Santa Faustina Kowalska e a missão de “apóstolo” da Divina Misericórdia

Santa Maria Faustina Kowalska

O texto que reproduzimos abaixo é de autoria da irmã Mônica Erin Macdonald, dos Arautos do Evangelho. Com muita propriedade, pergunta ela no início de seu artigo se “poderá este terceiro milênio, imerso no pragmatismo e no ateísmo prático, compreender um Amor sem limites, desinteressado, que não deseja nada mais que a salvação das almas, sem buscar nada em troca, além da reciprocidade?”

As revelações de Nosso Senhor a Santa Maria Faustina Kowalska estão perfeitamente alinhadas com as do seu Sagrado Coração à mística visitandina Santa Margarida Maria Alacoque. Nelas a misericórdia é o centro capital de Sua mensagem.

Missão de “apóstolo” da Divina Misericórdia

Em 1º de maio de 1933, Irmã Faustina fez os votos perpétuos. Sua missão de “apóstolo” da Divina Misericórdia já tinha se tornado explícita com as contínuas revelações e mensagens de Jesus:

“No Antigo Testamento, Eu enviava profetas ao Meu povo com ameaças. Hoje estou enviando-te a toda a humanidade com a Minha misericórdia. Não quero castigar a sofrida humanidade, mas desejo curá-la, estreitando-a ao Meu misericordioso Coração”.

A fervorosa Irmã se entregou, com todo o empenho de sua alma, a essa importante missão, apesar de sentir em si tanta incerteza e incapacidade. “Secretária do Meu mais profundo mistério”, foi o título dado por Jesus à sua “apóstolo” da Misericórdia Divina.

As mensagens e revelações que ela recebia foram anotadas num Diário, escrito por expressa determinação do Divino Redentor:

“Tua tarefa é escrever tudo que te dou a conhecer sobre a Minha misericórdia para o proveito das almas que, lendo esses escritos, experimentarão consolo e terão coragem de se aproximar de Mim”.

As páginas do Diário estão repletas de recordações das visões e íntimas conversas com Nosso Senhor e Nossa Senhora, das comunicações com Anjos, santos, e almas do purgatório, além de até mesmo uma visita ao Inferno e ao Purgatório. Simples, mas ao mesmo tempo de surpreendente profundidade teológica, o Diário é um tesouro de ensinamentos sobre a Divina Misericórdia.

Dar a conhecer os desejos do Salvador

Muitas das revelações tratavam de modo especial sobre a devoção à Misericórdia Divina, dada por Jesus especialmente para os dias nos quais vivemos:

“A humanidade não encontrará paz enquanto não se voltar com confiança para a Misericórdia Divina”.

Nelas, Jesus manifesta enorme desejo de que as almas se voltem para Ele, com humildade, reconhecendo suas culpas, para que Ele faça valer Sua misericórdia:

“Que toda alma glorifique a Minha bondade. Desejo a confiança das Minhas criaturas; exorta as almas a uma grande confiança na Minha inconcebível misericórdia. Que a alma fraca, pecadora, não tenha medo de se aproximar de Mim, pois, mesmo que os seus pecados fossem mais numerosos que os grãos de areia da Terra, ainda assim seriam submersos no abismo da minha misericórdia”.

Para que o mundo pudesse se beneficiar de tanta bondade, era necessário promover e divulgar essa devoção, conforme pedira o próprio Jesus:

“Desejo que os sacerdotes anunciem essa Minha grande misericórdia para com as almas pecadoras. Que o pecador não tenha medo de se aproximar de Mim. Queimam-me as chamas da misericórdia; quero derramá-las sobre as almas”.

Esta grande missão acarretou à Santa inumeráveis sofrimentos, pois nem sempre fora compreendida pelos que a cercavam. Até que Nosso Senhor lhe concedeu, em 1933, um confessor sábio e prudente, o padre Miguel Sopocko. Ele a aconselhou e ajudou durante anos, guiando-a nas suas dúvidas e dificuldades.

(Extração do artigo: “A ‘secretária’ da Divina Misericórdia” – Ir. Mônica Erin Macdonald, EP – Revista Arautos do Evangelho nº 94 – Outubro de 2009.)

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