ninguém consegue arrebatar alguma ovelha ao Bom Pastor

28 “Eu lhes dou a vida eterna; elas jamais hão
de perecer, e ninguém as roubará de minha mão”.

Aqui, Jesus passa a Se representar, já não só como o Pastor, mas também como o pasto, pois confere às ovelhas sua própria vida. Levemos em conta que até mesmo a vida física delas é alimentada por um “pasto”, criatura sua, pois nada existe que não tenha tido n’Ele sua origem. Ademais, elas são nutridas espiritualmente através de sua palavra, dado que, conforme Ele mesmo diz, “nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4, 4). E, acima de tudo, pela graça (semente da glória eterna), em função da qual a própria vida de Cristo se introduz em suas almas e é alimentada pelos Sacramentos, em especial pela Eucaristia.

Assim, a espiritualidade delas vai-se robustecendo e sendo vivificada n’Ele. Sua própria Carne, Sangue, Alma e Divindade constituem o insuperável alimento da vida de suas ovelhas. E na eternidade, a graça se transformará em glória, recebendo d’Ele sua própria vida.

Que terão entendido os fariseus de todo esse universo de extraordinária riqueza? Não é difícil conjecturar, pois quem não possui a vida eterna conferida pelo Pastor, como poderá compreender algo desses esplendores? Ora, ao afirmar que dá a vida eterna às suas ovelhas, Ele deixa entrever que não entrega essa vida àquelas que não são de seu redil; ao mesmo tempo, declara novamente sua essência divina, uma vez que nenhuma criatura, por mais excelente que possa ser — incluindo os Anjos —, jamais terá o poder de conferir tão insuperável dom. Entrar na vida eterna significa estar livre de todos os tormentos e paixões: ambições, invejas, ódios, dores, etc., como também ter sido perdoado de todos os pecados e desvarios. Entretanto — Oh, mistério da iniquidade! —, os fariseus não queriam se beneficiar desses dons que, como a todas as pessoas, lhes era oferecido.

Mas essa é também a situação das ovelhas pertencentes ao rebanho de Jesus quando O rejeitam. “Cristo, naquilo que Lhe cabe, dá a vida eterna a suas ovelhas, e nenhuma delas perecerá por culpa do Pastor; aquela que se perder será por sua própria culpa. Também a graça que Cristo dá nesta vida a suas ovelhas é suficiente, por sua natureza, para levá-las à vida eterna, e se algumas não chegam lá é por culpa de si próprias, por não quererem seguir a Cristo”.3

As ovelhas de Jesus estão em sua posse; nem os homens, nem os demônios conseguem, quer seja por força, quer por subterfúgios, arrancá-las de suas mãos onipotentes. “Se perecerem será pela própria vontade delas, não por falta de poder d’Ele”. Na afirmação de Cristo que aqui analisamos, Ele se manifesta “suficientemente forte e poderoso para que suas ovelhas possam entrar, graças a Ele, na vida eterna, livrando-as antes de qualquer perigo”.4

29 “Meu Pai, que mas deu, é maior que todas as coisas; e ninguém
pode arrebatá-las da mão de meu Pai”.

Dissentem entre si autores de grande peso a propósito das traduções latina e grega deste versículo. A primeira se concentra nas coisas concedidas pelo Pai a seu Unigênito: “Meu Pai, o que me deu é maior que todas as coisas, e ninguém as pode arrebatar de minhas mãos”. A outra coloca o Pai como sendo o objeto da comparação feita por Jesus — vide formulação acima. Uma vez que não há unanimidade de interpretação, preferimos a formulação latina: “todas as coisas”, ou seja, “a Igreja, que Ele Me entregou para que Eu a regesse. As ovelhas que Me deu para que as apascentasse. É maior, isto é, mais caro, mais digno de apreço que qualquer outra coisa”.5 Assim, uma alma que se entrega a Jesus pela virtude da fé, amando-O sobre todas as coisas e sendo perseverantemente fiel, deve estar convicta de que tudo lhe vem do Pai, pelos méritos do Filho.

Jesus afirma sua divindade e é rejeitado pelos fariseus

30 “Eu e o Pai somos um”.

Ouçamos o padre Manuel de Tuya, OP, comentando este versículo: “Por fim, Cristo, como garantia desse poder salvífico que tem para suas ovelhas, proclama sua divindade, dizendo: ‘Eu e o Pai somos uma só coisa’. Essa unidade entre o Pai e o Filho se expressa diretamente no poder. Os poderes divinos do Pai são os do Filho. Não no sentido de que a voz ou o anúncio de um profeta é a voz ou o anúncio de Deus. Precisamente os profetas de modo explícito falavam em nome de Deus, e isso não causava estranheza a ninguém. Mas no presente caso a afirmação é absolutamente transcendente na comunicação de poderes. E, se existe essa comunidade ou identidade de poderes, pressupõe isso uma unidade e identidade de natureza. Daí deixar-se ver o mistério divino de Cristo.

“Essa expressão encontra sua explicação na ‘Oração sacerdotal’, na qual Cristo pede ao Pai que O glorifique com ‘a glória que tive junto de Ti, antes que o mundo fosse criado’ (Jo 17, 5), do mesmo modo como no Prólogo, no qual se ensina abertamente que o Verbo, que vai Se encarnar, ‘era Deus’”.6

Essa é a mais ousada, profunda e misteriosa afirmação feita por Jesus a respeito da comunidade de essência entre Ele e Deus: trata-se de uma união metafísica insondável. Os fariseus que ali estavam deviam ter-se mostrado fiéis intérpretes dos profetas, humildemente abandonando seus egolátricos preconceitos nacionalistas e suas exóticas práticas religiosas. Se eles não endurecessem seus corações, mas se deixassem penetrar pelas maravilhosas revelações do esperado Messias — comprovadas pelos numerosos e convincentes milagres por Ele operados —, pelo dom da fé compreenderiam e amariam aquele Deus feito Homem e O seguiriam. Seriam ovelhas de seu rebanho.

O que dizer a respeito do mundo atual, que não antepõe a lei escrita à Lei do Espírito — como o faziam os maus judeus de outrora —, mas coloca a lei do gozo e da carne, a lei do relativismo contra a Lei de Cristo, consagrada por Ele com sua vida e ressurreição, e por sua Santa Igreja?… Muito opostamente à boa posição, quiseram os fariseus colher pedras para matar Jesus por tantos e insuperáveis dons que lhes oferecia (cf. Jo 10, 31).

O que fará o mundo de hoje contra Cristo e sua Santa Igreja em face das dádivas que, através d’Eles, lhes promete Deus? ♦

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O Inédito sobre os Evangelhos. Vol. 05. Páscoa do Senhor.

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1 SANTO AGOSTINHO, apud SÃO TOMÁS DE AQUINO. Catena Aurea. In Ioannem, c.X, v.22-30.
2 SÃO TOMÁS DE AQUINO. Super Ioannem. C.X, lect.1.
3 MALDONADO, SJ, Juan de. Comentarios a los Cuatro Evangelios. Evangelio de San Juan. Madrid: BAC, 1954, v.III, p.638-639.
4 Idem, ibidem.
5 Idem, p.640.
6 TUYA, OP, Manuel de. Biblia Comentada. Evangelios. Madrid: BAC, 1964, v.V, p.1181-1182.

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